Capítulo 81

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Isabela Lazcano

Eu encarei Gustavo. Ele me olhou confuso.

— O que foi?— Ele questionou.

— Faz alguma coisa, porra.— Disse o encarando.

— Não há nada a fazer. É o Rodolffo. Você o conhece. Ele vai acabar com estresse e depois vai voltar para cá.— Ele disse pegando o telefone do bolso.

— O que vai fazer?— Questionei, o olhando.

— Vou tentar falar com a Ava.— Ele disse ao posicionar o telefone em sua orelha. Depois de alguns segundos, ele suspirou.—Está desligado.

Eu suspirei.

—Droga.—Murmurei.

—Aí, onde está o Marcelo?—Gustavo questionou, ao olhar em nossa volta.

Eu franzi o cenho. Não notei quando ele se afastou de nós.

— Eu não sei.—Murmurei.

— Só nos resta esperar por ele.—Gustavo disse.— Vou pedir à Emma para pegar um café. Você quer?—Ele perguntou suavemente.

— Sim.—Assenti.

Ele concordou antes de ir até a mesa de Emma. Respirei fundo antes de ir até minha sala para pegar meu telefone. Quase me arrependi de ir até lá, Ty e Marcelo quase se engoliam. Eu pigarreei para chamar sua atenção.

— Desculpe...—Ty disse se levantando.

Marcelo pigarreou, antes de se afastar.

— Vocês encontraram o Rodolffo?—Ele perguntou, me olhando.

— Não. Ele saiu sem dizer mais nada. Foi atrás de Ava e nos pediu para ficar.—Disse massageando meu rosto enquanto caminhava até minha mesa.

— Me parece que não gostou disso, gata.—Ty disse, me olhando.

— É claro que não. Ele é impulsivo.—Disse me virando para ele.— Se algo acontecer, Ty? Ele está com raiva, está magoado e está dirigindo.—Disse o encarando.

—Ok, calma. Ele vai ficar bem.—Ele disse se levantando e vindo até mim, antes de me abraçar apertado.

— Ele não vai ficar bem se Ava conseguir levar a filha dele.—Disse abraçando a sua cintura.— Não quero vê-lo bêbado de novo.

— Vai ficar tudo bem.—Ele disse acariciando minhas costas.

Eu assenti, respirando fundo. Ouvimos alguém bater à porta. Vi Gustavo com duas xícaras nas mãos.

— Por favor, não me diga que eles estavam fodendo na sua sala.—Gustavo disse, me olhando com uma careta.

— Não. Quase, mas não. Ainda bem.—Eu disse caminhando até ele.—Obrigada.—Agradeci, pegando a xícara.

Ele riu, enquanto eu bebia um gole do café amargo.

— Bom, acho que nós devemos esperar. Mas vamos fazer isso na sala dele. Aqui fede a sexo.—Ele disse provocando Marcelo.

Marcelo mostrou o dedo do meio, fazendo Gustavo rir. Eu revirei os olhos, rindo levemente. Nós voltamos para a sala do Rodolffo e ficamos lá por algum tempo. Emma até ofereceu cookies. Eu aceitei, estava com um pouco de fome.

Alguns minutos depois, meu telefone soou pela sala. Quando o peguei, vi que era uma ligação de um número desconhecido. Eu franzi o cenho, observando aquele número. Os olhos de Gustavo seguiram ao meu telefone.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora