Capítulo 112

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Já no tribunal, William estava sentado ao lado de Lua e Micael. Em outra mesa, Sophia e Amanda em outra mesa. A juíza entrou e então já estavam todos sentados.

- Fui informada de que os detetives encontraram a suposta vítima. - Micael ficou de pé, assim como Amanda. - Senhor Borges está com a palavra.

- A defesa solicitada que a promotoria retire todas as acusações contra o réu. - Amanda fez uma careta.

- Eu quero ouviu a vítima! - Amanda se virou pra Micael.

- A vítima nesse caso é o meu cliente e você sabe disso. - Ele disse bravo. - Você o está julgando por homicídio e quer chamar como testemunha a vítima? Por favor né, Senhorita Porter. Tenha limites. - Ela suspirou.

- Está certo. A promotoria retira todas as acusações contra o réu Willian Silva. - A juíza olhou pra Micael.

- Ótimo, nós aceitamos. - A juíza então bateu o martelo e o réu respirou aliviado. - Parabéns, Willian. Você é um homem livre. - A família do garoto foi dar um abraço nele e Micael sorriu ao ver, Lua tinha um sorriso parecido.

- Tá legal, talvez esse seu trabalho não seja tão ruim. - Ela comentou baixinho. - Impediu uma injustiça.

- É, as vezes é gratificante. - Seu sorriso ampliou. - Tanto que não vou nem implicar com a promotoria agora. Vamos, Lua. Temos que ir na delegacia, botar pra rua alguém não tão inocente quanto esse garoto.

- Senhor Borges?? - A voz de Willian surgiu e Micael o procurou com os olhos. Estava afogado nos abraços de quem o amava. - Obrigado. - Estendeu a mão e Micael apertou.

- Disponha! - Disse simpático. - Mas espero que não precise, fica longe de confusão. - Ele assentiu várias vezes. 

Lua e Micael saíram do tribunal e do lado de fora viram Amanda e Sophia mais a frente. Deu uma risadinha e olhou pra Lua.

- O que eu disse sobre implicar com a promotoria? - Lua deu risada. - Será que eu vou irritar a Sophia também?

- Acho que não. - Deu de ombros. Apertaram o passo e alcançaram as duas.

- O coitado do William não viu uma retratação da promotoria... - Ele disse alto e então o barulho dos saltos de Amanda cessaram, ela se virou com cara de poucos amigos. - Acho que é o mínimo que você podia ter feito após tentar acabar com a vida de um jovem de vinte anos.

- Tá legal, você veio esfregar na minha cara a vitória, eu aceito. - Ergueu as mãos. - Mas isso não vai ficar assim.

- Tecnicamente isso vai ficar assim sim. - Deu de ombros. - Agora, num próximo caso, um que você não inventa baseado em provas da sua cabeça, você ganhe.

-  Você está agindo como se ganhasse todas só porque as estagiárias estão perto né? - Ela deu risada. - Você sabe que estamos páreo a páreo, não haja como superior. - A mulher se aproximou, claramente mal intencionada. Sophia ficou um pouco pra trás, mas tinha olhos atentos. - Bom, agora que acabou esse caso e não temos mais nenhum em comum... - Ela enfiou a mão no bolso e pegou um papelzinho dobrado e estendeu a Micael. - Me mudei, aparece lá qualquer hora.

- É ruim que eu me meto nessa roubada de novo. - Ele respondeu com um sorriso. - E eu já disse a você que tenho namorada.

- É, vai ser a primeira vez que vai ser infiel na sua vida. - Respondeu com deboche. - Além do mais, eu não sou ciumenta.

- Ah, é sim! - Deu risada e rasgou o papel na cara dela. - Não vai rolar. - Sophia prendeu o riso, da mesma forma que Lua. - Vamos, temos mais o que fazer. - Falou a estagiária que saiu correndo atrás dele.

Súbito AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora