Capítulo 157

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No restaurante, numa mesa redonda que comportava todos os amigos o papo era descontraído. Todos estavam felizes. Nathaly e Rafael não tinham conversado ainda, a menina estava deixando pro final, não queria acabar com o clima da comemoração da amiga.

Viram Micael caminhando pra perto e puxando a cadeira vaga que tinha reservada a ele, do lado de Sophia.

- E a maluca? - Perguntou com hostilidade e Micael negou com a cabeça. - Não faz essa cara, aquela mulher cuspiu na minha cara.

- Você condenou o filho dela. - Respondeu com um dar de ombros. - Se ela não estiver com raiva de você, vai estar com raiva de quem?

- Do filho dela que é um criminoso, talvez? - Debochou - Eu não tenho culpa!

- Fala sério, é uma criança que se meteu em roubada por causa das amizades ruins que fez. - Ele deu de ombros olhando o cardápio. - Sabe quem era assim também?

- Vai sobrar pra mim. - Bruna falou alto e rolou os olhos.

- Exatamente, estava faltando só você ir roubar um banco com seus amigos. - Debochou. - E aí eu queria ver a promotora aqui acusando você com aquela banca toda!

- É horrível você comparar a sua filha com aquele garoto. - Ele rolou os olhos. - Como sequer tem coragem? O garoto está envolvido no estupro de duas mulheres.

- Ele nem tocou nelas, nem queria que acontecesse. É UMA CRIANÇA!

- Ele não tocou nelas, mas viu e não as ajudou. Ele é cúmplice e você sabe! - Reclamou. - Ele tinha que ter ajudado, ligado pra polícia, sei lá.

- Um garoto no meio de um monte de gente mais velha, você está sendo injusta demais.

- Você disse pra mim, há muito tempo atrás, que no direito, não pode-se pensar com o coração e sim com a razão. Então é isso. Ele fez, não me interessa se foi medroso, não me interessa de foi de bucha, ou obrigado pelos amigos, ele fez!

- Galera, vamos parar por aqui? - Arthur pediu. - O caso está encerrado, vocês não precisam discutir isso aqui.

- Não tem ninguém discutindo aqui. - Micael fechou o cardápio e sorriu. - É uma conversa né?

- É sim, uma conversa. - Sophia concordou. - Como são todas as nossas conversas, não é verdade? Tudo acalorada!

- A culpa é sempre sua. - Brincou. - Você ama arranjar confusão comigo atoa.

- Sua cliente cuspiu na minha cara e eu que amo arranjar confusão. - Ela o encarou por alguns instantes. - Me fala, acalmou a fulana? - Bebeu um pouco da água que tinha na taça.

- E você acredita que ele me chamou pra sair? - Sophia engasgou e por pouco não cospe toda a água que tinha na boca. - Meu Deus, respira mulher! - Ele deu risada, acompanhado das pessoas á mesa. - Precisa disso tudo?

- Esse diabo de mulher não estava chorado pelo filho? - Ela falou brava. - Como é que superou tão rápido?

- Eu sou bom em acalmar pessoas. - Debochou vendo a loira ficar ainda mais vermelha de raiva. - Deve ser um dom.

- Isso aí, sai com ela, leva ela pra morar com vocês, coloca o filho dela bandido debaixo do seu teto junto com as suas filhas. - Ele prendeu uma risada.

- Talvez eu faça isso mesmo. - Respondeu com um dar de ombros. - O que você acha Bruna? Vocês formariam um casal e tanto?! - Implicou com a filha e novamente todos deram risadas, com exceção de Sophia, que estava claramente enciumada.

- Eu não acho uma boa ideia. - Bruna respondeu entrando na onda do pai. - Vou deixar esse pra Nathaly.

- O menino tem dezoito anos, Nathaly é uma senhora perto dele. - A filha mais velha abriu a boca pra protestar, mas acabou apenas dando risada mesmo.

Súbito AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora