Capítulo 28

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Isabela Lazcano

Logo Luna voltou. Parecia tranquila e animada em sair. Eu deixei um sorrisinho de canto escapar.

— Podemos ir?— Perguntei à olhando.

— Sim, sim!— Ela disse animada.

— Não vá comer sorvetes demais, Luna.— Rodolffo disse, sério, à olhando.

— Está bem.— Ela bufou.

— Romero irá levar vocês.— Ele disse, me olhando.— Ele espera por vocês duas lá embaixo.

— Vamos no meu carro.— Eu disse o encarando.

— Não, Romero vai levar vocês. Eu já disse.— Ele disse me olhando.

— Rodolffo, eu me recuso a fazer isso. Tenho meu carro.— Disse cruzando os braços.

Ele suspirou irritado, antes de me puxar cuidadosamente para longe de Luna.

— Não posso permitir que vá no seu carro. Vocês vão com Romero. Não complica, Isabela.— Ele disse me olhando.

— Você é quem está complicando.— Encolhi os ombros.

— Romero tem que estar por perto e o carro também.— Ele disse me olhando.

— Eu, hein. Você está obcecado demais com isso.— Retruquei.

— Tivemos essa conversa, se lembra?— Ele questionou, me encarando.— Romero vai ficar o tempo inteiro com vocês.— Ele disse me olhando. Eu revirei os olhos.— Se ele não estiver, eu terei que estar. E eu não tenho tempo para isso.

— Não tem tempo para tomar sorvete com a sua filha?— Eu o olhei incrédula.

— Não, eu não tenho.— Ele afirmou.

Eu sei que Rodolffo é completamente obcecado por saúde e sei que não iria deixar a filha doente sem supervisão.

Eu tive uma bela ideia. Juro que se pudessem ver, veriam uma pequena lâmpada acima da minha cabeça agora. E eu tenho quase certeza de que ele não vai aceitar. Mas não custa tentar uma chantagem.

— Está bem. Mas então, não iremos com o Romero. Ou você vem, ou nós vamos sozinhas.— Finquei os braços na cintura.

Ele me olhou com as sobrancelhas arqueadas e um olhar de confusão.

— Você me ouviu? Eu acabei de dizer que não tenho tempo.— Ele disse me encarando.

— Você me ouviu? Eu disse que deveria conseguir mais tempo para ficar com a sua filha. E adivinha que oportunidade acaba de surgir?— Questionei o encarando.

Ele respirou fundo antes de passar a mão pelos cabelos sedosos, cheirosos e macios... Eu pisquei algumas vezes para voltar a focar no que importava agora.

— Não vou ficar mais de dez minutos.— Ele avisou.

— Como foi que eu deixei você me beijar?— Questionei, em voz alta.

— Eu não sei.— Ele deu em ombros.

Eu corei. Pigarreei.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora