Isabela Lazcano
Durante a madrugada quando acordei, notei que Rodolffo e eu estávamos deitados em uma cama. Tenho certeza de que é o quarto dele. Não me lembro de ter vindo para cá. Mas estava deitada com a cabeça em seu braço direito. Notei que estava sem os meus saltos.
Ele deve tê-los tirado. Pensei.
Ele estava virado para mim, com o braço esquerdo colado em seu corpo. Dei um sorrisinho antes de me aproximar e acariciar seu rosto. Eu não quis fazer nenhum movimento para acorda-lo. Depois de alguns segundos, voltei a pegar no sono.
Acordei pela manhã, não sei ao certo que horas. Estava sozinha na cama e não havia nenhum sinal do Rodolffo. Mas notei que as malas ainda estavam no canto do quarto.
Onde ele foi?
A porta do quarto se abriu e eu o vi entrar com uma bandeja de café da manhã, cheia de coisas que ele provavelmente não come. Ele havia tomado banho. Estava com uma camisa simples branca, uma bermuda cinza e o cabelo bem penteado. E quando se aproximou, senti o seu perfume amadeirado.
— Bom dia.— Ele disse suavemente, ao colocar a bandeja na cama e se sentar.
— Bom dia.— Disse o olhando.
— Eu trouxe você para a cama. Aquele sofá não deixaria você dormir bem.— Ele disse me olhando.
Eu concordei.
— E onde você dormiu?— Questionei, o olhando desentendida.
Ele desviou o rosto e deu um sorrisinho, antes de me olhar.
— Na mesma cama, com você.— Ele respondeu me olhando— Mas não toquei em você. Eu prometo. Fora a parte em que você se deitou por cima do meu braço. Eu mal consegui mexê-lo quando acordei.— Ele riu levemente com a última parte.
— Desculpe.— Disse o olhando.
— Há uma escova lacrada no banheiro e uma toalha se quiser tomar banho.— Ele disse me olhando.— Mas eu não demoraria muito, o café vai esfriar.
— Você já tomou café?— Perguntei, me sentando na cama.
— Eu não estou com fome. E normalmente não como muito pela manhã.— Ele respondeu.
Eu concordei.
— Eu... sinto muito por ontem.— Disse olhando em seus olhos.— Eu não queria que chegasse à aquele ponto.— Disse brincando com meus dedos.
— Está tudo bem.— Ele disse— Isto se torna algo compreensível quando você tem todas as informações que precisa.— Ele me olhou.
— Não acho que tenha todas as informações que precisa.— Disse o olhando.
Ele respirou fundo.
— Isabela, esse assunto é seu. Não estou interessado em algo que faça você se machucar toda vez que relembrar.— Ele disse em um tom suave, me olhando.
— Mas deveria estar.— Retruquei— Olhe a confusão em que você se meteu por minha causa.— Eu disse me levantando da cama e seguindo até o banheiro.
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Um problema sem solução.
RomanceTudo começa quando uma das maiores empresárias do ramo de designer se torna sócia de uma das maiores empresas de arquitetura dos Estados Unidos. Rodolffo Lamberti, que após a perda precoce de sua esposa, se tornou um pai viúvo e um homem amargurado...