Capítulo 154

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Sophia caminhou com Bruna pela garagem do prédio após deixar a BMW na vaga de Micael, que ainda era a mesma. Sophia olhava o prédio com saudades, tinha vivido bons momentos ali.

- A sua cara de quem tá lembrando do passado é ótima. - Bruna zoou. - Sinceramente, você e meu pai são engraçados.

- Não somos nada. - Se defendeu com um bico, sabendo que eram sim uma grande piada.

- Claro que são! - Ela rolou os olhos. - Vocês vivem terminando e voltando. Confesso que dessa vez não esperava mais que fosse acontecer.

- Não aconteceu. - Ela deu de ombros. - Eu estou até agora me perguntando porque é que estou metidas nos problemas do seu pai de novo.

- Vocês dão choque. - Entrou no elevador. - Até hoje me surpreendo com a facilidade que brigam e se resolvem.

- Bruna, eu tenho um noivo. - Ergueu a mão mostrando aliança, esperando causar certo impacto, mas a garota riu. - Bruna!

- Coitado do cara. - Disse com um dar de ombros. - Pena que meu pai não arrumou nenhuma namorada, senão os dois podiam dar as mãos e chorar juntos. - Debochou e Sophia não conseguiu segurar uma risada. - Sério viu, ele não arranjou nenhuma namorada depois que terminou com você. - Os olhinhos de Bruna brilhavam de esperança.

- Não arranjou? - Sophia a olhou surpresa. - Isso é uma coisa surpreendente, já que toda vez que terminamos a primeira coisa que ele sempre fez foi arranjar uma namorada.

- Ah, não fala assim. - Bruna defendeu. - Ele é um crianção.

- Mas sempre foi assim! - As duas saíram do elevador. - Da primeira vez ele voltou com a sua mãe. - Começou a contar nos dedos. - Depois enfiou a Beatriz dentro de casa...

- Bom, dessa vez não teve ninguém, ao contrário de você que ficou noiva. - Sophia deu uma risadinha.

- Será que se pai está em casa já? - Soph olhou a hora no relógio do pulso. - Quase três da tarde, capaz de estar no escritório ainda né?

- É ruim hein, deve estar parado do lado da porta esperando pra encher o meu saco. - Disse com um dar de olhos. - Você não conhece meu pai?

- Mas não é isso que você quer? - Sophia debochou. - Que seu pai te der broncas e encha o seu saco?

- Quero que ele me ame e lembre que eu existo também e não só a Nath e a Ágatha. - Bufou.

- Ó, nosso plano, você vai entrar e ir pro seu quarto fingir que tá arrumando uma mochila, daí você enfia qualquer coisa e vem.

- Pra que isso mesmo?

- Eu vou provar pra você que seu pai te ama ué?! - Deu de ombros. - Você me disse que ele não faz questão de você e eu acho que está tremendamente enganada.

- Ele vai se fazer de bom pai porque quer te comer de novo né, Sophia? - Sophia arregalou os olhos. - Não faz essa cara, eu não tenho mais doze anos.

- Vamos entrar. - Bateu na porta, já que nenhuma das duas tinha a chave. Ouviram passos e logo a porta foi destrancada.

- Olha só se não é a minha ex namorada e a minha filha presidiária? - Alfinetou e viu Bruna rolar os olhos. - Tudo bem lá?

- Ela está aqui, não está? - Respondeu com ignorância. - Será que a gente pode entrar? - Micael deu passagem as duas. - Vai lá, Bruna, eu te espero aqui. - A menina assentiu e Micael olhou sem entender.

- Vai esperar por que? - Os dois estavam sozinhos na sala. Pra onde quer que Sophia olhasse, lembranças invadiam sua mente, a decoração estava exatamente igual, a não ser por uns brinquedos espalhados.

Súbito AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora