Capítulo 83

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Isabela Lazcano

Será que pode me explicar o que fazia com a Luna?— Rodolffo questionou, sério. Eu apertei a sua mão. Ele pigarreou.— Não me entenda errado, estou grato por tirar a minha filha das mãos daquela... mulher. Mas isto é para que estejamos em debito?—Ele questionou.

— Todos querem receber um favor de Rodolffo Lamberti.— Sam disse sorrindo de lado.— Mas, não. Não quero que me deva. Estamos quites.— Ele disse sério.

Gustavo o olhou confuso.

— Você? Você não quer que Rodolffo te deva uma?— Ele questionou, desacreditado.— Conte outra, Sam.

— Estou falando sério.— Ele retrucou.

— Então o que quer, Sam?— Rodolffo questionou, cruzando os braços.

— Que estejamos quites. Eu errei em liberar aquela foto. E causar aquele escândalo. Por isso, considere que estamos quites. Você me deu um projeto, eu trouxe sua filha de volta. Esquecemos aquele erro.— Ele disse olhando para o Rodolffo.

— Não foi um simples erro, Sam.— Rodolffo retrucou, antes de suspirar e massagear o rosto.— Mas estamos quites.

George pareceu surpreso. Laura apenas mantinha um sorrisinho de canto.

— Como a encontrou?— Perguntei, o olhando.

— Vocês pensavam que ela escolheria o maior aeroporto. Era o que Ava esperava que fizessem.— Ele começou.— Eu, por outro lado, conheço bem o Derek e a Ava para saber que o jato estava no menor aeroporto de Nova York. Derek não costuma deixar o jato em um aeroporto movimentado assim.— Sam disse.— Foi fácil abordá-la com a segurança do aeroporto e uma viatura que passou no caminho.

Rodolffo pareceu ponderar.

— Onde Ava está?— George perguntou.

— Em uma delegacia. Mas sabemos que ela irá sair. Então não há como se livrar do julgamento. Mas, podem pedir um exame psicológico.— Sam sugeriu.

— Posso perguntar por que nos ajuda?— Laura perguntou suavemente.

Sam deu um pequeno sorriso.

— Rodolffo e eu somos bons adversários nos negócios. Mas éramos bons amigos antes de assumirmos as empresas.— Ele respondeu.

— Então isto é pelos "velhos tempos"?— Questionei.

Ele assentiu, em concordância.

— Bom, eu vou deixá-los.— Ele disse nos olhando.

Rodolffo deu um passo à frente, soltando minha mão. Achei que ele iria fazer algo que normalmente faria. Mas ele estendeu a mão à Sam.

— Obrigado.— Ele disse o olhando.

Sam franziu o cenho antes de pegar a sua mão.

— Sabe que ainda somos adversários no mundo dos negócios.—Ele arqueou a sobrancelha.

— Sim, eu sei. Irei derrubar você outra vez.— Rodolffo deu um sorrisinho.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora