Capítulo 05

225 15 5
                                    

Isabela Lazcano

Eu notei a pressa do Rodolffo e a impaciência também. Algo incomodou ele. Essa chuva de perguntas sobre essa tal Laurel, deixou aquele homem desconfortável.

Meus pensamentos saíram do Rodolffo e se voltaram para o Gustavo que me tirava daquela outra chuva de perguntas que nem parei para prestar atenção.

— Isso não deveria ter acontecido...— Ouvi ele murmurar enquanto a porta do elevador se fechava.

— O quê?— Pisquei algumas vezes— O que acabou de acontecer, Gustavo?— Perguntei confusa.

— É um assunto pessoal. Não precisa se envolver. Só vai fazer o Rodolffo ter ainda mais raiva de você— Ele disse, enquanto o elevador subia até nosso andar.

— Não pode piorar. Ele já não gosta de mim— Encolhi os ombros— Quem é Laurel?

Antes que ele pudesse responder, a porta do elevador se abriu. Os olhos dos funcionários se voltaram para nós e de novo, me senti corada.

— Senhor Lamberti, o senhor Rodolffo não me parece bem— Emma disse à Gustavo.

— Ele vai ficar bem— Ele disse tranquilamente. — Voltem ao trabalho.

Nós seguimos até a sala dele. Gustavo fechou a porta atrás de si e baixou as cortinas.

— Olhe, eu entendo que está se adaptando aqui, que tem toda aquela implicância do Rodolffo, mas, de maneira nenhuma, em nenhum momento, ouse perguntar à ele quem é Laurel— Ele disse me olhando sério.

— Quem é ela?— Questionei.

— Isso não é importante. Não fale sobre ela com ele.— Gustavo pediu.

— Está bem...— Concordei, meio confusa.

— Ótimo— Ele suspirou aliviado.— Quando chegar a hora, e se precisar, você vai saber.

Ouvimos uma batida à porta. Ele se afastou e a abriu.

— O senhor Rodolffo deseja vê-lo— Emma disse o olhando.

— Está bem— Ele concordou.

— Eu vou para a minha sala— Disse passando por eles.

Enquanto seguia meu caminho, pensei sobre essa mulher. O que ela representa? Ele era contra eu assumir o cargo, será que era isso?

Eu tentei afastar esses pensamentos. De volta à minha sala, cuidei de verificar sobre o novo negócio que Rodolffo nos meteu. E até que não era ruim. Eu só precisava saber sobre o tal Samuel e a relação dele com Rodolffo.

Eu pensei em ir pegar um café enquanto pesquisava sobre Samuel de La Fuente em meu telefone.

Em resumo: um bilionário arrogante dono de uma empresa de arquitetura. Não é muito diferente do Rodolffo.

Peguei meu café e segui de volta para a minha sala. No caminho esbarrei em alguém, quase derrubando o copo de café.

— Deveria olhar por onde anda, Isabela— Sua voz grossa soou firme.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora