Capítulo 30

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Isabela Lazcano

Eu pedi à Amélia para me ajudar com as malas. Depois, tomei um banho e segui ao aeroporto. Decidi ir em um avião de rede aérea. Seria mais rápido. Fui direto para o aeroporto, deixei meu carro no estacionamento e adentrei. Comprei uma passagem direto para Washington, sem escalas. Chegaria em torno de uma hora e meia. Ainda eram sete da noite. Eu segui ao portão de embarque e logo embarquei. O voo estava de saída.

Segui até meu assento na classe executiva e me sentei. Logo uma aeromoça apareceu, perguntando se eu gostaria de beber ou comer algo. Respondi que não. Saber que este caso está sendo reaberto, me deixou de estômago embrulhado.

Eu observei pela janela as luzes de Nova York assim que o avião levantou voo. Quando deixamos a cidade para trás, vi apenas a escuridão da noite. As luzes se apagaram para que os passageiros pudessem descansar. Eu me encostei no encosto do banco e observei a tela à minha frente. Pensei em assistir algo durante o voo, mas deixei de lado. Virei meu rosto para a esquerda e observei o assento ao meu lado, imaginei Rodolffo sentado nele, uma ideia estúpida já que ele não gosta de voar, e com razão. Mas eu não me importaria de ter que segurar sua mão outra vez para acalma-lo.

Durante aquele voo, eu senti meu coração pulsar mais forte. Me sinto como se estivesse quase apaixonada por ele, o que seria improvável, eu não me apaixonaria por um homem como ele. Mas algo em mim demonstra que sim. Todas as vezes que ele me olha, é como se ele se importasse, o que sabemos que não é verdade. Rodolffo não leva à sério nada do que digo ou faço. É como se entrasse em um ouvido e saísse pelo outro. Se ele se importasse, ouviria com atenção, o que não faz.

Não sei ao certo quando peguei no sono, mas quando acordei, ouvi o comandante dizer: "Senhoras e senhores passageiros, estamos chegando em Washington. Peço que continuem sentados para que tenhamos todos uma boa aterrissagem". Me senti aliviada por estar logo em casa. Eu estou exausta.

Quando o avião pousou, nós descemos. Eram mais de nove horas da noite, quando consegui pegar minhas malas e pegar um táxi. Eu informei a localização da casa dos meus pais e ele seguiu.

Depois de alguns minutos, nós chegamos. Meus pais estavam me esperando ao lado de fora. Um dos empregados pegou minhas malas e seguiu para dentro. O táxi foi embora logo depois de eu o pagar. Eu abracei meus pais e disse que estava exausta. Eles concordaram e ficamos de conversar melhor amanhã de manhã. Eu subi para o meu quarto e me joguei na cama.

De manhã, me levantei preguiçosamente e me direcionei ao banheiro. Escovei meus dentes, fiz minhas higienes e pensei em tomar um banho quente hoje. Liguei o chuveiro e entrei. Depois de tirar todo o sabão do meu corpo, peguei minha toalha e saí do banho. Pensei em vestir algo confortável. Peguei uma blusa sem mangas branca, uma calça jeans e um casaco de tricô. Foi o que eu último que ganhei da minha avó antes dela falecer. Prendi meu cabelo em um coque e me preparei para descer.

Eu desci para tomar café da manhã com meus pais, notando que eles estavam sentados à mesa quando entrei na sala de jantar.

— Bom dia.— Disse os cumprimentando, enquanto puxava a cadeira para me sentar.

— Bom dia, querida.— Meu pai disse sorrindo.

— Como dormiu?— Minha mãe perguntou.

— Bem. Muito bem, na verdade. Eu estava exausta.— Disse me encostando na cadeira.— E então, por que reabriram o caso?

Meu pai suspirou. Ele parecia pensativo, preocupado.

— Há uma testemunha. Eu não sei quem, mas decidiu falar sobre isso. E eles reabriram o caso.— Ele começou, me olhando.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora