Capítulo 25

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Rodolffo Lamberti

Caminhei pela trilha até chegar na calçada próxima ao caminho do farol. Tirei o máximo de areia que pude dos pés e calcei meus sapatos.

Esse passeio durou mais do que de costume, mas está tudo bem. Isabela e eu seguimos de volta à embarcação antes de sair. Eu preferi não falar nada durante a navegação de volta ao cais.

Eu estou ficando cada vez mais confuso com Isabela e deixando que se aproxime demais. Não quero, de forma alguma, perder o controle da situação. Não quero que isto se torne algo à mais e é por isso que preciso manter uma boa distância dela. Só assim terei autocontrole e não irei beija-la outra vez.

Nós seguimos para o carro e voltamos para Boston. Eu preferi não conversar, apenas segui ouvindo o toca cd do carro. Isabela, encostou a cabeça no encosto e observou pela janela. Não sei se evitava me olhar.

Depois de uma hora e meia, chegamos em Boston. Segui até o hotel e assim que parei o carro, à olhei.

— O que foi? Por que está me olhando assim?— Ela perguntou me olhando.

— Vamos pegar as malas e colocar no carro.— Disse à olhando.

— Não está planejando dirigir à essa hora para Nova York, está?— Ela questionou desacreditada.

— Não. Romero está logo ali na frente nos esperando— Disse apontando para Romero próximo ao Bentley.

— Não podemos sair de madrugada?— Ela perguntou, bocejando.

— Não. Tenho uma conferência amanhã. Preciso apresentar uma obra concluída.— Disse tirando meu cinto— Suba e pegue suas coisas. Pode dormir no carro durante a viagem.

— Isso vai ser difícil...— Ela murmurou, enquanto saía do carro.

Eu desci e entreguei as chaves ao manobrista. Fiz um aceno à Romero e segui pelo Hall até o elevador. Subi e segui até o meu quarto. Tomei um banho rápido. Vesti uma camisa social azul, uma calça de alfaiataria da mesma cor, calcei os sapatos e peguei minha mala. Peguei o blazer que separei para vestir e desci, esperando por Isabela.

Logo ela desceu, com sua mala. Aparentemente, ela também havia tomado banho. Ela usava uma blusa, acho que cropped, eu não sei, vermelha, que deixavam seus ombros, um pouco de sua barriga e a clavícula amostra, uma calça jeans preta e um tênis simples branco. Em minha opinião, ela estava linda.

Eu a observei, quase como um idiota. Eu balancei a cabeça, para livrar esses pensamentos de mim. Isabela entregou a mala à Romero e entrou no carro, sem me olhar.

Ela está brava comigo? Por quê?

Eu entrei pela porta esquerda e me sentei. Romero entrou em seguida e deu a partida no carro. Logo saímos da fachada do hotel e pegamos a estrada de volta à Nova York.

Eu notei Isabela se encostar no banco, procurando por uma posição confortável, talvez para dormir. Eu suspirei e me sentei no banco do meio, próximo à ela.

Maldita hora de ser educado.

Ela me olhou com o cenho franzido.

— Sei que quer dormir, e que não está conseguindo, pode deitar em meu ombro.— Disse olhando a janela antes de olhar par ela.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora