Capítulo 50

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Rodolffo Lamberti

Eu me sinto confortável, tranquilo. Mas uma sensação ruim está me incomodando desde que saímos do apartamento. A chuva ainda caía lá fora, assim que chegamos à casa de Isabela.

Nós entramos, rapidamente, antes que a chuva engrossasse. Isabela seguiu ao seu quarto para trocar de roupa. Ela retornou alguns minutos depois, usando uma saia xadrez de cor azul e verde, com um blazer da mesma cor e uma blusa de gola alta branca. Os saltos agora eram de cor branca e não eram tão altos. Ela estava maravilhosamente linda com aquela roupa e o cabelo solto. Havia uma maquiagem leve em seu rosto. Eu deixei um sorrisinho de canto escapar.

— Aí estão vocês!— Ouvi minha mãe dizer assim que nos viu.

Eu me virei para ela, à olhando sério.

— Bom dia, mamãe.— Disse, à o olhando.

— Bom dia, querido.— Ela disse me abraçando. — Bom dia, Isabela.

— Bom dia, Laura.— Isabela disse, com um sorriso gentil.

— Posso saber o motivo dessa sua alegria contagiante?— Perguntei, sarcástico, à olhando.

— Seu pai está retornando. Afonso não está preso. Você está mudando. Acho que estou feliz.— Ela disse apertando as minhas bochechas.

Eu franzi o cenho, segurando seus braços e os retirando do meu rosto. Ouvi Isabela rir.

— Bom, ele não está preso em uma cela fria e está voltando para casa, acho que é motivo para ficar feliz.— Susan disse, ao entrar na sala.

— Está bem.— Eu concordei.— Quando eles chegam?— Questionei, às olhando.

— Na verdade, eles acabaram de chegar.— Minha mãe respondeu, apontando para a porta.

Quando me virei, vi meu pai, Afonso e muitos policiais entrando na sala. Isabela quase correu para abraçar o pai. Meu pai me cumprimentou e deu um tapinha em minhas costas.

— Temos muito o que conversar.— Ele disse me olhando depois de beijar a bochecha da minha mãe.

Eu bufei.

— Está bem. Vamos fazer isto logo. Tenho estrada para pegar daqui algumas horas.— Disse o olhando.

— Por favor.— Ele disse apontando para a biblioteca.

Eu suspirei e caminhei até a sala. Nós entramos e ele fechou a porta, se virando para me olhar.

— O que está havendo, Rodolffo?— Foi a primeira coisa que ele questionou.— O que há entre você e Isabela?

Eu encolhi os ombros, colocando as mãos nos bolsos da calça. Massageei o rosto, ponderam sobre esta conversa.

— Estou esperando, filho.— Ele disse me olhando com os braços cruzados.

Eu suspirei, encolhendo os ombros.

— Eu me apaixonei pela Isabela.— Disse o olhando.

— Aí está. Eu sabia que havia algo. Eu disse à sua mãe.— Ele disse sorrindo.

— Demorei aceitar isto. E não é fácil aceitar.— Disse o olhando.— Há uma sensação que está me incomodando. Mas ela desaparece quando estou com Isabela.— Disse suavemente.— Não sei o que faria se não estivesse aqui com ela.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora