Isabela Lazcano
Eu juro que ainda vou matar o Rodolffo. Como pode ter duas caras assim? Que homem bipolar e complicado!
Eu não quis explicar para ele sobre o que houve. E eu não quero que ele pense que a culpa é dele, mas eu vou deixar ele pensar assim por algum tempo. Quem sabe ele aprenda a lição e a não complicar tanto.
Eu o segui até sairmos do hotel.
— Entre.— Ele disse, sério, abrindo a porta do carro.
Eu parei e cruzei os braços.
— Aonde vamos?— Questionei, franzindo o cenho.
— Vamos para uma pequena viagem.— Ele disse me olhando— Pode apenas entrar logo?—Ele questionou, impaciente.
Eu bufei e entrei no carro. Ele fechou a porta e deu a volta, antes de entrar e dar partida no carro.
Depois de quase três horas, eu já estava surtando e ele parecia calmo demais. Eu não sei o que pensar sobre Rodolffo, uma hora ele é compreensível, gentil, educado. Mas em outra é um babaca. E isso me deixa completamente confusa.
Algumas casas pequenas me chamaram atenção. Eram pequenas e coloridas. Ele seguiu até um cais, com algumas embarcações.
— Onde nós estamos, Rodolffo?— Perguntei o olhando.
Ele deu um sorriso tranquilo.
— Em Island Queen Dock. Na cidade de Falmouth.— Ele respondeu, me olhando.
— O que fazemos aqui? Você ficou maluco?— Questionei irritada.
— Vamos apenas aproveitar o passeio. Desça, hora de embarcar.— Ele disse, me olhando antes de descer do carro.
— Espera, Rodolffo.— Disse tirando o cinto e abrindo a porta para ir atrás dele.
Rodolffo ignorou uma grande fila, enquanto ia ao encontro de um homem com uma camiseta de um cruzeiro. Quando Rodolffo começou a falar, o homem fez uma expressão de surpresa. Ele assentiu com a cabeça e outro homem chegou, com a mesma expressão. Ele ficou boquiaberto e depois concordou com alguma coisa que Rodolffo disse. Rodolffo concordou e pegou a carteira. Eu não sei o que ele aprontou. Mas voltou com uma expressão tranquila, de quem não havia feito nada demais, e me estendeu a mão.
— Você vai me dizer o que está pretendendo fazer?— Perguntei o olhando.
— Ir à uma ilha.— Ele respondeu— Se não quiser, pode esperar no carro. Mas vai levar algumas horas.
Eu suspirei.
— Está bem, eu vou.— Disse por fim, pegando em sua mão.
Nós caminhamos até uma grande embarcação de três andares. Poucas pessoas embarcaram conosco. Talvez quatro ou cinco. Rodolffo me mandou subir para o ultimo andar, vindo logo atrás de mim. Eu podia ver o mar em todos os ângulos que olhasse daqui de cima. Quando Rodolffo se aproximou de mim, eu me virei para olhá-lo.
— O que disse à eles?— Perguntei olhando para ele.
— Comprei mais de dois ingressos.— Ele respondeu, observando o mar.
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Um problema sem solução.
RomanceTudo começa quando uma das maiores empresárias do ramo de designer se torna sócia de uma das maiores empresas de arquitetura dos Estados Unidos. Rodolffo Lamberti, que após a perda precoce de sua esposa, se tornou um pai viúvo e um homem amargurado...