Capítulo Final

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- Tem certeza que você vai, amor? - No dia seguinte, Sophia estava pronta pra acompanhar Micael até o hospital para ver Bruna. - Caio tem nove dias, não é uma boa ideia.

- Quero ver a Bruna. - Disse enquanto fazia maquiagem. - E ela precisa conhecer o irmão.

- Em um hospital? Ela aguenta esperar alguns dias pra conhecer o bebê.

- Quero criar um ambiente familiar pra ela, coitada. - Insistiu. - E Caio já está vacinado, ninguém vai nem chegar perto dele, eu prometo que vai ser uma visita rápida.

- Tudo bem, eu duvido muito que vou conseguir fazer com que você mude de ideia. - Resmungou e então os dois caminharam pra fora. Branca esperava com o bebê no colo e a bolsa do lado. Micael pegou a bolsa e então os três caminharam rumo ao carro de Sophia, uma vez que o de Micael continuava parado até a ordem da polícia.

Os três caminharam pra dentro e chegaram no quarto de Bruna, que já não estava mais na UTI havia alguns dias, a menina sorriu ao ver a família completa passar pela porta.

- Eu não acredito! - Disse contente, se interrompendo do que dizia a irmã. - Nem me avisaram!

- Mais devagar, mocinha. - Micael disse ao se aproximar e lhe dar um beijo na testa. - Encosta aí e relaxa. Você não pode se sentar, pelo que sei.

- Mas eu quero ver o bebê! - Reclamou.

- Alguém avisa a ela que a operação que ela fez não foi brincadeira? - Pediu as presentes e se aproximou pra dar um beijo em Nathaly. - Como foi a noite?

- Horrível, como sempre é nesse hospital. - Nath ficou de pé e ofereceu o lugar pra Sophia. - Essa poltrona de acompanhante mata a gente de dor nas costas e eu sou jovem, não consigo imaginar como é pra você, pai.

- Vai me chamar de velho também? - Resmungou. - Eu não estou aguentando vocês!

- Como está, Soph? - Nath agachou perto da amiga. - E esse nenê lindo da maninha?

- Estamos bem! - Sorriu. - Precisava vir apresentar ele pra Bruna, não é justo só ela não conhecer. - Sorriu pra enteada deitada e conectada aos computadores.

- Então chega aqui pra eu ver. - Pediu e Soph deu risada, passou o bebê a Micael que se aproximou da cama.

- Oi, lindão da titia! - Micael encarou a filha um instante.

- Titia, Bruna? - Resmungou. - Ele é seu irmão! - Ela fez uma careta, prendendo o riso.

- Eu esqueci! - Mordeu a língua, já que não podia levar a mão a testa. - Você parece velho demais pra ter um bebezinho!

- Tá legal, já chega, eu desisto das três. - Devolveu o filho a Sophia e ficou de braços cruzados, de pé ao lado dela.

- E aí, Sophia?! - A loira ergueu o olhar pra Bruna. - Ser mãe é tão legal quanto você achava?

- Considerando que meu bebê tem nove dias, é ótimo. - Deu risada. - O problema mesmo vai ser quando tiver chegando perto dos dezessete. - Todo mundo olhou pra ela esperando que concluísse o pensamento. - É que os filhos do Micael dão defeito aos dezessete, antes disso são todos ótimos. - Brincou.

- Ah, deixa de ser idiota! - Nathaly protestou rindo. - Eu não dei defeito aos dezessete coisa nenhuma! Eu tinha apenas uma convicção.

- Aham, pensa assim mesmo. - Sophia brincou. - Deu defeito sim! Você me bateu!

- E você ficou com meu pai! - Se defendeu. - Mereceu os tapas que levou. - Micael rolou os olhos, sem se intrometer no assunto que era levado num tom de brincadeira.

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