Capítulo 38

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Isabela Lazcano

Durante a madrugada quando acordei, notei que Rodolffo e eu estávamos deitados em uma cama. Tenho certeza de que é o quarto dele. Não me lembro de ter vindo para cá. Mas estava deitada com a cabeça em seu braço direito. Notei que estava sem os meus saltos.

Ele deve tê-los tirado. Pensei.

Ele estava virado para mim, com o braço esquerdo colado em seu corpo. Dei um sorrisinho antes de me aproximar e acariciar seu rosto. Eu não quis fazer nenhum movimento para acorda-lo. Depois de alguns segundos, voltei a pegar no sono.

Acordei pela manhã, não sei ao certo que horas. Estava sozinha na cama e não havia nenhum sinal do Rodolffo. Mas notei que as malas ainda estavam no canto do quarto.

Onde ele foi?

A porta do quarto se abriu e eu o vi entrar com uma bandeja de café da manhã, cheia de coisas que ele provavelmente não come. Ele havia tomado banho. Estava com uma camisa simples branca, uma bermuda cinza e o cabelo bem penteado. E quando se aproximou, senti o seu perfume amadeirado.

— Bom dia.— Ele disse suavemente, ao colocar a bandeja na cama e se sentar.

— Bom dia.— Disse o olhando.

— Eu trouxe você para a cama. Aquele sofá não deixaria você dormir bem.— Ele disse me olhando.

Eu concordei.

— E onde você dormiu?— Questionei, o olhando desentendida.

Ele desviou o rosto e deu um sorrisinho, antes de me olhar.

— Na mesma cama, com você.— Ele respondeu me olhando— Mas não toquei em você. Eu prometo. Fora a parte em que você se deitou por cima do meu braço. Eu mal consegui mexê-lo quando acordei.— Ele riu levemente com a última parte.

— Desculpe.— Disse o olhando.

— Há uma escova lacrada no banheiro e uma toalha se quiser tomar banho.— Ele disse me olhando.— Mas eu não demoraria muito, o café vai esfriar.

— Você já tomou café?— Perguntei, me sentando na cama.

— Eu não estou com fome. E normalmente não como muito pela manhã.— Ele respondeu.

Eu concordei.

— Eu... sinto muito por ontem.— Disse olhando em seus olhos.— Eu não queria que chegasse à aquele ponto.— Disse brincando com meus dedos.

— Está tudo bem.— Ele disse— Isto se torna algo compreensível quando você tem todas as informações que precisa.— Ele me olhou.

— Não acho que tenha todas as informações que precisa.— Disse o olhando.

Ele respirou fundo.

— Isabela, esse assunto é seu. Não estou interessado em algo que faça você se machucar toda vez que relembrar.— Ele disse em um tom suave, me olhando.

— Mas deveria estar.— Retruquei— Olhe a confusão em que você se meteu por minha causa.— Eu disse me levantando da cama e seguindo até o banheiro.

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