Um problema sem solução.

Capítulo 19

Rodolffo Lamberti

Eu voltei a socar Jordan, antes que os seguranças chegassem e me tirassem de cima dele.

— O que está havendo aqui?— Ouvi o gerente questionar.

— Não sabia que aceitava assediadores em seu hotel— Eu disse o encarando irritado.

— Não aceitamos, senhor Lamberti. Mas tem sorte de não o expulsarmos— Ele disse me encarando.

— Me expulse e eu destruo a reputação deste hotel— Disse irritado encarando ele.— Este homem é um assediador, deveria estar atrás das grades.

— Você é quem vai estar atrás das grades se continuar fazendo o que estava— Jordan disse— Ela me provocou, não pode me culpar. Olhe a roupa dela.

Eu tentei ir em cima dele outra vez, mas os seguranças não permitiram.

— Rodolffo, se acalme— Ouvi Gustavo dizer.

— Se acalme, senhor Lamberti. Ou terei de chamar a polícia?— O gerente ameaçou.

— Se chamar, terá problemas com seu chefe— Eu o encarei.— Se gosta do seu trabalho, vai levar este...senhor— Me forcei a dizer— para fora, ou eu irei causar um grande escândalo contra este hotel— Rosnei— Isso não acabou, Jordan.— Alertei, o encarando puto. Eu me aproximei o máximo que pude dele.— Um aviso: se voltar a encostar nela, se ao menos pensar em olhar, eu vou colocar você atrás de uma cela enferrujada e fria— Avisei.

Jordan me olhou com os lábios sagrando e um sorriso presunçoso. Eu travei a mandíbula antes seguir de volta ao saguão e de ir ao bar para pegar um shot de vodka.

Normalmente, eu não beberia nada nem uma mísera gota de álcool, mas se eu não fizesse algo para me acalmar, teria provavelmente um infarto.

No cômodo próximo à recepção, Manuella estava sentada ainda com um olhar indiferente e assustado.

— Vamos falar sobre o contrato amanhã— Disse sério massageando o meu rosto.

— Não. Não precisamos falar— Ela disse se levantando.— Eu... eu admiro o que você fez. Muitos consideram o senhor como um homem frio e insensível, mas o que eu vi ali... você enfrentou o meu tio.— Ela disse me olhando.

— Sabia sobre isso?— Perguntei à olhando com os olhos semicerrados.

— Sim... ele é um assediador. Ele faz isso comigo. Sempre tento não ficar sozinha com ele ou me vestir adequadamente— Ela disse triste.

— Sinto muito— Disse à olhando.

— Obrigada— Ela disse.

— Eu vou pedir à minha secretária que envie o contrato por e-mail— Disse à olhando.

— Está bem— Ela concordou, antes de sair.

Eu suspirei. Eu realmente sabia sobre o caráter duvidoso, por isso não queria deixar Isabela sozinha com ele. E agora ele acabou de fazer o que eu temia que fizesse.

Notei Gustavo se aproximar com Isabela, um tanto mais calma. Ela se sentou em minha frente e Gustavo ao seu lado.

— Eu juro que tentei dar um calmante à ela— Gustavo disse, me olhando.