Capítulo 51

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Isabela Lazcano

Depois de um bom banho, eu acabei dormindo. Na manhã seguinte, me levantei e segui ao banheiro, bocejando. Parece que quanto mais durmo, mais sono eu tenho. Fiz minhas necessidades, escovei os dentes e segui para um banho frio.

Ao sair, segui ao closet, procurando por uma roupa. Eu peguei uma lingerie branca de renda, sinceramente, é tão confortável usá-la. Escolhi uma roupa menos extravagante hoje, mas quando vestida, acabei mudando de ideia sobre aquela roupa. Peguei outra roupa, com seleção em cores de tons beges claros. Uma blusa de manga longa, uma calça quase no estilo social, um sobretudo, um salto alto e alguns acessórios. Pronto, eu estava pronta.

Decidi deixar meu cabelo amarrado em um rabo de cavalo hoje. Prefiro assim. Peguei minha bolsa e depois desci para o café da manhã. Amélia havia posto a mesa e estava radiante de alegria hoje. Me perguntei qual seria o motivo e quando questionei à ela, Amélia abriu meio sorriso e disse que havia observado Rodolffo e eu ontem. Eu pude sentir uma leve ardência em minhas bochechas e isso indicava vergonha. Ela riu alto por me ver assim.

Amélia não costumava usar um celular digital, e mesmo tendo um, ela só o utiliza para ligações. Uma boa maneira de viver afastada do caos das redes sociais. Ela não era tão velha, tinha seus 40 anos, eu acho. Amélia havia preparado ovos com bacon e uma salada de frutas. Eu amo e com um enorme prazer, os comi.

Quando segui até a garagem, vi o jardineiro podando as plantas. Quando contratei Amélia, disse que ela poderia precisar de ajuda e, que se precisasse, poderia encontrar alguém apto para tal função e eu falaria depois. O jardineiro me cumprimentou e voltou a fazer seu trabalho. Eu fiz o mesmo e entrei em meu carro, antes de seguir até a empresa. Ao subir, encontrei Gustavo. Rodolffo ainda não havia chegado, mas o irmão dele parecia nervoso e ansioso...

— Bom dia...—Eu disse, cuidadosamente ao me aproximar dele.

— Isabela!—Ele me olhou, aliviado.—Que bom que chegou. Tem algo que quero contar à você—Ele disse, rápido.

Eu franzi o cenho e concordei.

—Está bem—Disse assentindo.

— Venha, vamos para a minha sala. É um assunto sério.— Ele disse me empurrando em direção à sua sala.

Quase caio por causa dos saltos. Seja lá o que ele quer falar, tem que ser importante para quase me derrubar.

— Ai, Gustavo!— Eu reclamei quando ele deu passos largos.

— Desculpa, desculpa.— Ele disse assim que entramos em sua sala.

Eu me sentei em uma cadeira em frente à mesa dele. Gustavo fechou a porta e se sentou em minha frente. Juro que senti os olhares sobre nós através das paredes de vidro. Eu o encarei, esperando que falasse.

— Temos que conversar sobre um assunto sério.—Ele começou, tão nervoso que eu podia ver o suor escorrendo em seu rosto.— Você é a única que pode acalmar o Rodolffo e ele quase me matou por telefone. Temos um problema grande.

— Que tipo de problema? O que houve?— Questionei, o olhando séria.

— Você sabe, eu estava cuidando de Luna, como Rodolffo me pediu. Mas Ava, de repente, apareceu com oficiais e um advogado em minha porta.—Ele pressionou os lábios— Ela tem uma medida protetiva contra Rodolffo e eu.

— Espera, o quê?— Disse em confusão.— Como ela pode ter isso? Que motivos convincentes ela tem?

Ele encolheu os ombros.

— Eu não sei. Mas ela disse que iria entrar em contato com o Rodolffo.— Ele disse desviando o olhar de mim para o elevador.

— Isso não é bom, Gustavo.— Disse o olhando.— Ainda mais agora que as coisas estão indo tão bem com Rodolffo. Ele quer se aproximar da filha.— Disse, me inclinando.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora