Liberte-se Para o Clímax - Inês y Victoriano (Concluído)

✨ 45. Por Favor, Gatinha ✨

Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Vicente: Gui... vai ver se o seu pai conseguiu falar com a sua mãe - falei puxando ele dali e voltei - e você, fique aqui... estive calmo e sensato todo esse tempo, não se aproveite da minha generosidade - falei e fui até a cozinha onde o Guilherme estava com o pai, precisava evitar outra briga.

Assim que fiquei sozinho aproveitei para ir ao quarto da Valentina sem fazer ruído ou os três me expulsariam a ponta pé dali, assim que entrei no quarto tranquei a porta.

Humberto: Valentina - indo me sentar ao seu lado - eu te amo, errei muito por não ser sincero, sei que não há desculpas suficiente para dizer o quanto lamento o que fiz - suspirei - meus sentimentos estavam confusos e peguei o caminho mais fácil que foi fugir, preferi colocar um muro entre nós do que assumir que estava me apaixonando, por isso não atendi suas ligações nem respondi mensagens.

Valentina: Você me torturou de todas as formas possíveis, mas a pior foi emocionalmente... saí desesperada atrás de você, desejando correr para os seus braços... que você cuidasse de mim, segurasse a minha mão... me sentia sozinha, tudo que eu tinha na cabeça era a certeza de que os meus pais me expulsariam de casa, desobedeci o meu pai, passei por cima do amor que tenho por eles, me entreguei a você... me submeti a ser o seu capacho, tudo por uma droga de sentimento que me afundou, me tirou a vontade de trabalhar, de viver... sabe quantas vezes eu pensei em acabar com tudo? Milhares e só não fiz porque o meu pai esteve ao meu lado todo esse tempo - falava chorando - me senti um lixo quando você me tratou daquela forma... principalmente quando me disse que era livre, que não era homem de apenas uma mulher e eu aceitei... o que leva uma pessoa a se submeter a tudo isso? Me fala - esbravejei com raiva - julguei tanto os meus pais que acabei pagando por isso... eu não entendia nada, condenava minha mãe por aceitar isso... mas eu não entendia... os meus pais se amam, essa é a forma deles viverem, com amor... com respeito, o que você não teve por mim... por essa criança... depois de tudo vem aqui, me falar que me ama - sorri sem vontade - eu não quero um amor desse que maltrata... que machuca... eu não preciso disso.

Humberto: Eu sei, fui um idiota não valorizei o que tínhamos até te perder, poderia ter contado que me sentia inseguro por estar com uma linda jovem, não olhe assim, foi minha primeira namorada e o que eu tinha de interessante era algo sexual, se não fosse tão curiosa ficaria entediada com as minhas conversas, não era meu capacho, sempre foi o meu amor, desde que ficamos juntos não estive com mais ninguém apenas dizia que estava para eu não ficar tão dependente de você, não diga isso nunca iria me perdoar se algo te acontecesse, teve a chance de se reconectar com seu pai, isso foi bom, te respeito muito, me dê uma oportunidade para provar que posso mudar, por favor gatinha.

Valentina: Acontece que a dor que você me causou não se apaga assim... não vai curar o que estou sentindo com suas palavras bonitas... desde o começo eu te falei que era de me apaixonar fácil e foi o que aconteceu... eu tive medo... medo de você me deixar... medo de não ser suficiente para você... eu me alto flagelei com isso, me tornei tão pequena diante da mulher que eu sou - coloquei as mãos no rosto chorando - você preferiu abrir esse buraco em meu peito e pouco a pouco ele está me consumindo... eu não acredito em você... não consigo... você me deixou totalmente dependente de você e se bloqueou para não sofrer - sorri sem vontade - você veio atrás do seu filho, pois bem... quando ele puder receber visitas te aviso... tenho o seu número, se é que ainda é o mesmo e você vai me atender... por enquanto eu não quero te ver... tão pouco manter contato... cada vez que te vejo ou que toco em seu nome essa dor só aumenta - falei amargamente sem lhe olhar - por favor, me deixe sozinha...- falei secando o meu rosto.