Capítulo 23

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Rodolffo Lamberti

Eu observei cada movimento dela. Era como se eu tivesse travado e perdido a capacidade de ter qualquer reação.

Mas sentir o seus lábios nos meus foi o que me trouxe de volta a realidade. Eu, por impulso, pedi passagem. Suas mãos deslizaram pelos meus cabelos, quase como se me pressionasse ainda mais à ela.

Mantive minha mão esquerda em sua cintura, pressionando levemente. Minha mão direita estava brincando com os seus cabelos da nuca.

Eu senti um frio na barriga quando a sua língua tocou a minha. Eu deixei que ela explorasse o que quisesse. Eu a empurrei lentamente até a borda da piscina, pressionando ela contra a parede.

Eu não quis fazer isso, mas era como se eu não pudesse me controlar. Minha mão desceu, instintivamente, pela sua cintura até chegar em sua bunda.

Isabela se afastou, evitando me olhar.

— Sinto muito, eu-...— Tentei dizer.

— Não... hã... me desculpe— Ela disse, me afastando sem me olhar antes de sair da piscina e pegar suas roupas.

Ela vestiu o roupão às pressas e saiu pela porta rapidamente. Eu apenas fiquei ali, confuso e frustrado.

— Merda...— Murmurei, antes de me apoiar na beira e sair da piscina para pegar a minha calça.

Catei minha camisa do chão e corri atrás dela. Pelas poças d'água no chão, ela havia ido para o quarto. Eu corri até sua porta, me arrependendo no processo. Havia uma grande poça de água no chão, fazendo com que eu escorregasse e caísse no chão.

— Mais que... Filho da puta!— Eu mesmo me condenei, irritado, por saber que nem deveria estar correndo molhado.

Me levantei e bati à porta, esperando que ela abrisse, mas nada aconteceu.

— Isabela, será que pode abrir a porta?— Perguntei, impaciente encostando no batente.

Ela não respondeu. Eu suspirei. Eu insisti em bater outra vez. E, de novo, nada aconteceu.

— Eu não sei o que houve e se eu agi errado, peço que me perdoe— Disse suavemente, antes de suspirar impaciente.— Isabela, por favor...— Eu pude ouvir meu coração pulsar forte.

Eu não sei o que acontece comigo quando o assunto é ela. Meu coração fica como um louco. Deve ser alguma doença. Só pode ser isto. Essa arritmia... Eu vou ter um ataque cardíaco. Isto está acontecendo com frequência. Preciso de um médico imediatamente.

— Se quiser conversar e me deixar explicar, sabe onde o meu quarto fica— Disse antes de soltar um suspiro.

Eu me afastei e caminhei até o meu quarto. Segui até o espelho para verificar se não havia nenhum corte em minha cabeça ou um hematoma pelo meu corpo. E por sorte, não havia nada. Mas vou pedir um exame para garantir que nada tenha sido quebrado em mim. Eu poderia ter destroncado o pé e batido com mais força a cabeça. Tirei minha roupa e segui para um banho rápido . Não sei se há cloro naquela piscina mas claramente deve haver. Enrolei a toalha em minha cintura e fui me vestir. Peguei uma cueca box branca e uma bermuda tactel branca lisa.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora