Capítulo 27

193 11 0
                                    

Rodolffo Lamberti

Depois da conferência em uma academia de arquitetura, nós seguimos ao carro e Isabela dirigiu até a L-Corp. Eu recebi uma ligação de Ava, mas não era o melhor momento para atender o telefone.

Agora estou tentando me controlar para não colocar aquela mulher em uma mesa em frente à um juiz.

Assim que Isabela estacionou o carro, eu desci e segui até o hall da empresa. Eu o atravessei e entrei no elevador. Quando cheguei ao último andar, notei Ava em minha sala, ao lado de Luna e Gustavo.

Eu abri a porta e entrei rapidamente.

— Saia, Gustavo.— Disse o olhando.

— Venha, Luna. Vamos pegar alguma coisa para você comer.— Ele disse estendendo a mão para ela.

— Uh, podemos ver a Isabela?— Ela perguntou.

Eu franzi o cenho confuso. Esperei ela sair com Gustavo, para estar longe o bastante.

— O que foi, Rodolffo?— Ava questionou, me olhando quase sem se importar.

— Você não tem o mínimo direito de pegar minha filha quando você bem entender! Eu disse que precisava de autorização! É comigo que você tem que falar, não com Jena, ou com qualquer outra pessoa!— Eu gritei irritado.

— Você se esqueceu de quem é a mãe dela, Rodolffo.— Ela disse me encarando— Se eu precisar da sua autorização toda vez que eu quiser vê-la, não irei sair com ela nunca. Você nem estava aqui, estava com a senhorita sei lá o quê. O corpo da minha irmã mal esfriou e você já está procurando outro rabo de saia?!— Ela questionou, me encarando.

— Cale a boca! Se acha que eu vou permitir que fale assim sobre Isabela, está enganada.— Avisei— Não estou procurando ninguém. Eu viajei a trabalho e isto se tornou uma brecha para você fazer o que quiser! Não devo satisfações à você, Ava! Eu estou proibindo você de ver a minha filha.

— Me proíba, Rodolffo! Me proíba. Porque se fizer isso, todos vão saber que você está tendo um caso com a sua querida sócia— Ela disse me encarando.

— Eu vou repetir uma última vez: não estou tendo caso com ISABELA. Avisei que isto não é da sua conta!— Rosnei.— Quer inventar mentiras? Invente! Todos vão saber a vadia que você é.— Disse a encarando.

Ela estapeou meu rosto.

— Se ousar me chamar assim outra vez, vai saber do que eu sou capaz, Rodolffo— Ela disse apontando o dedo em minha cara.

— O Gustavo deu um fora em você, não é?— Provoquei. Ela me encarou furiosa— Não pode descontar em mim o que ele fez com você. Além do mais, foi mais que bem feito.— Disse a encarando.

— Cale a boca, Rodolffo— Ela retrucou.

— Se você se aproximar da minha filha outra vez, vou conseguir uma ordem de restrição contra você, Ava— Eu disse a encarando rígido.

— Se fizer isso, vou tomar medidas drásticas, Rodolffo.— Ela avisou, antes de passar por mim e sair pela porta.

Eu bufei. Bati na mesa irritado. Tirei o blazer e joguei em um dos sofás. Arregacei as mangas e me sentei, trabalhando em um projeto que seria entregue ao prefeito.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora