Capítulo 171

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E no outro dia cedo, Micael tinha compromisso no escritório e não conseguiu levar a noiva pro trabalho. A loira chamou um carro e não demorou a chegar e estudar seu caso em aberto. A mulher que tinha matado o marido.

- Toc toc. - Uma voz de homem chamou sua atenção. - Será que podemos trocar uma palavrinha?

- Oi, claro que sim. - João Marcelo, o promotor que Sophia julgou bonitinho e queria apresentar a Bruna estava ali. - Pode entrar.

- Soph, estou precisando de uns conselhos. - Caminhou sala a dentro e puxou a cadeira. - Estou a ponto de perder um caso e eu não posso deixar esse cara escapar, mas o advogado é bom demais e parece que sempre dá um jeito de passar por cima do que eu digo. Será que você pode dar uma olhada?

- Eu? - Perguntou muito surpresa. - Mas João, eu só tenho pouco mais de dois meses como promotora!

- Mas você tem outra visão, pode ver as coisas de outra perspectiva. - Insistiu com um dar de ombros.

- Ah, sendo assim, eu posso dar uma olhada pra você. - Sorriu simpática. - Quem sabe eu consigo ver algo.

- Você é fantástica, Soph. - Ficou de pé. - Quando puder passa lá na minha sala, eu não quero te atrapalhar agora, você parecia bem concentrada.

- Que nada, esse caso aqui. - Ergueu a pasta. - Vai demorar um pouco até o julgamento, se houver. Borges estava querendo fechar um acordo, talvez eu ceda.

- Esse advogado é um grande pé no saco. - Reclamou. - Não tem quem suporte aqui dentro.

- Claro que tem, Amanda vivia de papinho. - Contou prendendo a risada. - Más línguas dizem que apenas os homens não gostam dele.

- Até parece, você sabe que ele é um pé no saco de qualquer promotor. - Soph deu risada. - Ele que é o advogado no meu julgamento.

- Gente, esse homem pega quinze casos por vez, não é possível. Como consegue se concentrar?! - Balançou a cabeça, lembraria de perguntar isso a ele depois. - Vamos lá na sua sala ver o caso.

João e Sophia saíram da sala da loira e caminharam conversando sobre o caso até a sala do homem, que era ali perto.

A loira leu e tentou ajudar o então colega de trabalho ao máximo. Passou algumas horas lá com ele era um papo descontraído, João era simpático.

- Bom, acho que é isso. - Fechou a pasta após colocar a última folha lá dentro. - Espero realmente que eu tenha te ajudado no caso.

- Você foi incrível, em compensação, devia me deixar pagar o almoço pra você! - Olhou a hora no relógio que carregava no pulso. - Vamos lá, eu preciso agradecer pela ajuda.

- Tudo bem, estou faminta mesmo! - Pegou o celular e a chave da sala, então caminharam entre risadas de volta, pra que Sophia pudesse pegar a bolsa. Surpresa ficou ela ao ver Micael sentado próximo a sua sala. - Dr. Borges... - Ele rolou os olhos. - O que faz aqui?

- Obviamente esperando pra falar com você. - Respondeu mau humorado, estava ali esperando há quase uma hora. - Mofei aqui sentado, liguei e você nem sequer atendeu.

- Eu estava ocupada. - Deu de ombros. - E o pior é que agora estamos de saída pro almoço. - Avisou e apontou pra João. - Se quiser aguardar até que eu volte, a sala é sua.

- Sophia! - Ele disse com olhos arregalados. - Que isso?!

- Promotora Abrahão. - Pediu. - Aqui é assim. - Destrancou a sala. - Veio falar da Helena? - Os três entraram.

- Sim, você me mandou vir aqui.

- Mas não marquei horário. - Debochou. - Eu vou almoçar com João agora, em meia hora talvez eu volte. - Ela se lembrou da primeira entrevista que fez com Amanda. - Se quiser pode aguardar, como já disse.

Súbito AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora