Rodolffo Lamberti
Isabela e eu nos entre olhamos. Eu estava um pouco impaciente com Gustavo desde que bateu à janela do meu carro. E agora Isabela e eu estávamos vendo o Gustavo e Manuella quase se engolindo. Senti um arrepio tão grande e uma vontade enorme de vomitar todo o jantar que nós havíamos acabado de comer. Tínhamos concordado em conversar após o jantar. Gustavo havia preparado Stinco e polenta com gorgonzola e cogumelos. E concordamos em conversar sobre a empresa. Eu me desculpei e insisti com meu argumento sobre novos sócios. Isabela é a exceção.
— Me diz que não somos assim.—Pedi, sussurrando levemente para Isabela.
Ela riu baixinho, antes de me olhar.
— Não, não somos.—Ela garantiu, rindo levemente.— Mas deveríamos deixa-los à sós antes que se comam neste sofá, Rodolffo.—Ela disse me olhando.
Eu concordei, antes de me levantar e pigarrear, para chamar a atenção deles. Gustavo voltou sua atenção para nós, lembrando de que ainda estávamos aqui. Já Manuella, ficou levemente envergonhada. Eles se levantaram e nos olharam.
— Desculpem. Nós-...—Manuella tentou dizer, nos olhando.
— Está tudo bem.—Isabela disse a olhando.— Nós entendemos muito bem.
— Além do mais, já estamos de saída.—Eu disse, antes de passar o braço direito levemente pela cintura de Isabela, colocando minha mão esquerda no bolso da calça.
— Considerando que amanhã é sábado, você vai poder ficar com a Luna. Certo?—Gustavo questionou, me olhando.
Eu assenti, levemente.
— Sim. Não consigo me acostumar com isto, não sei o que planejar. Mas talvez levá-la para ver a nossa mãe seria um bom começo.—Disse o olhando.
— Ela vai ficar feliz—Ele disse sorrindo levemente. — Mas, não vai precisar se acostumar com isso, terá a guarda de Luna de volta.
Eu concordei.
— Gustavo mencionou sobre ela diversas vezes, mas a vi poucas vezes.—Manuella disse me olhando.
Eu concordei, levemente balançando a cabeça. Senti Isabela me cutucar com o braço. Eu pigarreei, porque sabia o que ela queria dizer com isso.
— Talvez... Luna não gosta de pessoas novas. Mas talvez Gustavo possa levá-la para conhece-la, já que é praticamente da família—Eu disse à olhando.
— Oh, sim.—Ela concordou.—Achei que só considerassem da família após o casamento—Ela disse me olhando.
— Somos brasileiros. A partir do momento em que você iniciar um relacionamento com uma pessoa, você já se torna parte da família.—Gustavo disse rindo.
— São os agregados da família.—Eu disse à olhando.
Ela concordou, sorrindo gentilmente.
— Bom, é melhor irmos. Vocês pareciam bastante ocupados e nós não queremos incomodar ainda mais.—Eu disse os olhando, implorando para sair dali.
Recebi outro cutucão de Isabela, mais forte desta vez.
— Pretendem continuar o que começaram no carro?—Gustavo questionou, com um semblante tranquilo.
Eu o encarei, antes de deixar um sorrisinho de lado. Quem sabe?
— Boa noite.—Disse os olhando.
— Boa noite.—Eles disseram em uníssono.
— Eu acompanho vocês até a porta.—Gustavo disse.
— Não se preocupe, não precisa—Isabela disse gentilmente.
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Um problema sem solução.
RomanceTudo começa quando uma das maiores empresárias do ramo de designer se torna sócia de uma das maiores empresas de arquitetura dos Estados Unidos. Rodolffo Lamberti, que após a perda precoce de sua esposa, se tornou um pai viúvo e um homem amargurado...