Capítulo 68

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Rodolffo Lamberti

Isabela e eu nos entre olhamos. Eu estava um pouco impaciente com Gustavo desde que bateu à janela do meu carro. E agora Isabela e eu estávamos vendo o Gustavo e Manuella quase se engolindo. Senti um arrepio tão grande e uma vontade enorme de vomitar todo o jantar que nós havíamos acabado de comer. Tínhamos concordado em conversar após o jantar. Gustavo havia preparado Stinco e polenta com gorgonzola e cogumelos. E concordamos em conversar sobre a empresa. Eu me desculpei e insisti com meu argumento sobre novos sócios. Isabela é a exceção.

— Me diz que não somos assim.—Pedi, sussurrando levemente para Isabela.

Ela riu baixinho, antes de me olhar.

— Não, não somos.—Ela garantiu, rindo levemente.— Mas deveríamos deixa-los à sós antes que se comam neste sofá, Rodolffo.—Ela disse me olhando.

Eu concordei, antes de me levantar e pigarrear, para chamar a atenção deles. Gustavo voltou sua atenção para nós, lembrando de que ainda estávamos aqui. Já Manuella, ficou levemente envergonhada. Eles se levantaram e nos olharam.

— Desculpem. Nós-...—Manuella tentou dizer, nos olhando.

— Está tudo bem.—Isabela disse a olhando.— Nós entendemos muito bem.

— Além do mais, já estamos de saída.—Eu disse, antes de passar o braço direito levemente pela cintura de Isabela, colocando minha mão esquerda no bolso da calça.

— Considerando que amanhã é sábado, você vai poder ficar com a Luna. Certo?—Gustavo questionou, me olhando.

Eu assenti, levemente.

— Sim. Não consigo me acostumar com isto, não sei o que planejar. Mas talvez levá-la para ver a nossa mãe seria um bom começo.—Disse o olhando.

— Ela vai ficar feliz—Ele disse sorrindo levemente. — Mas, não vai precisar se acostumar com isso, terá a guarda de Luna de volta.

Eu concordei.

— Gustavo mencionou sobre ela diversas vezes, mas a vi poucas vezes.—Manuella disse me olhando.

Eu concordei, levemente balançando a cabeça. Senti Isabela me cutucar com o braço. Eu pigarreei, porque sabia o que ela queria dizer com isso.

— Talvez... Luna não gosta de pessoas novas. Mas talvez Gustavo possa levá-la para conhece-la, já que é praticamente da família—Eu disse à olhando.

— Oh, sim.—Ela concordou.—Achei que só considerassem da família após o casamento—Ela disse me olhando.

— Somos brasileiros. A partir do momento em que você iniciar um relacionamento com uma pessoa, você já se torna parte da família.—Gustavo disse rindo.

— São os agregados da família.—Eu disse à olhando.

Ela concordou, sorrindo gentilmente.

— Bom, é melhor irmos. Vocês pareciam bastante ocupados e nós não queremos incomodar ainda mais.—Eu disse os olhando, implorando para sair dali.

Recebi outro cutucão de Isabela, mais forte desta vez.

— Pretendem continuar o que começaram no carro?—Gustavo questionou, com um semblante tranquilo.

Eu o encarei, antes de deixar um sorrisinho de lado. Quem sabe?

— Boa noite.—Disse os olhando.

— Boa noite.—Eles disseram em uníssono.

— Eu acompanho vocês até a porta.—Gustavo disse.

— Não se preocupe, não precisa—Isabela disse gentilmente.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora