Capítulo 80

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Rodolffo Lamberti

— Senhor Lamberti, garanto que estamos fazendo o possível para encontrá-la. Há uma equipe K-9 indo para a casa dela agora.— O capitão disse.

— Se não a encontrarem em casa?— Questionei, impaciente.

— Há outra equipe indo para o aeroporto imediatamente, senhor.— Ele respondeu.— Vamos fechar a entrada da cidade e realizar uma blitz.

Eu massageei o rosto irritado.

— Não quero a porra de uma blitz, quero que encontrem a Ava.— Rosnei.— Se não for capaz de encontrá-los, então tenho certeza de que o seu superior vai acreditar que é incapaz de ser o capitão de polícia de Nova York.

Eu farei o possível para encontrar a senhorita Antonelli e sua filha. Eu garanto.—Ele disse.

— Se não fizer, vamos ter problemas.—Disse ríspido, antes de desligar o telefone.

Coloquei o telefone em cima da mesa, respirando fundo.

— Tem certeza de que não quer um calmante?—Ouvi Gustavo perguntar.

Eu o encarei, com a mandíbula rígida. Ele levantou os braços, olhando para Isabela.

— Onde está o Sam?—Questionei, olhando pelas paredes de vidro da minha sala.

Eu não o vi mais desde que Isabela chegou em minha sala. Gustavo e Isabela seguiram o meu olhar.

— Eu não sei.—Gustavo respondeu.

— Rodolffo, ele não é importante agora. O que o capitão disse?—Isabela questionou, assim que me sentei ao seu lado.

— Há duas equipes atrás da Ava. Uma indo para a casa dela, outra para o aeroporto. E vão fechar as saídas da porra da cidade.—Me encostei no encosto do sofá.

— Bom, isso significa que Ava está em saída.—Isabela disse, colocando a mão em minha perna.

Eu observei sua mão, assentindo em concordância.

— Mas são três aeroportos...—Suspirei.

— O mais usado é o JFK. Ainda mais para linhas internacionais.—Gustavo disse nos olhando.—Aposto que irão pegar o avião lá.—Ele disse me olhando.—Deve ser para onde os policiais estão indo.

Concordei, olhando além da sala. As portas do elevador se abriram e eu vi uma figura irritantemente familiar. Isabela seguiu o meu olhar.

— O que ele faz aqui?—Questionei.

— Talvez tenha vindo por Ty.—Isabela disse.—Ele estava em minha sala.

Eu fiz uma careta, antes de a olhar.

— Que eles não transem na minha empresa.—Quase implorei.

— Espera, Tyler e Marcelo?—Gustavo questionou, confuso.

Eu assenti.

—Longa história.—Isabela e eu dissemos em uníssono.

Gustavo franziu o cenho, antes de concordar. Marcelo seguiu na direção da minha sala, ao invés de ir encontrar o Tyler.

Lisa Simpson. Bart. Mulher da Lisa Simpson.—Esse foi o jeito de João Marcelo nos cumprimentar.

— João, o que ainda prende você aqui?—Questionei, tentando manter a irritação no mínimo.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora