Rodolffo Lamberti
Notei Isabela se envergonhar quando Amélia sorriu. Eu abaixei a cabeça tentando não rir. E tenho certeza de que Amélia notou aqueles leves chupões no pescoço de Isabela. Amélia voltou alguns minutos depois de terminarmos de comer, oferecendo sobremesa. Eu, obviamente, neguei. Eu havia comido a sobremesa antes do jantar, por assim dizer. E Amélia entendeu completamente o que eu queria ao invés da sobremesa. Agora eu é quem tinha me envergonhado.
Isabela pigarreou.
— Onde está o Tyler?— Isabela questionou, mudando de assunto.
— Ele disse que iria sair para encontrar alguém que a senhorita conhece, e que não precisa esperar por ele esta noite.— Amélia respondeu.
Isabela franziu o cenho e concordou.
— Está bem.— Ela disse.
Amélia concordou e se retirou. Eu olhei para Isabela, com o cenho franzido.
— Não me diga que ele foi encontrar...— Comecei à olhando, desconfiado.
Ela fez um biquinho descontraído, antes de pressionar os lábios.
— Ele deve ter ido encontrar o Marcelo...— Ela disse desviando o olhar de mim.
Eu arqueei as sobrancelhas.
— Eu não vou perguntar sobre isto.— Disse bebendo o restante do vinho que tinha na taça.
— Bom, ele não está em horário de trabalho.— Ela disse encolhendo os ombros.
— O João Marcelo não é uma... como eu posso dizer?— Questionei pensativo.— Uma boa companhia. Ele é um fanfarrão.
— O que te faz pensar que Tyler é diferente?— Ela questionou, apoiando a cabeça em sua mão. Eu a olhei arqueando as sobrancelhas antes de franzir o cenho.— Ele é igual, se não for pior. Mas, quando ele pega um trabalho, Ty o realiza com seriedade. Não se preocupe.
Eu concordei, pensativo. Isabela tocou a minha mão, me tirando de um quase transe. Eu segurei a sua mão, a apertando levemente.
— O seu cabelo está uma bagunça, sabia?— Ela questionou, rindo levemente.
Eu ri, levemente.
— Então eu não vou precisar dizer nada sobre as marcas no seu pescoço, meu amor.— Disse sorrindo de lado.
Ela fechou a cara, me encarando séria.
— Você não fez isso.— Isabela semicerrou os olhos.
Eu me levantei e me aproximei, bem pertinho do seu ouvido.
— Eu fiz. E eu vou fazer ainda mais quando estiver naquela cama, gemendo outra vez.— Sussurrei antes de beijar a sua bochecha.
Ela virou o rosto em minha direção, apenas para eu poder deixar um selinho em seus lábios. Isabela se levantou, se inclinando levemente para a direita, espreitando seus olhos na direção da porta da cozinha. Ela encolheu os ombros, entrelaçando os dedos em minha mão e seguiu até as escadas.
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Um problema sem solução.
RomanceTudo começa quando uma das maiores empresárias do ramo de designer se torna sócia de uma das maiores empresas de arquitetura dos Estados Unidos. Rodolffo Lamberti, que após a perda precoce de sua esposa, se tornou um pai viúvo e um homem amargurado...