Capítulo 62

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- Você está ainda mais linda. - Disse entre os beijos. - Com mais cara de menina por causa do novo corte de cabelo, com mais corpo de mulher. - Alisou a namorada. - Quando eu bati os olhos nesse pedaço de pano. - Tirou a blusa da loira. - Eu só consegui pensar em tirar.

- E agora que já tirou, vai fazer o quê? - Disse com a voz aveludada. E sorriu com os beijos que recebia na barriga.

- Esse bronzeado... - Passou o dedo levemente pela marquinha. - Esse piercing que você colocou... Você me enlouquece!

- Eu quero que você pare de falar. - Pediu já envolvida. - Estou com saudades de ter você dentro de mim... - Ele sorriu e colou os corpos afim de que ela sentisse seu membro enrijecido. - Está me torturando!

- Estou aproveitando cada segundo. - Sorriu e soltou o sutiã dela. - Deus, como você é linda! - Disse baixinho antes de abocanhar os seios de Sophia que jogou a cabeça pra trás aproveitando aquela fonte de prazer. Ele abriu o botão da bermuda da loira e sem tirar enfiou a mão para acariciar a intimidade da namorada.

- Você vai acabar comigo aqui, em pé. - Gemeu aproveitando o carinho.

- Eu não. - Foi apenas o que disse. Puxou a mão e num movimento rápido, abaixou o short junto com a calcinha. - Gostosa. - Puxou pela mão e fez com que se sentasse no sofá. No mesmo sofá que tinham vivido muitas aventuras. Se ajoelhou na frente das pernas e sua língua alcançou o clitóris de Sophia e a menina deu um grito de surpresa.

- Eu preciso de você. - Choramingou. - Eu... - Ele continuou com os movimentos deliciosos e quando enfiou dois dedos dedos combinados com a língua, ela realmente não aguentou. - Micael! - Gemeu o nome dele enquanto se contorcia e ele parou, sorrindo. - Não era assim que eu queria.

- Ah, não? - Ele tinha uma expressão sensual. - Não se preocupa, você vai gozar de novo já já. - Tirou a própria roupa e não perdeu mais tempo, entrou na namorada. - Ah, caralho! É isso! - Ela estava de quatro.

Os gemidos altos e as batidas de pele com pele deixam claro aos vizinhos que algo acontecia ali. Logo receberiam bronca do síndico, mas nenhum dos dois estava muito preocupado com aquilo.

Trocaram de posição algumas vezes e no fim chegaram ao ápice juntos, com gemidos mais altos ainda. Estavam nus, deitados no chão frio da sala.

- Eu vou ser expulso do prédio. - Resmungou. - Você é maravilhosa.

- Você que é. - Disse ofegante. - Eu não sinto minhas pernas.

- Para de graça. - Deu risada. - Meu Deus, como eu estava com saudades de você.

- Não precisa mais sentir saudades, nunca mais. - Deu um beijinho nele. - Agora parece que nada atrapalha mais a gente, já que ambos escolhemos ignorar sua filha.

- Não quero falar da Nathaly, não com você pelada do meu lado. - Ela deu risada e se levantou. - A ideia não era se levantar e sim parar de falar da minha filha.

- Vamos tomar banho. - Esticou a mão pra ele. - Eu com certeza preciso disso.

Depois do banho, Sophia vestiu uma camisa de Micael e uma cueca box. Havia saído de casa sem nada e a mochila que levou para o final de semana estava na casa de Lucas.

Os dois pediram comida pelo aplicativo e depois que jantaram, estavam deitados na cama. Tinha uma tv no quarto, mas eles não estavam nem aí pra ela.

- Você vai me contar como foi a conversa com as meninas, ou eu vou ficar de fora? - O tom usado fez com que Micael risse. - Eu sou curiosa.

- Foi o que eu esperava que fosse. - Suspirou. - A Nath reagiu mal, mas não tão mal como da última vez eu acho, e a Bruna tadinha...

- Por que tadinha? - Franziu a testa.

- Eu não gosto de ver as meninas sofrendo. - Suspirou. - Bruna ficou bem triste, mas não fez escândalo. Só perguntou se eu ia abandonar ela. Disse que me ama.

