Rodolffo Lamberti
Eu cheguei à Washington às 01:30 da madrugada. Eu procurei por um bom hotel para descansar. Eu preferi ficar em um hotel. O apartamento dos meus pais me pareceu um pouco sufocante. Todos sabem que eles tem um apartamento em Washington, e eu tenho quase certeza de que não iriam me deixar sair. E agora, eu não tenho tempo para ficar discutindo com repórteres e jornalistas irritantes.
Na manhã seguinte, após me preparar para o dia e descer para tomar café, eu fui encontrar nossos advogados. Eu pedi para ficarem de olho em qualquer coisa, tudo referente à família Lazcano. Esta história não pode ser vazada, ninguém pode ter acesso à essas informações. Pedi que dois deles fossem à Lisboa para encontrar os advogados do Afonso. Soube que estão lá tentando controlar a situação. Não julgo, quero que isso saia da melhor forma possível para nós. Tenho certeza de que Afonso é inocente, aquele homem não me parece machucar sequer uma mosca.
Depois de encerrar com os advogados, eu segui até a casa dos Lazcano. Pedi que minha mãe me enviasse a localização assim que possível, e assim ela fez. Eu estacionei o carro em frente à grande mansão e caminhei até a porta. Parei quando vi uma mulher no jardim, observando as flores de lírios. Era a Isabela.
Eu pigarreei para chamar sua atenção.
— Não sabia que gostava de flores— Disse à olhando.
Ela se virou para me olhar e se levantou.
— Você não sabe muito sobre mim. E nem se importa.— Ela disse, me olhando.
Franzi o cenho, com a mandíbula rígida.
— É você quem está dizendo.—Murmurei.
— O que faz aqui, Rodolffo?— Ela questionou, me olhando.
— Estou ajudando com o seu problema. Já conversei com os advogados e se houver algum vazamento de informações, haverá uma grande briga no tribunal— Expliquei, colocando as mãos nos bolsos da calça.
Ela concordou pensativa.
— Quem fez isso no seu rosto?— Ela perguntou me olhando.
— Gustavo— Respondi— Mas isto não importa agora. Podemos entrar?— Perguntei.
Ela concordou. Nós entramos e os pais dela estavam na sala, junto aos meus. Eu fiz um leve cumprimento.
— E então, como foi com os advogados?— Meu pai perguntou, assim que nos sentamos.
— Bem. Eles estão de acordo. Não teremos um problema com a mídia, mas se tivermos, podemos controlar— Respondi— Por outro lado, dois dos nossos advogados foram para Lisboa. Irão encontrar os seus advogados, senhor Lazcano— Disse o olhando.
— Muito bem— Ele concordou— Recebi uma intimação. Devo comparecer outra vez ao tribunal esta semana.
Eu concordei.
— Você tem alguma ideia de quem pode ser a testemunha?— Questionei, o olhando.
— Não. Mas vamos descobrir assim que eu colocar os pés em Lisboa.— Ele garantiu.
— Seja franco comigo, o senhor realmente o matou ou não?— Perguntei, o olhando curioso.
— Rodolffo!— Minha mãe me repreendeu.
— Preciso saber a verdade para instruí-lo.— Me defendi, encolhendo o ombro.
— Me instruir em quê?— Ele questionou, com o cenho franzido.
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Um problema sem solução.
RomanceTudo começa quando uma das maiores empresárias do ramo de designer se torna sócia de uma das maiores empresas de arquitetura dos Estados Unidos. Rodolffo Lamberti, que após a perda precoce de sua esposa, se tornou um pai viúvo e um homem amargurado...