Isabela Lazcano
Depois que Rodolffo se despediu de mim, eu segui ao closet para terminar de me vestir. Peguei uma lingerie verde e vesti. Depois, coloquei um vestido preto de mangas longas e gola alta, e peguei um sobretudo marrom claro. Quando me olhei no espelho para fazer uma maquiagem leve, vi as marcas que Rodolffo deixou em meu pescoço. Eu não tinha percebido que eram tantas assim. No banheiro, eu não estava tão focada em mim. Mas acontece que aquele robô gostoso Lamberti me marcou em todo o meu corpo. Agradeci por ele não ter marcado as minhas pernas.
Fiz uma maquiagem leve, passando uma base em meu pescoço, na tentativa de disfarçar os chupões enormes que estavam no meu pescoço. Peguei meu celular e enviei uma mensagem para Ty, já que, quando desci para tomar café, ele não estava em casa. Tenho certeza de que nem dormiu aqui.
"Preciso que compre pílulas para mim"
"Pílulas de quê, amiga?"
"As pílulas que você sabe. Mas preciso que leve para a empresa, estou a caminho."
"Sim, senhora!"
Agradeci por ter esse anjo da guarda e segui até o meu carro. Entrei e fui direto para a empresa. O manobrista levou o meu carro e eu segui, adentrando no hall e fui em direção ao elevador. Lá em cima, quando saí do elevador, vi um homem junto à Rodolffo e Emma passando com duas xícaras de café. Notei que se tratava de Samuel de La Fuente. Eu franzi o cenho mas segui em direção à minha sala.
Há outros projetos que eu quero revisar. Não demorou muito para Ty aparecer com uma sacola e uma garrafa de água mineral.
— Vocês não usaram camisinha?— Ele questionou, me olhando surpreso.
— Bem, eu pedi para não usar...— Murmurei, desviando o olhar dele.— Me dê o remédio, por favor.— Pedi, estendendo a mão.
Ele riu levemente e entregou a sacola e a água. Eu abri a embalagem e peguei o comprimido. Abri a água e coloquei o comprimido na boca, levando a garrafa em seguida.
— E então...?— Ele questionou, me olhando, ao se sentar na cadeira à minha frente.— Não vai me dizer que vocês passaram a noite inteira transando.— Ele arqueou a sobrancelha.
— Não.— Ele respirou aliviado.— A gente mal dormiu.— Disse o olhando calmamente.
— Você virou a noite inteira transando com o Lamberti?— Ele questionou, em um tom não tão baixo.
— Fala baixo!— Quase gritei.
— Deus, ainda bem que eu não estava na sua casa. Deus me livre, como iria dormir com os seus gemidos? Iriam me assombrar pra sempre.— Ele disse, fazendo uma careta.
Eu revirei os olhos.
— Calado.— Disse o olhando.
Nós ouvimos batidas à porta, quando olhei vi Gustavo, com uma expressão nervosa.
— Eu não quero atrapalhar, mas temos um problema.— Ele disse me olhando.
Eu franzi o cenho.
— O que houve?— Questionei, preocupada.
— É melhor você ir ver o Rodolffo. Tenho quase certeza de que irá ter um ataque cardíaco.— Ele disse preocupado antes de sair da minha sala, caminhando de volta pelo corredor.
Ty me olhou curioso. Me levantei e caminhei preocupada até a sala do Rodolffo. Ele estava alterado. Bastante alterado. Quase da mesma forma como estava quando bateu em Jordan e quando brigamos. Juro que pensei que fosse com Sam, mas ele não estava brigando com o Sam. Ele estava andando de um lado para o outro quando Gustavo o fez se sentar. Mas quando ele disse algo, talvez para acalma-lo, Rodolffo bateu os dois punhos com força na mesa de centro. Ela se estilhaçou pela sala. Eu apertei o passo e entrei pela porta.
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Um problema sem solução.
RomanceTudo começa quando uma das maiores empresárias do ramo de designer se torna sócia de uma das maiores empresas de arquitetura dos Estados Unidos. Rodolffo Lamberti, que após a perda precoce de sua esposa, se tornou um pai viúvo e um homem amargurado...