Capítulo 64

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Rodolffo Lamberti

Eu juro que não entendo o mal humor da Isabela. É difícil acompanhar o seu humor. Não me lembro de ter feito nada de errado, estávamos bem até hoje de manhã. Mas se bem me lembro, Isabela costuma ficar assim quando está na TPM. Ela fica um pouquinho explosiva. Não comigo, nunca a vi irritada assim e não sei o motivo. Normalmente ela se irrita com Tyler, Gustavo ou João, por alguma bobagem.

— Emma!— A chamei.

Ela apareceu em minha sala, correndo. Emma adentrou e me olhou, se aproximando levemente.

— Pois não, senhor?— Ela disse me olhando nervosa.

— Preciso que compre brigadeiros. E depois leve até Isabela junto com um café.— Disse colocando as mãos nos bolsos.— Será que devo mandar flores?— Murmurei pensativo.

— Se me permite, há algo errado? Acho que flores seriam adequadas para acalmar o clima entre vocês.— Ela disse me olhando.— Chocolates e flores... toda mulher adora.— Emma disse com as mãos juntas ao rosto olhando para o teto com uma expressão boba.

Eu franzi o cenho.

— Certo. Faça isto.— Concordei.— Flores, café e brigadeiros, por favor.

— Espera, o senhor tem certeza de que devo levar chocolates, senhor Rodolffo?— Ela questionou, me olhando.

— Sim, Emma, eu tenho. Leve para Isabela, por favor.— Pedi.

Emma concordou e saiu. Gustavo e Manuella adentraram minha sala. Contratei Manuella como RP da empresa alguns dias atrás, por causa da grande insistência de Gustavo. E Isabela achou que eu deveria cuidar apenas das negociações e apresentações de projetos.

— Precisam de alguma coisa?— Questionei, os olhando.

— Temos que conversar sobre o novo projeto.— Gustavo disse me olhando.

Eu concordei, antes de olhar para Manuella, esperando que ela dissesse algo.

— Bom, vim porque você foi convidado para outra palestra em uma universidade. Além de ter aquela inauguração com o prefeito de Nova York amanhã de manhã.— Ela disse me olhando.— Vim saber se deseja acrescentar algo à mais no seu discurso de amanhã.

— Está bem.— Concordei.— Acho que manterei este discurso. Não vamos fazer nenhuma adaptação. Quanto à palestra, vou terminar algumas coisas aqui e irei para a universidade.

— Está bem.— Ela concordou.— Nos vemos depois.— Ela beijou a bochecha de Gustavo e saiu.

Eu fiz uma careta.

— Sobre o que quer falar?— Questionei, pigarreando.

— O projeto em Atlantic city.— Ele começou, se sentando em minha frente.— O orçamento vai ficar caro, Rodolffo.

— É um hotel ecológico, Gustavo. Achou que sairia por menos?— Questionei, cruzando os braços.

— Não sobre os gastos com o hotel, mas sobre a mão de obra. Atlantic city é um pouco longe daqui, não acha?— Ele questionou.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora