Capítulo 72

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Rodolffo Lamberti

Isabela e eu seguimos até sua sala juntos. Os olhares estavam direcionados à nós e quando me virei para olhá-los com um olhar sério e rígido, todos desviaram para suas mesas.

— Emma— Eu a chamei sério.

— Pois, não, senhor Rodolffo?— Ela respondeu, me olhando atentamente.

— Três cafés.— Respondi, enquanto seguia atrás de Isabela.

Minha atenção se voltou para aquele rebolado dentro do vestido que ela usava. Nós seguimos ao corredor e logo entramos em sua sala. Tyler estava sentado mexendo em seu celular. Assim que nos ouviu, sua atenção se voltou para nós. Eu fechei a porta e me aproximei, me sentando apoiado na mesa. Isabela permaneceu de pé, ao meu lado.

— Vou ser direto,— Tyler começou, me olhando.— o julgamento ocorrerá daqui três dias. Reuni provas que seus advogados tinham. Consistem em basicamente: uma testemunha e uma filmagem sem áudio que comprovam que Ava esteve com o juiz.— Ele disse, me olhando.

— Mas...?— Questionei, semicerrando os olhos, cruzando os braços.

— Precisamos de uma declaração dela afirmando. Uma filmagem não vai provar muita coisa, mas vai ser útil.— Ele respondeu, me olhando.— E preciso que um de seus empregados deponha à seu favor.

Eu desviei o olhar dele, respirando fundo, antes de assentir.

— Eu vou conversar com ela.— Afirmei.

— Acha que ela dirá algo à você?— Isabela questionou, me olhando.

— Bom, ela vai dizer alguma coisa.— Respondi, a olhando.

Emma bateu à porta com os cafés nas mãos. Ela adentrou e deixou os cafés próximos à uma embalagem de comida em cima da mesa de Isabela. Eu franzi o cenho. Me esqueci de comer?

O que é isto?— Questionei, me virando para Isabela.

— O meu almoço.— Ela respondeu, suavemente.— Ty trouxe para mim. Eu acabei me esquecendo de almoçar.

Eu assenti em concordância.

— Ava já foi notificada?— Questionei, olhando para Tyler.

— Será notificada até às cinco da tarde— Ele disse olhando o relógio de pulso prata.

— Está bem.— Concordei.— Eu irei convidar Ava para uma volta. Talvez isto a faça abrir a boca— Disse olhando em meu relógio.

O relógio marcava uma e meia da tarde. Ouvi Isabela resmungar. E isto significa que ela não gostou da ideia. Ela murmurou um "Hum hum". Eu à olhei, arqueando a sobrancelha.

— Há algo em mente, meu amor?— Questionei, à olhando.

— Sim. Há, sim.— Ela respondeu.— Talvez pudéssemos fazer Ava se irritar à ponto de admitir.— Ela sugeriu.

— Você não vai fazer isto.— Disse à olhando assim que entendi sua ideia.

— Por que não?— Ela questionou, me olhando séria.

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