Capítulo 36

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Isabela Lazcano

Eu olhei em seus olhos, deixando um sorrisinho de canto.

— Talvez porque não seja...— Sussurrei.

Eu olhei em seus olhos azuis, acariciando sua bochecha antes de me inclinar e o beijar novamente. Ele retribuiu, segurando meu rosto. Seu braço deslizou pela minha cintura, me puxando levemente contra o seu corpo. Eu me sentei em seu colo, enquanto o beijava. Rodolffo começou a descer os beijos pela minha mandíbula até o meu pescoço. Eu entrelacei meus dedos em seu cabelo.

Quando sua mão apertou o minha cintura, eu senti a mesma sensação. Mesmo sabendo que era Rodolffo ali, não ele, eu não consegui evitar o pânico.

— Espera...— Eu disse, tentando me afastar dele— Rodolffo, me solta— Pedi, já sentindo os olhos marejarem.

— O que houve?— Ele questionou confuso.— Isabela?— Ele segurou o meu rosto.

Eu balancei a cabeça, destrancando a porta do carro e a abrindo. Eu saí do carro às pressas e tentei respirar fundo. Eu precisava de ar. Senti as lagrimas rolarem pelas minhas bochechas.

— Isabela?— Ouvi a voz dele.

— Rodolffo... eu preciso de espaço.— Disse me virando para ele.

Ele me olhou sem entender. Rodolffo apenas ficou lá, sem reação.

— Era sobre essa reação que eu estava falando.— Ele suspirou, passando as mãos pelo rosto.

— Rodolffo, agora não. Será que pode, por favor, ir?— Eu pedi, com a voz chorosa.

Ele tentou se aproximar, mas eu recuei. Automaticamente recuei.

— Isabela, eu não posso ir embora agora. Precisa me dizer o que houve.— Ele disse me olhando— Se eu-...— Eu o interrompi.

—Não tem nada a ver com você.— Disse, respirando fundo, limpando as lagrimas que insistiam em rolar.

— Então me diz que merda está havendo, Isabela!— Ele pediu, olhando em meus olhos.

Eu suspirei, encolhendo os ombros.

— Eu não consigo...— Disse em um tom choroso.

— É claro que consegue, basta você querer.—Ele disse me olhando.— Já me abri com você, deveria fazer o mesmo.

— Não pense que tenho a obrigação de contar as coisas à você.— Retruquei.

— Eu não disse que tinha.—Ele disse me encarando— Mas eu iria querer uma explicação para esta situação.

— Então vou deixar que fique na vontade, Rodolffo. Não estou me sentindo bem com essa conversa.— Disse o olhando.

— Isabela, não pode evitar isso. Por favor.— Ele pediu, se aproximando de mim, outra vez.

— Rodolffo, por favor, vá embora.— Eu implorei.

Ele me olhou, desviando o olhar antes de suspirar impaciente. Eu queria contar à ele, porque quero que ele saiba. Mas não agora, eu preciso de espaço e de tempo. Antes que ele dissesse algo, ouvi uma voz séria. Eu suspirei, porque eu sabia muito bem de quem ela era.

— O que houve?— Ouvi Tyler, questionar, caminhando até nós.

— Não é nada.— Disse tentando puxar ele para longe do Rodolffo.

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