Isabela Lazcano
Quando acordei essa manhã, decidi tomar café. Rodolffo ainda estava na cama, dormindo. Eu o observei dormir, lembrando do que fizemos ontem, deixando um pequeno sorriso escapar de meus lábios. Acariciei seu braço que abraçava minha cintura, como se me prendesse à ele.
Beijei sua testa, antes de me levantar e vestir uma calcinha, junto com a camisa social que ele estava ontem. Depois de escovar meus dentes, com a escova que estava lacrada no banheiro, eu segui até a cozinha, para preparar um café. Bom, a cafeteira preparou. Eu peguei uma xícara e me aproximei das janelas, para observar a vista. O dia estava chuvoso. Era um clima agradável.
Senti braços fortes envolverem o meu corpo e um perfume, que também estava espalhando pelo meu corpo, invadiu meu nariz. Sua cabeça pousou na curva do meu pescoço.
— Bom dia.— Ele disse suavemente, beijando a minha bochecha.
— Bom dia.— Respondi, sorrindo de canto.
— Como você dormiu?— Ele questionou, me abraçando.
— Muito bem. Não me sinto relaxada assim faz tanto tempo.— Disse encostando minha cabeça em seu ombro.
— Bom, posso dizer o mesmo. Não sei quando me senti tão tranquilo assim. Parece que o tempo apenas parou. Não sei quando foi a última vez que me senti tão leve assim.— Ele disse respirando fundo.— Me parece um clima agradável lá fora.
— Poderíamos ficar aqui.— Sugeri.— Bem, há não ser que sua mãe queira o apartamento de volta.
Rodolffo descansou sua cabeça sobre a minha.
— Não, ela não quer.— Ele disse suavemente.— Mas, receio que não poderemos ficar aqui por muito tempo.— Ele beijou o meu cabelo.— George está retornando. Não quero parecer babaca mas preciso voltar para Nova York hoje.
— Talvez eu deva voltar também.— Disse suavemente, inclinando minha cabeça para olhá-lo.
— Profissionalmente falando, sim. Mas, Gustavo e eu podemos cuidar das coisas se decidir ficar aqui por mais alguns dias.— Ele disse olhando em meus olhos.
— Na verdade, é melhor eu retornar.— Disse observando a vista.— Há trabalhos e não posso ficar aqui. Só preciso saber que ele vai ficar bem antes de ir embora.
— Como quiser.— Ele beijou o meu cabelo.— Se quiser, pode ir comigo. Mas há uma longa estrada para pegar.— Ele disse suavemente.
Eu concordei.
— Está bem.— Disse, bebendo um gole de café.— Há café pronto, se quiser.
— Eu vou preparar o café da manhã.— Ele disse antes de se afastar de mim.
— Está bem.— Concordei, antes de seguir e me sentar na cadeira do balcão. Quando ele estava de costas, notei algumas marcas em suas costas, causadas pelas minhas unhas.— Você notou as suas costas?— Perguntei, incerta.
— Sim, eu notei.— Ele respondeu, ainda de costas para mim.— Não se preocupe, eu não me importo. É uma boa lembrança da noite de ontem.
Eu sorri de canto.
— Foi uma noite perfeita.— Disse bebendo o café.— Obrigada.
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Um problema sem solução.
RomanceTudo começa quando uma das maiores empresárias do ramo de designer se torna sócia de uma das maiores empresas de arquitetura dos Estados Unidos. Rodolffo Lamberti, que após a perda precoce de sua esposa, se tornou um pai viúvo e um homem amargurado...