Capítulo 120

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- Você ficou doida, Nathaly? - Ele rolou os olhos. - Você acha que eu ia desejar uma coisa dessa?

- Ué, vocês estavam brigando na frente de todo mundo porque você mandou ela fazer um aborto. - Nathaly estava confusa. - Você sabe o que é um aborto, não é?

- Pare de agir como se eu fosse idiota. - Rolou os olhos. - Eu falei mesmo, mas se ela escolher ter o neném você acha que eu vou torcer pro bebê morrer?

- Acho. - Ela cruzou os braços. - Fala sério, você vai agir como se quisesse esse bebê?

- Nathaly, eu mandei sua mãe te abortar também. - Disse sem sombra de brincadeira. - Ela disse que não na minha cara, em algum momento eu fui um pai ruim pra você? Te faltou alguma coisa?

- Bom, teve aquela surra. - Ela disse prendendo um riso. - Ali foi um pai bem ruim, e tem esse castigo imenso de secretária que nunca tem fim. Ah, sobre faltar alguma coisa, eu aceitaria o novo iPhone.

- Larga de ser besta. - Ele deu risada. - Eu estou falando sério!

- Quando você decidiu namorar uma menina com metade da sua idade também foi um pai ruim. - Ela implicou de leve e viu o pai rolar os olhos.

- É sério? Essas são suas ressalvas? - Nathaly assentiu. - Então eu virei um pai ruim no último ano né?! Já que nenhuma das reclamações são antigas.

- Estou brincando, isso tudo tem a ver mais com eu ser uma péssima filha do que você um pai ruim. - Disse sincera, surpreendente, Micael. - Tive medo de te perder ontem, não estou pronta pra viver num mundo sem você enchendo o meu saco.

- Vem cá me dar um abraço. - Abriu os braços pra primogênita. - Ah, para de chorar. - Deu uma risadinha. - Eu estou bem, já passou, foi apenas um susto.

- E que susto. - Fungou e se afastou. - Eu te amo, pai. - Ele sorriu. - A propósito, o bebê está bem. Sophia foi pra casa descansar, daqui a pouco ela aparece aqui.

- Ela já está aqui. - Sophia disse da porta. Estava assistindo aos dois há alguns minutos. - Não quis interromper, quando vocês estão de bem, são fofos.

- Dá um tempo, Sophia. - Nathaly respondeu após passar a mão no rosto, secando. - E Lua?

- Foi pra casa, vim sozinha. - Caminhou pra dentro do quarto. - O que o médico disse hoje?

- Nada, eu ainda não chamei. - Nathaly deu de ombros.

- Ué, está esperando o que pra avisar que ele está acordado? - Sophia disse séria. - Devia ser a primeira coisa a ser feita.

- Sophia sabe que está grávida há menos de um mês e já tá mandando em mim com autoridade de mãe. - Nath rolou os olhos e viu o pai dar risada. - Coitada dessa criança.

- Vai. - Apontou pra porta e Nath deu risada.

- Sim senhora, amada madrasta. - Brincou e saiu da sala.

- Como é que está? - Ela perguntou ao namorado. - Parece bem.

- Eu me sinto bem. - Deu de ombros. - E você, soube que passou mal.

- Passei. - Deu de ombros. - Mas pra sua tristeza, meu bebê está bem.

- Não vai começar aqui no hospital, não é? Vou infartar de novo e aí o nosso bebê vai ficar sem pai. - Sophia deu risada. - Eu tô falando sério, vou deixar quatro crianças órfãs e a culpa vai ser sua.

- Quatro que sabemos. - Ela debochou e viu a careta. - Ué, apareceu uma, você pelo visto não sabe colocar uma camisinha no pau.

- É sério que você vai mesmo brigar comigo? - Ergueu uma sobrancelha. - Espera eu ficar bem, depois você me esculacha.

Súbito AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora