Capítulo 46

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Rodolffo Lamberti

Ao subir para meu quarto, peguei meu telefone para fazer uma ligação. Observei os documentos do projeto enquanto esperava que Emma atendesse minha ligação.

Senhor Rodolffo? Em que posso ajudar?— Ela disse ao atender o telefone da empresa.

— Preciso que prepare os documentos de um novo projeto em Washington.—Disse, sério.— Quero um dossiê completo sobre o projeto e espero encontrá-lo em minha mesa junto com um contrato. Senhor Barnes enviou por e-mail alguns detalhes à mais. Quero tudo isso junto com o dossiê em minha mesa quando chegar. Entendido, Emma?

—Sim, sim, senhor Rodolffo. Eu irei preparar imediatamente.—Ela concordou.— Há algumas reuniões, o senhor estará aqui para atende-las?

— De que reuniões estamos falando?—Questionei, olhando meu relógio de pulso.

Já era quase hora do almoço. Por isso eu estava com fome. Mas, eu acho que sair e procurar por um restaurante simples, será melhor do que a comida portuguesa. Não está me fazendo muito bem.

— O chefe de obras deseja falar com o senhor. Ele quer revisar alguns detalhes e números do projeto no Queens. E o prefeito e a primeira dama também desejam encontrar com o senhor. Eles querem conversar sobre as obras do projeto da prefeitura. Eles querem conversar com o senhor, o senhor Gustavo e a senhorita Isabela. —Ela disse.

Eu massageei meu rosto e concordei.

— Está bem, marque-as para depois de amanhã. Tenho certeza de que já estarei de volta. Mas, se possível, não envolveremos Isabela. Não sei quando ela irá voltar, então será melhor não envolve-la se não estiver.—Disse, passando a mão pelos cabelos.

Está bem, senhor Rodolffo.—Ela concordou.

Eu concordei, antes de desligar. Bati com o telefone suavemente em minhas mãos, pensando em ligar para meu irmão. Provavelmente, ele não irá atender, mas sinto que devo tentar. Eu suspirei irritado, coloquei os documentos em cima da cama e disquei o número de Gustavo. No terceiro toque, ele atendeu.

Há algum problema?— Ele questionou, em um tom grosseiro.

— Como estão as coisas?—Questionei, no mesmo tom.

Estão indo bem. Quando você retorna?—Ele questionou, direto.

— Depois de amanhã.—Respondi.— Estou ligando para pedir um favor.

Você? Você está me pedindo um favor?—Ele questionou, incrédulo.

— Quero que fique com Luna enquanto eu não estiver. Apenas até eu retornar.—Disse, colocando a mão no bolso esquerdo da calça.

Por que isso agora?— Ele questionou. — Você nunca se preocupou com isso.

— Apenas pode fazer isto? Não costumo ficar longe e talvez eu queira me reaproximar de Luna...—Disse em um tom sincero.

E por que decidiu fazer isso só agora? Sinceramente, Rodolffo, está meio tarde, não acha?—Ele questionou.

— Não é você quem diz: "Antes tarde do que nunca"?—Questionei, impaciente. — De qualquer forma, pode ficar com ela? Romero acompanhará vocês.

Ouvi ele suspirar.

Está bem, eu vou ficar com ela. Afinal, infelizmente, você ainda é meu irmão.—Ele provocou.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora