Isabela Lazcano
Eu olhei em seus olhos, deixando um sorrisinho de canto.
— Talvez porque não seja...— Sussurrei.
Eu olhei em seus olhos azuis, acariciando sua bochecha antes de me inclinar e o beijar novamente. Ele retribuiu, segurando meu rosto. Seu braço deslizou pela minha cintura, me puxando levemente contra o seu corpo. Eu me sentei em seu colo, enquanto o beijava. Rodolffo começou a descer os beijos pela minha mandíbula até o meu pescoço. Eu entrelacei meus dedos em seu cabelo.
Quando sua mão apertou o minha cintura, eu senti a mesma sensação. Mesmo sabendo que era Rodolffo ali, não ele, eu não consegui evitar o pânico.
— Espera...— Eu disse, tentando me afastar dele— Rodolffo, me solta— Pedi, já sentindo os olhos marejarem.
— O que houve?— Ele questionou confuso.— Isabela?— Ele segurou o meu rosto.
Eu balancei a cabeça, destrancando a porta do carro e a abrindo. Eu saí do carro às pressas e tentei respirar fundo. Eu precisava de ar. Senti as lagrimas rolarem pelas minhas bochechas.
— Isabela?— Ouvi a voz dele.
— Rodolffo... eu preciso de espaço.— Disse me virando para ele.
Ele me olhou sem entender. Rodolffo apenas ficou lá, sem reação.
— Era sobre essa reação que eu estava falando.— Ele suspirou, passando as mãos pelo rosto.
— Rodolffo, agora não. Será que pode, por favor, ir?— Eu pedi, com a voz chorosa.
Ele tentou se aproximar, mas eu recuei. Automaticamente recuei.
— Isabela, eu não posso ir embora agora. Precisa me dizer o que houve.— Ele disse me olhando— Se eu-...— Eu o interrompi.
—Não tem nada a ver com você.— Disse, respirando fundo, limpando as lagrimas que insistiam em rolar.
— Então me diz que merda está havendo, Isabela!— Ele pediu, olhando em meus olhos.
Eu suspirei, encolhendo os ombros.
— Eu não consigo...— Disse em um tom choroso.
— É claro que consegue, basta você querer.—Ele disse me olhando.— Já me abri com você, deveria fazer o mesmo.
— Não pense que tenho a obrigação de contar as coisas à você.— Retruquei.
— Eu não disse que tinha.—Ele disse me encarando— Mas eu iria querer uma explicação para esta situação.
— Então vou deixar que fique na vontade, Rodolffo. Não estou me sentindo bem com essa conversa.— Disse o olhando.
— Isabela, não pode evitar isso. Por favor.— Ele pediu, se aproximando de mim, outra vez.
— Rodolffo, por favor, vá embora.— Eu implorei.
Ele me olhou, desviando o olhar antes de suspirar impaciente. Eu queria contar à ele, porque quero que ele saiba. Mas não agora, eu preciso de espaço e de tempo. Antes que ele dissesse algo, ouvi uma voz séria. Eu suspirei, porque eu sabia muito bem de quem ela era.
— O que houve?— Ouvi Tyler, questionar, caminhando até nós.
— Não é nada.— Disse tentando puxar ele para longe do Rodolffo.
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Um problema sem solução.
RomanceTudo começa quando uma das maiores empresárias do ramo de designer se torna sócia de uma das maiores empresas de arquitetura dos Estados Unidos. Rodolffo Lamberti, que após a perda precoce de sua esposa, se tornou um pai viúvo e um homem amargurado...