Capítulo 78

224 23 4
                                    

E no final de semana lá estava Sophia, entrando no apartamento de Micael sábado a tardinha. Não disse nem "oi", se jogou nos braços de Micael assim que ele abriu a porta e lhe deu um beijo saudoso.

- Mas que chegada é essa? - Ele disse quando a mulher se afastou um pouco. - Isso que é saudades.

- Você não tem noção. - Sorriu e caminhou pra dentro. - Essa foi a semana mais longa da minha vida.

- Você é fofa. - Acompanhou a namorada até o sofá. - Deve ser por isso que te amo. Vem aqui que eu vou acabar com essa saudade.

- Eu duvido você conseguir. - Ela brincou enquanto ganhava beijinhos pelo pescoço. - Vai ter que se esforçar muito.

- Você pode ter certeza que eu vou. - Ele a pegou pela cintura e a loira entrelaçou as pernas no namorado que foi caminhando pro quarto. - É sério, você não tem blusas completas ou você coloca essas só porque sabe que vai me deixar louco?

- Um pouco dos dois. - Confessou. - Eu amo ver o jeito que você me olha. - Ele beijou a barriga. - O jeito como me deseja.

- E você pode ter certeza que eu amo desejar você. - Apertou as coxas da loira. - Você é maravilhosa demais. - Puxou a saia que a mulher vestia e a blusa. - Devia ser um crime.

- Um crime é você falar tanto e eu aqui querendo pular todas as preliminares. - Ele sorriu e se deitou junto dela, com os dedos em sua intimidade. Completamente enuviados com aquela troca de carinho, os dois franziram a testa quando ouviram a campainha tocar. - Ah, não!

- Não é possível. - Ele se deitou com os olhos fechados. - Só pode ser brincadeira, eu desligo o celular pra ninguém me achar, nego vem na minha casa.

- E é alguém insistente. - Sophiu riu. - A gente não consegue um dia junto, saudades de quando ninguém sabia de nada, nem mesmo a gente.

- Eu não vou atender. - Mantinha os olhos fechados. - Eu não quero falar com ninguém.

- Mas a pessoa está punhetando a campainha, deve saber que você está aí. - Ela se sentou na cama e pegou a camisa que antes era usada pelo namorado.

- Se for a Nathaly, eu vou bater a porta na cara dela. - Se levantou com raiva e Sophia deu uma risadinha, seguiu o namorado até a porta e quando ele abriu, lá estava a filha, parada, com um sorriso, sabia que estava atrapalhando algo. - Não! - Bateu a porta de novo, sem falar mais nada.

- Micael! - Sophia repreendeu rindo. - Que horror, é sua filha! - Nathaly abriu a porta ela mesma e com uma careta.

- Que recepção é essa? - Ela entrou brava e encarou o pai. - Isso é jeito de tratar a sua filha?

- Eu já te vi a semana inteira, o que mais você quer de mim? - Perguntou com a voz calma. - Fala, filha.

- Ué, você não jogou na minha cara que alugou um grande apartamento por causa do meu quarto e da Bruna e a gente nunca veio ficar, pois pode comemorar, vim passar o final de semana. - Disse afrontosa e Sophia deu risada, se fazendo notar. - Oi, Sophia.

- Fala sério, sábado a tarde, você não tem o que fazer? - Disse impaciente. - É proibido pra um pai ter paz?

- Eu atrapalhei foi? - Perguntou rindo. - Reparando bem nos trajes da minha amada madrasta, devo ter chegado na hora boa. - Micael grunhiu e as duas deram risada. - O que eu posso fazer, pai? Eu estou de castigo não posso sair e além do mais, com quem eu sairia? Já que você proibiu o meu namoro e está aqui com a minha amiga?!

- Que eu saiba, você tem mais duas sobrando. - Disse ainda revoltado. - Vai dar uma volta com a Lua, eu deixo.

- Lua está com Arthur. - Comunicou. - Aqueles dois parecem vocês, um grude que só. E antes que fale, Mel também está com o namorado, a única sozinha sou eu e então vim ficar com você. - Nath caminhou até o sofá e se sentou. - O que faremos? Vamos ver um filme? - Sophia se sentou ao lado da amiga, achava graça da situação.

- Tá legal, você ganhou. - Ele ergueu as mãos rendido. - Vai atrás do seu namoradinho. - Apontou pra porta. As duas ficaram de pé na hora.

- Você quer tanto assim se livrar de mim? - Ela cruzou os braços se divertindo. - A ponto de deixar eu ver o Rafael.

- É, nesse exato momento eu estava bem ocupado e quero que você vá fazer qualquer coisa longe desse apartamento. Arrisco até te dar o meu cartão de novo, desde que me deixe em paz algumas horas.

- Eu é que não toco nesse seu cartão tão cedo. - Disse rindo. - Eu vou só deixar a minha mochila no quarto e aí eu saio pra você ficar feliz. - Ela caminhou pra dentro e demorou uns minutos até achar seu quarto. - Eu vou indo.

- Filha. - Micael segurou seu braço. - Se ele encostar em você...

- Isso não vai acontecer! - Nem ouviu o final da frase. - Fica tranquilo.

- Tudo bem, esteja aqui antes das dez. - Ela o olhou com deboche. - Fala sério, são seis da tarde. Quatro horas juntos é mais que suficiente.

- Meia noite! - Tentou negociar.

- Dez. - Se manteve. - E não atrase um minuto sequer, senão dá próxima vez eu deixo você no quarto e vou fazer o que quero fazer no outro.

- Tudo bem, as dez. - Rolou os olhos. - Tchau, Sophia! - Deu um grito e sumiu pela porta.

- Que desespero é esse pra se livrar da menina. - A loira brincou. - A gente podia esperar até de noite.

- Não dá, eu preciso entrar em você urgentemente, não me aguento, aliás, não aguento nem chegar no quarto. - Sorriu de lado e avançou na namorada. - Você é minha perdição, Sophia.

Súbito AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora