Um problema sem solução.

Capítulo 17

Rodolffo Lamberti

No dia seguinte, me preparei para o dia e depois de um bom banho, coloquei um terno azul, e logo pedi à Jena que fizesse minhas malas. Eu precisava resolver outra questão em uma reunião antes de ir para Boston. Íamos encontrar Jordan e uma nova investidora hoje. Deixei que Gustavo lidasse com os outros.

— Jena, Luna ficará com minha mãe durante estes dias, pode tirar folga. Aproveite meu bom humor— Disse à olhando.

— Hã... está bem, senhor Rodolffo— Ela concordou.

Eu tomei meu café forte e amargo, acompanhado de cookies de banana e algumas frutas. Depois segui para a empresa, deixei minha mala em casa. Pegaria depois da reunião. Encontrei Isabela esperando em minha sala. Eu entrei, fazendo ela me olhar.

Isabela estava usando uma blusa preta de gola alta, uma calça bege e um blazer preto. Acho que não há uma roupa que não fique à favor de seu corpo. Eu balancei a cabeça para afastar estes pensamentos.

— Bom dia— Disse à olhando.

— Bom dia— Ela me cumprimentou.

— O que fez você chegar cedo hoje?— Perguntei, olhando para ela.

— Eu não sei— Ela encolheu os ombros— Talvez você é quem tenha se atrasado.

Olhei meu relógio. Não estava atrasado. Adiantado, até.

— Não. Você chegou cedo. O que houve? Está nervosa?— Perguntei à olhando, curioso.

Ela se levantou.

— Não, Rodolffo— Ela disse séria— Que horas será a reunião?

— Daqui a pouco— Respondi, olhando o relógio.— Ainda temos alguns minutos, pode fazer o que quiser— Disse à olhando.

— Tudo o que precisava fazer, já foi feito— Ela disse me olhando.

— Está bem— Concordei, me sentando em minha cadeira.— Fique à vontade— Disse à olhando, fazendo um gesto para que se sentasse.

Ela concordou e se sentou. Eu observei alguns dos nomes que Gustavo me passou por e-mail. Segundo ele, todos estão de acordo com o projeto que será desenvolvido em Boston. Estávamos trabalhando nisso desde antes de Isabela chegar. É sobre um porto marítimo que será construído na baía de Boston. Foi ideia do Gustavo, mesmo que eu não tenha concordado muito. Ele acha que isso poderia atrair mais pessoas para a fundação dele.

— Preciso que avalie este projeto, aproveitando que não estamos em reunião ainda, Isabela— Disse, pegando uma pasta.

— Que projeto?— Ela perguntou com o cenho franzido.

— O projeto do porto marítimo. Foi antes de você chegar. Mas, como sócia e designer, gostaria de saber sua opinião— Disse me levantando e indo até o sofá.— Gustavo achou que não seria um péssimo acordo, já que pode ajudar a fundação.

Eu entreguei a pasta para ela. Isabela pegou e a abriu, observando o projeto.

— Quem fez isto?— Ela questionou, focando nos desenhos.— Foi feito à mão?