Isabela Lazcano
Eu encarei Gustavo. Ele me olhou confuso.
— O que foi?— Ele questionou.
— Faz alguma coisa, porra.— Disse o encarando.
— Não há nada a fazer. É o Rodolffo. Você o conhece. Ele vai acabar com estresse e depois vai voltar para cá.— Ele disse pegando o telefone do bolso.
— O que vai fazer?— Questionei, o olhando.
— Vou tentar falar com a Ava.— Ele disse ao posicionar o telefone em sua orelha. Depois de alguns segundos, ele suspirou.—Está desligado.
Eu suspirei.
—Droga.—Murmurei.
—Aí, onde está o Marcelo?—Gustavo questionou, ao olhar em nossa volta.
Eu franzi o cenho. Não notei quando ele se afastou de nós.
— Eu não sei.—Murmurei.
— Só nos resta esperar por ele.—Gustavo disse.— Vou pedir à Emma para pegar um café. Você quer?—Ele perguntou suavemente.
— Sim.—Assenti.
Ele concordou antes de ir até a mesa de Emma. Respirei fundo antes de ir até minha sala para pegar meu telefone. Quase me arrependi de ir até lá, Ty e Marcelo quase se engoliam. Eu pigarreei para chamar sua atenção.
— Desculpe...—Ty disse se levantando.
Marcelo pigarreou, antes de se afastar.
— Vocês encontraram o Rodolffo?—Ele perguntou, me olhando.
— Não. Ele saiu sem dizer mais nada. Foi atrás de Ava e nos pediu para ficar.—Disse massageando meu rosto enquanto caminhava até minha mesa.
— Me parece que não gostou disso, gata.—Ty disse, me olhando.
— É claro que não. Ele é impulsivo.—Disse me virando para ele.— Se algo acontecer, Ty? Ele está com raiva, está magoado e está dirigindo.—Disse o encarando.
—Ok, calma. Ele vai ficar bem.—Ele disse se levantando e vindo até mim, antes de me abraçar apertado.
— Ele não vai ficar bem se Ava conseguir levar a filha dele.—Disse abraçando a sua cintura.— Não quero vê-lo bêbado de novo.
— Vai ficar tudo bem.—Ele disse acariciando minhas costas.
Eu assenti, respirando fundo. Ouvimos alguém bater à porta. Vi Gustavo com duas xícaras nas mãos.
— Por favor, não me diga que eles estavam fodendo na sua sala.—Gustavo disse, me olhando com uma careta.
— Não. Quase, mas não. Ainda bem.—Eu disse caminhando até ele.—Obrigada.—Agradeci, pegando a xícara.
Ele riu, enquanto eu bebia um gole do café amargo.
— Bom, acho que nós devemos esperar. Mas vamos fazer isso na sala dele. Aqui fede a sexo.—Ele disse provocando Marcelo.
Marcelo mostrou o dedo do meio, fazendo Gustavo rir. Eu revirei os olhos, rindo levemente. Nós voltamos para a sala do Rodolffo e ficamos lá por algum tempo. Emma até ofereceu cookies. Eu aceitei, estava com um pouco de fome.
Alguns minutos depois, meu telefone soou pela sala. Quando o peguei, vi que era uma ligação de um número desconhecido. Eu franzi o cenho, observando aquele número. Os olhos de Gustavo seguiram ao meu telefone.
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Um problema sem solução.
RomanceTudo começa quando uma das maiores empresárias do ramo de designer se torna sócia de uma das maiores empresas de arquitetura dos Estados Unidos. Rodolffo Lamberti, que após a perda precoce de sua esposa, se tornou um pai viúvo e um homem amargurado...