Capítulo 98

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- Ou ser pai da Nathaly não deve ser fácil. - Mel completou e fez as meninas rirem. - Ela que deixa o homem maluco, a Bruna é fichinha perto.

- Ok, eu complico um pouco a vida, mas ele também não é fácil. Queria ver se fosse pai de vocês. - Tentou se defender, mas as meninas riram. - Gente!

- Teu pai é maravilhoso, Nathaly. - Mel falou e Sophia ficou em silêncio. - Ele nunca tinha encostado um dedo em você, vocês eram super amigos. Você tinha um cartão com limite legal pra gastar, ele não implicava com namorados, não te perturbava com nada!

- Eu nem falei nada, porque sou suspeita. - Soph deu de ombros. - Mas assim, namoro a parte. Você sempre falou maravilhas do seu pai.

- As três tão do lado dele mesmo? - Cruzou os braços.

- Eu trocaria facilmente o meu pai pelo seu. - Lua disse rindo. - Eu aceitava até a Sophia de madrasta. Ao invés de brigar, eu ia é me aproveitar disso.

- Vocês são ridículas, obrigada por me mostrarem que todo inferno da minha vida é culpa minha. - Fez uma careta.

- Para de bobeira. - Sophia abraçou a amiga. - Vai ver que tudo vai ficar ótimo.

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Micael bateu na porta e em seguida a abriu, sem nem esperar ouvir que era pra entrar. Os quartos das meninas não possuíam chaves.

Bruna estava deitada na cama, olhando pra televisão e abraçada num urso que tinha desde bebê. Ela virou a cabeça e soltou um suspiro quando viu o pai.

- Será que a gente pode conversar? - Pediu baixo, não estava afim de brigar com a garota. - Sem estresse?

- Não. - Voltou a olhar pra televisão. - Eu não vou falar com você até despachar aquela sua namorada. Eu não gosto dela. - Ele prendeu um riso e caminhou pra se sentar ao lado da garota.

- Você está tendo aulas com a sua irmã de como me atazanar? - Brincou. - Você gosta dela sim, já disse isso antes.

- Não gosto mais. - Fez um bico. - Ela disse que ia afastar você de mim e tinha prometido não fazer isso.

- Bruna, para de agir como uma criança mimada. - Rolou os olhos. - Você a xingou e queria que ela não dissesse nada? Por favor, né?!

- Eu pedi ajuda a ela e ela disse não. - Tinha um bico imenso e Micael prendeu uma risada. - Não custava nada.

- Você pediu a minha namorada pra ajudar a fazer as pazes com a sua mãe. - A risada escapou. - Sabe que isso é ridículo, né?!

- Tá legal, mas ela não precisa responder daquela forma. - Micael recostou na cabeceira e a filha se deitou no peito dele. - Sei que também não estava certa.

- Muito bem. - Deu um beijo na cabeça dela. - As duas exageraram e as ambas vão pedir desculpas. Eu quero todo mundo bem.

- Inclusive com a minha mãe? - Ela sorria, feliz com a notícia.

- Nós somos amigos, ué. - Deu de ombros. - A sua mãe e eu sempre vamos ser amigos, nós temos você e sua irmã pra deixar a gente próximo. E você pode ter certeza que mulher nenhuma vai conseguir me afastar de vocês.

- Eu te amo, pai. - Apertou ele num abraço retribuído. - Amo muito.

- Eu também te amo, filha. - Deu um beijo nela. - Você não pode duvidar disso. Agora vamos lá na sala e você vai pedir desculpas por ter sido mal criada.

- Tudo bem. - Soltou um suspiro. - Mas também não prometo ser boazinha pra sempre não.

- Vamos. - Ficou de pé e os dois saíram de mãos dadas pra sala, as meninas riam de algo e pararam quando viram os dois ali. - Sophia, a Bruna quer falar com você. - Sophia olhou a menina com atenção e esperou que falasse.

Súbito AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora