✨ 52. Fruto da Minha Imaginação ✨

65 7 2
                                    

Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Victoriano: Me abandonou Inês - estava tão bêbado que podia escutar a sua voz - desistiu de mim - tentei novamente me virar conseguindo ficar de lado - por que? Por que não acreditou em mim, não me ama - senti meu estômago se revirar e fui obrigado a me levantar, quero dizer ficar de quatro, por sorte estava perto do vaso porque tudo o que não tinha no estômago saiu, fiquei ali por um bom tempo eu acho a sensação eram de dias, quando por fim tive forças para me levantar eu a vi me olhando - sei que eu bebi muito, somente não acho que o suficiente para uma miragem, vai fazer como a original? Me xingar, dizer que eu te enganei, se for é melhor ir embora, chega de sermão por hoje, quem sabe assim que comprar mais bebida possa voltar, não olhe assim, sabe que esse é o único jeito de você me visitar, ao menos da última vez tinha um sorriso, estava feliz ao me ver.

Inês: Victor - me aproximei dele preocupada, voltando a colocar a toalha em seu rosto - eu não desisti de você, eu quis, mas não fiz... é tanto que estou aqui - suspirei - você me feriu e da pior forma, me escondendo algo sério - deveria fazer pior que a original, te dar uns tapas por encher a cara dessa forma... você vai tomar um banho frio e me deixar cuidar desse corte em sua cabeça, como faz isso? Como? É irresponsável mesmo, nas condições em que estou não tenho como te levantar - falei chorando - e se tivesse acontecido algo pior, hum? O que eu iria fazer sozinha com os nossos filhos e os nossos netos, seu velho safado - bati nele - vai, entra nesse chuveiro antes de me fazer vomitar com esse mau cheiro de álcool - falei secando o meu rosto.

Victoriano: Eu não fiz nada - falei bravo - eu não sabia que tinha uma filha, estava em choque, acha que não quis te contar? Queria te contar, dividir o que estava sentindo, todos os dias eu pensava é hoje que vou falar - suspirei, tirando a toalha do rosto que nem sei como estava com ela - nem sei porque estou falando isso para você em vez de falar para a verdadeira Inês - vi a garrafa de whisky e fui para pegá-la - então logo passava mal, o que queria que fizesse? Fosse egoísta e contasse mesmo assim, correr o risco que perdesse o bebê? Banho, cuidar de mim, sabe que é fruto da minha imaginação né? Se tivesse acontecido os seus problemas acabariam, já soltou da minha mão mesmo, preferiu acreditar na Diana que em mim - senti dor dos seus tapas, isso estava errado - Inês? Inês é você? - soltei a garrafa esticando minha mão para tocar seu rosto - Inês, o que faz aqui?

Inês: Sou eu Victoriano, seu velho teimoso - me aproximei dele e lhe abracei chorando - eu não sei dormir sem você... sei que errei em não ter te escutado, mas você errou ao não dividir comigo essa verdade... ela me magoou... me deixou no chão... eu não sabia o que fazer... você mudou... se afastou, tudo me levou a acreditar nisso - bati em seu peito - ainda por cima inventa de se embebedar e se machucar dessa forma... teimoso... você prometeu que não beberia e fez isso... não pode ser imprudente - o olhei sem me afastar dele - não vou te beijar, mas você vai tomar um banho e frio.

Victoriano: Como acha que me senti ao saber que tinha uma filha no meio de uma discussão? O sentimento de culpa porque de certa forma falhei com você e nossa família, foi uma noite, olha vou tomar o banho para conversarmos melhor, sei que prometi só que a dor que sentia foi maior, pensar que nosso casamento havia acabado - com cuidado fui tirando minha roupa e entrando no chuveiro, toquei minha cabeça sentindo o corte, entendia sua preocupação.

Peguei o kit de primeiros socorros e fui para o quarto. Tirei minhas sandálias e me sentei na cama esperando ele voltar, o que não demorou muito. Ele sentou na cama encostando na cabeceira e eu me aproximei. Sentei em seu colo e comecei a limpar o corte e fazer o curativo. Estava em silêncio cuidando de tudo, sentindo seus olhares sobre mim. O silêncio ali era ensurdecedor. Não sei quem começaria a falar, na realidade eu tinha medo de fazer

Victoriano: Sabe que conheço a Diana desde que éramos crianças, sempre fomos muito amigos não nos desgrudávamos, quando os meu pais avisaram que nos casaríamos eu me revoltei começando a criar problemas - respirei fundo - quando marcaram o nosso jantar de noivado eu fugi de casa e fui para casa dela então começamos a beber, no meio da bebedeira nós transamos e no dia seguinte eu fui embora, quando conheci você eu entrei na linha me afastei dela, demorou alguns anos para nossa amizade voltar ao normal, quando ela contou nós estávamos discutindo porque estava cansado das suas insinuações e a forma como estava te tratando, e sem mais ela soltou essa bomba e foi embora.

