Capítulo 49

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Isabela Lazcano

Quando acordei essa manhã, decidi tomar café. Rodolffo ainda estava na cama, dormindo. Eu o observei dormir, lembrando do que fizemos ontem, deixando um pequeno sorriso escapar de meus lábios. Acariciei seu braço que abraçava minha cintura, como se me prendesse à ele.

Beijei sua testa, antes de me levantar e vestir uma calcinha, junto com a camisa social que ele estava ontem. Depois de escovar meus dentes, com a escova que estava lacrada no banheiro, eu segui até a cozinha, para preparar um café. Bom, a cafeteira preparou. Eu peguei uma xícara e me aproximei das janelas, para observar a vista. O dia estava chuvoso. Era um clima agradável.

Senti braços fortes envolverem o meu corpo e um perfume, que também estava espalhando pelo meu corpo, invadiu meu nariz. Sua cabeça pousou na curva do meu pescoço.

— Bom dia.— Ele disse suavemente, beijando a minha bochecha.

— Bom dia.— Respondi, sorrindo de canto.

— Como você dormiu?— Ele questionou, me abraçando.

— Muito bem. Não me sinto relaxada assim faz tanto tempo.— Disse encostando minha cabeça em seu ombro.

— Bom, posso dizer o mesmo. Não sei quando me senti tão tranquilo assim. Parece que o tempo apenas parou. Não sei quando foi a última vez que me senti tão leve assim.— Ele disse respirando fundo.— Me parece um clima agradável lá fora.

— Poderíamos ficar aqui.— Sugeri.— Bem, há não ser que sua mãe queira o apartamento de volta.

Rodolffo descansou sua cabeça sobre a minha.

— Não, ela não quer.— Ele disse suavemente.— Mas, receio que não poderemos ficar aqui por muito tempo.— Ele beijou o meu cabelo.— George está retornando. Não quero parecer babaca mas preciso voltar para Nova York hoje.

— Talvez eu deva voltar também.— Disse suavemente, inclinando minha cabeça para olhá-lo.

— Profissionalmente falando, sim. Mas, Gustavo e eu podemos cuidar das coisas se decidir ficar aqui por mais alguns dias.— Ele disse olhando em meus olhos.

— Na verdade, é melhor eu retornar.— Disse observando a vista.— Há trabalhos e não posso ficar aqui. Só preciso saber que ele vai ficar bem antes de ir embora.

— Como quiser.— Ele beijou o meu cabelo.— Se quiser, pode ir comigo. Mas há uma longa estrada para pegar.— Ele disse suavemente.

Eu concordei.

— Está bem.— Disse, bebendo um gole de café.— Há café pronto, se quiser.

— Eu vou preparar o café da manhã.— Ele disse antes de se afastar de mim.

— Está bem.— Concordei, antes de seguir e me sentar na cadeira do balcão. Quando ele estava de costas, notei algumas marcas em suas costas, causadas pelas minhas unhas.— Você notou as suas costas?— Perguntei, incerta.

— Sim, eu notei.— Ele respondeu, ainda de costas para mim.— Não se preocupe, eu não me importo. É uma boa lembrança da noite de ontem.

Eu sorri de canto.

— Foi uma noite perfeita.— Disse bebendo o café.— Obrigada.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora