Capítulo 62

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Rodolffo Lamberti

Eu dirigi até a casa dos meus pais. O carro de Gustavo estava estacionado ao lado de fora. Havia outro carro, um Audi q3 vermelho. Estacionei meu carro logo atrás dele. Eu não sei de quem é aquele carro, mas não seria do João Marcelo, ele normalmente não costuma alugar Audi.

Eu franzi o cenho, encarando o carro. Peguei meus óculos escuros e retirei o cinto, descendo do carro. Isabela fez o mesmo. Eu esperei por ela, um pouco à frente do carro. Estendi a mão e ela a pegou.

— Não acha que vão desconfiar sobre isso?—Ela questionou, enquanto seguíamos até a porta da casa.

— Isto é importante?—Questionei suavemente, me virando para ela.— Eles já sabem sobre nós.

— Achei que você fosse preferir não contar nada.—Ela disse me olhando.

— Se preferir, mantemos em segredo.—Disse a olhando.— Mas o seu perfume está me enlouquecendo, Isabela.

— Então não se importa se formos vistos juntos?—Ela questionou, parando.

Eu respirei fundo, me virando para ela. Me aproximei, tirando meu óculos e segurando seu rosto.

— Não estou preocupado se formos vistos juntos, já fomos vistos, de qualquer forma.—Disse, olhando em seus olhos, acariciando sua bochecha.

— Você não se importa porque já nos viram ou porque realmente não se importa de nos virem como um casal?—Ela questionou, me olhando.

— É mais a segunda opção do que a primeira.—Respondi, pressionando os lábios.— Olhe, está tudo bem se nos virem juntos. Estamos passando mais tempo juntos, Isabela. Eu não posso ficar com você sempre que eu quiser, se tiver medo de nos virem. E nem você pode.—Disse olhando em seus olhos.

— Está bem.—Ela concordou com a cabeça.— Eu gosto de ficar com você, de passar o meu dia com você, mas se lembra de como ficou em Washington?

— Você é tão...insuportável e linda. E eu amo você.—Eu disse apertando seu rosto gentilmente.— Isabela, aquilo já passou. As fotos estão espalhadas mesmo que eu tenha retirado elas. E agora, não me importo. Não posso esconder do mundo que me apaixonei por você, é impossível e é insustentável.—Disse olhando em seus olhos.

Ela concordou, me olhando. Beijei sua testa, antes de abraça-la. Ela me deu um selinho, antes de estender a mão e eu a pegar, entrelaçando meus dedos nos dela.

Quando entramos, eles nos esperavam na sala. João, Gustavo, Manuella, minha mãe e meu pai. Espera, Manuella? Eu franzi o cenho, confuso. Ela estava sentada próxima ao Gustavo. Isabela e eu fizemos um leve cumprimento à todos.

— Até que enfim!—Minha mãe quase gritou, ao se levantar.—Achei que não iriam chegar nunca. Onde está Luna?

Eu pigarreei, antes de olhá-la.

— Na escola.—Respondi, a olhando.

— Na escola, Rodolffo?—Ela questionou, semicerrando os olhos.— Mande Romero ir busca-la.

— Ela tem prova.—Respondi, rápido.

— Eu vou ligar para a escola agora.—Ela disse, seguindo pela sala.

Gustavo me olhou curioso. Eu dei à ele um olhar de súplica. E apontei, em um gesto pequeno, para que ele fosse até ela. João Marcelo, por outro lado, foi quem atendeu às minhas súplicas.

Aí, tia, talvez possamos deixar Luna terminar a prova, depois podemos ir buscar ela.—Ele disse olhando para a minha mãe.

— Está bem, mas Luna vai adorar ver você.—Minha mãe disse o olhando.

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