Inês: Eu não sei o que pensar - suspirei pesado - se não fosse por mim... se ela tivesse te falado que estava grávida, vocês hoje estariam casados... eu te amo Victoriano... muito, não consigo ficar brigada com você... não sei o que fazer - tinha os meus olhos chorosos - eu não quero te perder... passamos por tantas coisas, eu prometi que ninguém iria nos separar e não vai... a não ser que você queira, o que eu sei que não é... ela me deixou tão mau ao insinuar aquelas coisas, você se afastou... eu tive medo de confirmar o que ela falava... me perdoa meu amor - lhe abracei e deitei minha cabeça entre seu pescoço e o peito.

Victoriano: Não estaríamos, nunca a amei dessa forma, iria assumir o bebê, mas casar não, casamento para mim sempre foi sério, eu também te amo Inês e doeu muito não confiar em mim nem ao menos me escutou, confia em mim Inês apenas confia como eu confio em você, não quero te deixar, te amei desde que te vi a primeira vez, me afastei porque me sentia culpado por não poder te contar, queria que soubesse por mim e não de forma errada, Valentina me alertou, mas fui cauteloso demais e não passou pela minha cabeça que ela daria esse show.

Inês: Eu confio em você meu amor, sei que não traiu o nosso amor... me perdoe por desconfiar de você... vamos juntos resolver isso, está bem? - acariciava ele - eu sei que as coisas não estão fáceis, mas nós vamos resolver... primeiro vamos conversar com a Diana, não gosto dela, mas como sua esposa estarei presente, depois, vamos conhecer a sua filha... vocês vão se conhecer - sorri - ela é sua filha meu amor.

Victoriano: Eu sei que temos que conversar com ela , e se ela não me quiser, se ela me odiar por não ter estado ao lado dela participando de sua vida? Não sei o que a Diana contou, se falou sobre mim, é o que mais quero que esteja ao meu lado porque sem você eu não consigo - encostei minha testa na sua.

Inês: Vamos conversar meu amor, nós vamos descobrir tudo, você terá a oportunidade de explicar tudo a ela... estarei ao seu lado meu amor, não duvide disso, eu não vou te largar - beijei o seu pescoço - está se sentindo bem? A sua cabeça? Não acha melhor irmos ao hospital?

Victoriano: Nem tenho uma explicação, não posso falar para minha filha que foi feita em uma noite de bebedeira, não imagina o quanto é bom ouvir que estará comigo - segurei sua mão - estou bem somente um pouco de dor logo estarei novo em folha, não quero ir ao hospital, com os seus beijos fico bem, que horas são? Não veio até aqui sozinha, né? Sabe que é perigoso.

Inês: Creio que já está amanhecendo - sorri - ou está perto... vim sim, não poderia te deixar sozinho aqui... aquela casa não é a mesma sem você, eu não consigo meu amor - suspirei - você vai ter oportunidade de conversar com ela, não precisa lhe contar essa parte, existem coisas que precisamos deixar confidencial... quer tomar um analgésico? Bateu forte a cabeça, vai sentir dor.

Victoriano: Que bom que veio, achei que era definitivo a nossa separação - me deitei a trazendo para deitar em meu peito - será estranho falar que éramos amigos e ela nasceu - fazia carinho em seu braço - vou querer sim, só que mais tarde, agora prefiro ficar assim com vocês.

Inês: Não te deixaria sozinho meu amor, eu estava mau... precisava ficar sozinha... foi uma bomba que aquela louca chegou e soltou - suspirei - vamos pensar em alguma coisa, sim? Pelo visto ela é adulta, mais velha do que o Ale, vai entender... tem certeza? Vai ficar sentindo dor? Não é bom.

Victoriano: O importante é que está aqui e estamos bem, estamos bem, né? Não entendo o porquê revelar dessa forma, sei que foi para nos separar, mas teve tantos anos para fazer isso, porque agora?

Inês: Estamos sim, não se preocupe - lhe sorri com amor - eu não quero defender aquela mulher e sinceramente não acredito que estou fazendo isso, mas aquela mulher tem os seus motivos... ela pode ter ficado com medo, você poderia tomar a criança, não sei... eu como mãe enlouqueceria Victor.

Continua...

Liberte-se Para o Clímax - Inês y Victoriano (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora