✨ 64. Me Ajuda Amor ✨

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Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Valentina: Não papai... não foi um exagero, o Sr está carregando todo esse fardo, também precisa de atenção - beijei a sua testa - não se preocupe por mim, vamos ficar bem.

Diana: Não se preocupe Victoriano, nós estamos aqui, vamos cuidar dos dois.

Victoriano: Obrigado, somente quero ficar ao lado do meu menino – segurei a mão da Diana – sei que nossa amizade está abalada, que a última vez que nos vimos não foi nosso melhor momento, agradeço por ter vindo, espero que me dê uns dias para colocar a cabeça no lugar e conversarmos.

Diana: Não pense nisso, estou aqui em nome da nossa amizade - acariciava sua mão - conversaremos quando você estiver bem... eu só quero que saiba que não estou aqui para te causar mal, mas sim para prestar as minhas condolências e lhe dar o meu total apoio.

Victoriano: Obrigado, obrigado Vicente, por cuidar do meu menino quando não pude estar com ele.

Me aproximei dele e lhe abracei chorando. Era um filho meu também quem estava ali, não de sangue, mas sim por amor. Ele me acolheu como pai e eu lhe recebi como filho. Lhe amei tal qual fosse.

Vicente: Obrigado por ter me permitido fazer parte da vida dele... por poder ser o seu pai... um pouco dele.

Dias depois...

Meu filho foi sepultado e eu se quer pude estar presente. Passei dias presa naquele hospital, minha pressão não baixava de forma alguma. Também não pude amamentar a minha filha, infelizmente a medicação que eu estava tomando era prejudicial a ela. Quando diminuíram a minha sedação lá estava a minha família, incompleta. Meu coração estava sem consolo. O Victor me levou para ver a nossa filha, mas eu não queria, não conseguia. Cada vez que a olhava me sentia mau. A médica me deu alta, mas a nossa filha teve que ficar, ela estava abaixo do peso e não respirava sem os aparelhos. Por mais que o Victor insistisse, eu não conseguia sair da cama e ir ao hospital. A realidade é que eu não estava bem, não me alimentava como deveria, o pouco que comia era com a insistência da Valentina, do Victor ou do Alejandro. Nossa neta estava em casa e eu entendia a atitude do Victor de cuidar dela, não iríamos lhe abandonar. Nossos pequenos estavam desolados com a falta do pai, muitas vezes acordei de madrugada com a minha pequena chorando, abraçada ao meu corpo, assim como o nosso pequeno Rodolfo, que não saíam de nossa cama. Nossos amigos nos visitavam constantemente, dando seu total apoio, mas eu não conseguia conversar com ninguém.

Valentina: Ela não quis, insisti, mas... foi em vão - falei colocando a bandeja na mesa e me sentei ao lado do meu pai e do Humberto - estou preocupada, já não sei mais o que fazer para que ela se alimente - suspirei triste.

Victoriano: Eu não sei, às vezes eu penso que é melhor comprarmos uma casa na cidade e nos mudarmos porque aqui há muitas lembranças, não quero ter que chamar a médica para um internação ou novos medicamentos, está sendo difícil estar em dois lugares quase ao mesmo tempo.

Valentina: Mas a realidade é outra pai... a mamãe não sai do quarto, não come, a pressão está da mesma forma... ela está rejeitando a minha irmã e eu não lhe culpo, eu sei a dor que ela está sentindo - me encostei na cadeira e olhei para o Humberto tentando encontrar uma solução, mas não vinha nada - a verdade é que a mamãe está com uma depressão pós parto... o Sr está aí, fechado... tentando ser forte, mas nós sabemos que a qualquer momento vai desabar, como tudo está desabando - me levantei da cadeira e saí dali.

Victoriano: Não sei o que fazer, me sinto tão perdido, quero ficar com a Inês, a ajudar a sair dessa depressão, mas também tem a minha filha que necessita de atenção, nem um nome pensamos ainda, queria que esse pesadelo terminasse.

Liberte-se Para o Clímax - Inês y Victoriano (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora