Rodolffo Lamberti
Eu me sinto confortável, tranquilo. Mas uma sensação ruim está me incomodando desde que saímos do apartamento. A chuva ainda caía lá fora, assim que chegamos à casa de Isabela.
Nós entramos, rapidamente, antes que a chuva engrossasse. Isabela seguiu ao seu quarto para trocar de roupa. Ela retornou alguns minutos depois, usando uma saia xadrez de cor azul e verde, com um blazer da mesma cor e uma blusa de gola alta branca. Os saltos agora eram de cor branca e não eram tão altos. Ela estava maravilhosamente linda com aquela roupa e o cabelo solto. Havia uma maquiagem leve em seu rosto. Eu deixei um sorrisinho de canto escapar.
— Aí estão vocês!— Ouvi minha mãe dizer assim que nos viu.
Eu me virei para ela, à olhando sério.
— Bom dia, mamãe.— Disse, à o olhando.
— Bom dia, querido.— Ela disse me abraçando. — Bom dia, Isabela.
— Bom dia, Laura.— Isabela disse, com um sorriso gentil.
— Posso saber o motivo dessa sua alegria contagiante?— Perguntei, sarcástico, à olhando.
— Seu pai está retornando. Afonso não está preso. Você está mudando. Acho que estou feliz.— Ela disse apertando as minhas bochechas.
Eu franzi o cenho, segurando seus braços e os retirando do meu rosto. Ouvi Isabela rir.
— Bom, ele não está preso em uma cela fria e está voltando para casa, acho que é motivo para ficar feliz.— Susan disse, ao entrar na sala.
— Está bem.— Eu concordei.— Quando eles chegam?— Questionei, às olhando.
— Na verdade, eles acabaram de chegar.— Minha mãe respondeu, apontando para a porta.
Quando me virei, vi meu pai, Afonso e muitos policiais entrando na sala. Isabela quase correu para abraçar o pai. Meu pai me cumprimentou e deu um tapinha em minhas costas.
— Temos muito o que conversar.— Ele disse me olhando depois de beijar a bochecha da minha mãe.
Eu bufei.
— Está bem. Vamos fazer isto logo. Tenho estrada para pegar daqui algumas horas.— Disse o olhando.
— Por favor.— Ele disse apontando para a biblioteca.
Eu suspirei e caminhei até a sala. Nós entramos e ele fechou a porta, se virando para me olhar.
— O que está havendo, Rodolffo?— Foi a primeira coisa que ele questionou.— O que há entre você e Isabela?
Eu encolhi os ombros, colocando as mãos nos bolsos da calça. Massageei o rosto, ponderam sobre esta conversa.
— Estou esperando, filho.— Ele disse me olhando com os braços cruzados.
Eu suspirei, encolhendo os ombros.
— Eu me apaixonei pela Isabela.— Disse o olhando.
— Aí está. Eu sabia que havia algo. Eu disse à sua mãe.— Ele disse sorrindo.
— Demorei aceitar isto. E não é fácil aceitar.— Disse o olhando.— Há uma sensação que está me incomodando. Mas ela desaparece quando estou com Isabela.— Disse suavemente.— Não sei o que faria se não estivesse aqui com ela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um problema sem solução.
RomanceTudo começa quando uma das maiores empresárias do ramo de designer se torna sócia de uma das maiores empresas de arquitetura dos Estados Unidos. Rodolffo Lamberti, que após a perda precoce de sua esposa, se tornou um pai viúvo e um homem amargurado...