- Aff, tadinha. - Sophia fez uma careta. - Deixou bem claro que isso nunca vai acontecer? Eu espero que tenha deixado, ela não merece passar por isso.

- Prometi de dedinho. - Ergueu o mindinho e Sophia achou graça. - Eu não vou abandonar minhas filhas, mesmo a insuportável da Nathaly. Eu sinto falta da minha filha sabe, não disso aí que ela se tornou.

- Um dia, ela vai aceitar que a gente se ama. - Sorriu. - Capaz disso só acontecer quando a Lilian encontrar alguém e ela ver que a mãe também está feliz.

- Eu espero que ela encontre alguém bacana. - Suspirou. - Afinal, são três meninas sozinhas numa casa, ela não pode botar qualquer um lá.

- Eu tenho certeza que ela não vai fazer isso. - Fez um cafuné na cabeça do namorado. Que aquela altura, estava deitado em seu colo. - E como ela está?

- Triste. - Resumiu. - Se fingindo de forte e decidida. Ela mudou tanto que não sei nem explicar. Da outra vez, eu não senti o mínimo de empatia pelo sofrimento dela, agora estou aqui me lamentando.

- Amar alguém é complicado. - Soph sorriu. - Pelo menos quando não é recíproco. Ou quando é recíproco e a pessoa tem quinze anos a mais que você.

- Catorze. - Corrigiu. - Você as vezes parece mais vivida do que é.

- Sabia que eu amo você? - Ela tirou dele um sorriso. - Desde que te conheci vivo nessa bagunça, mas parece que cada segundo vale a pena.

- Imagina só a minha bagunça! - Eles riram. Foram interrompidos pelo toque do celular de Sophia. Que o pegou, leu o nome da mãe no visor e desligou. - Ué, qual o problema?

- Minha mãe. - Suspirou. - Ela e o Rafael têm me ligado a tarde toda, mas eu não quero falar com eles. - Micael se sentou. - Não me olha com essa cara!

- Que cara?! - Disse sério, nem sabia que estava fazendo careta.

- Essa sua expressão quando você vai falar como pai. - Bufou. - Você muda completamente, fica mais sério, mais carrancudo. Não gosto que use comigo, eu não sou sua filha.

- Não é, mas eu não consigo evitar. - Desfez um pouco a cara de pai. - Você devia atender a sua mãe, não consigo imaginar a preocupação que ela deve estar nesse momento.

- Ela merece. - Resmungou. - Depois de tudo que aconteceu hoje, ela merece. Puta falta de consideração comigo. Mentiram pra mim, pra me tirar de casa e você ir lá. Só de lembrar eu fico com raiva de novo.

- Eles queriam evitar o que aconteceu. - Ele riu. - O que está acontecendo agora. Não dá pra julgar muito, você fez uma cena e tanto.

- Enquanto você estava lá, sentadinho almoçando e não abriu a boca pra me defender um só segundo. - Cruzou os braços com raiva e ele se sentou, prendendo o riso.

- Bom, eu ri duas vezes. - Se defendeu e ela cerrou os olhos. - Primeiro quando você falou mal do seu irmão e segundo quando disse que ia ficar pra almoçar.

- Você gosta de treta, né? - Ela riu. - Queria que eu sentasse ali perto de vocês.

- De frente, pra eu poder ficar olhando aquele pedaço de pano que você estava usando como blusa e lembrando do que você esconde por baixo. - Brincou. - Mas ó, você está sendo injusta. Você disse na cara da minha esposa que eu fui atrás de você e eu confirmei.

- Ah, é verdade. - Ela gargalhou. - Aí gente, tadinha.

- Agora você fala tadinha. - Se fingiu de sério. - Mas na hora você não pensou.

- E você acha justo eu ser taxada de piranha por coisas que nem fiz? - A farsa acabou quando a risada escapou. - Ela tinha que ficar com raiva de você e não de mim.

- Eu amo você. - Roubou um selinho. - Muito, mas agora liga pra sua mãe e tranquiliza ela.

Súbito AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora