Capítulo 142

170 14 17
                                    

- O quê? - Nath deu um grito e ficou de pé num pulo pegando o exame pra ler. - Tem algum erro do laboratório nessa palhaçada.

Micael não respondeu, apenas abriu o último envelope ruidosamente. E então o leu.

Micael Leandro de Farias Borges e Rubi Albuquerque.

O resultado positivo para a combinação em questão deixou o moreno sem reação. Ela se sentou em choque, botou as mãos no rosto.

- Deu positivo com a Rubi. Eu sou pai dela. - Contou ainda sem olhar as duas. Sophia pegou os três papéis e ficou comparando.

- Então teve erro no exame da Bruna? - A voz de Nathaly era baixa, estava confusa tentando entender o que aconteceu. - A gente tem que ir no laboratório reclamar!

- Você é mais inteligente que isso, Nathaly. - Ele ficou de pé. - O problema está na Bruna.

- Você não pode se quer cogitar que a minha mãe... - Não terminou de falar.

- Meteu um chifre em mim e me engana por treze anos? - Pegou a chave do carro. - Pode arrumar as suas coisas, porque eu vou matar a sua mãe hoje e você vai precisar de uma casa pra morar. Espero que o Rafael sustente você, porque eu vou preso. - Saiu correndo porta afora.

- Nathaly, o que foi que a gente fez? - Sophia disse em choque.

- A minha mãe pulou a cerca?! - Estava no mesmo choque que Sophia, até explodir em risadas. - Meu Deus o mundo é muito justo!

- O assunto é sério! - Sophia tentou chamar a amiga a realidade, mas acabou contagiada pelas risadas. - Nathaly, liga pra sua mãe e avisa.

- Meu pai não faz o tipo que bate em mulheres. - Disse despreocupada, ainda rindo. - Ele falou aquilo na hora da raiva.

- Ele está com muita raiva, Nath. - Ainda estava cautelosa. - Nada de bom acontece com alguém com tanta raiva assim. Liga pra sua mãe e avisa antes que ele chegue lá. - A menina se deu por vencida e ligou, mas a mãe não atendeu.

- Vamos ficar paradas aqui ou vamos atrás? - Disse prendendo o riso. - Faz tempo que eu não vejo os dois protagonizando um barraco de respeito.

- Você continua achando que é tudo brincadeira? - Resmungou. - Eu estou com medo. - Suspirou. - Vamos pedir um carro e ir pra lá. - Sophia olhou a mesa. - Nem o celular teu pai levou. - Colocou na bolsa. - Carteira também. - pegou e guardou. - Tomara que ele dirija com cuidado.

- Vamos parar de sofrer e ir lá logo. - Saiu puxando Sophia escritório a fora e não disseram nada a ninguém.

.
.
.

- Abre Lilian. - Ele berrava e socava o portão. - Se você não abrir essa merda eu vou colocar abaixo. - Ameaçou pela quarta vez.

- Que escândalo é esse no meu portão? - Ela abriu com cara de brava. - Você está bêbado?

- Quero falar com você. - Empurrou o portão e entrou, sem ao menos ser convidado. Lilian ficou brava, ainda sem entender o que era tão urgente.

Micael entrou na casa e parou no meio da sala, olhando para os lados, ainda em choque com a revelação.

- Cadê a Bruna? - Tentou controlar a voz.

- Na escola. - Franziu a testa. - Você sabe disso.

- É, disso eu sei. - Debochou. - Agora vamos falar do que você me esconde há treze anos. - Ela manteve a expressão confusa. - Não faz essa cara de besta!

- Você entrou na minha casa desse jeito e ainda me xinga?

- Eu estou com ódio de você, Lilian! - Gritou. - Como você teve coragem de fazer uma coisa dessa!

Súbito AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora