Capítulo 31

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Rodolffo Lamberti

Eu cheguei à Washington às 01:30 da madrugada. Eu procurei por um bom hotel para descansar. Eu preferi ficar em um hotel. O apartamento dos meus pais me pareceu um pouco sufocante. Todos sabem que eles tem um apartamento em Washington, e eu tenho quase certeza de que não iriam me deixar sair. E agora, eu não tenho tempo para ficar discutindo com repórteres e jornalistas irritantes.

Na manhã seguinte, após me preparar para o dia e descer para tomar café, eu fui encontrar nossos advogados. Eu pedi para ficarem de olho em qualquer coisa, tudo referente à família Lazcano. Esta história não pode ser vazada, ninguém pode ter acesso à essas informações. Pedi que dois deles fossem à Lisboa para encontrar os advogados do Afonso. Soube que estão lá tentando controlar a situação. Não julgo, quero que isso saia da melhor forma possível para nós. Tenho certeza de que Afonso é inocente, aquele homem não me parece machucar sequer uma mosca.

Depois de encerrar com os advogados, eu segui até a casa dos Lazcano. Pedi que minha mãe me enviasse a localização assim que possível, e assim ela fez. Eu estacionei o carro em frente à grande mansão e caminhei até a porta. Parei quando vi uma mulher no jardim, observando as flores de lírios. Era a Isabela.

Eu pigarreei para chamar sua atenção.

— Não sabia que gostava de flores— Disse à olhando.

Ela se virou para me olhar e se levantou.

— Você não sabe muito sobre mim. E nem se importa.— Ela disse, me olhando.

Franzi o cenho, com a mandíbula rígida.

— É você quem está dizendo.—Murmurei.

— O que faz aqui, Rodolffo?— Ela questionou, me olhando.

— Estou ajudando com o seu problema. Já conversei com os advogados e se houver algum vazamento de informações, haverá uma grande briga no tribunal— Expliquei, colocando as mãos nos bolsos da calça.

Ela concordou pensativa.

— Quem fez isso no seu rosto?— Ela perguntou me olhando.

— Gustavo— Respondi— Mas isto não importa agora. Podemos entrar?— Perguntei.

Ela concordou. Nós entramos e os pais dela estavam na sala, junto aos meus. Eu fiz um leve cumprimento.

— E então, como foi com os advogados?— Meu pai perguntou, assim que nos sentamos.

— Bem. Eles estão de acordo. Não teremos um problema com a mídia, mas se tivermos, podemos controlar— Respondi— Por outro lado, dois dos nossos advogados foram para Lisboa. Irão encontrar os seus advogados, senhor Lazcano— Disse o olhando.

— Muito bem— Ele concordou— Recebi uma intimação. Devo comparecer outra vez ao tribunal esta semana.

Eu concordei.

— Você tem alguma ideia de quem pode ser a testemunha?— Questionei, o olhando.

— Não. Mas vamos descobrir assim que eu colocar os pés em Lisboa.— Ele garantiu.

— Seja franco comigo, o senhor realmente o matou ou não?— Perguntei, o olhando curioso.

— Rodolffo!— Minha mãe me repreendeu.

— Preciso saber a verdade para instruí-lo.— Me defendi, encolhendo o ombro.

— Me instruir em quê?— Ele questionou, com o cenho franzido.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora