✨ 62. Somos os Santos ✨

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Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Victoriano: Meus netos com calmante, sua mãe com calmante, esse dia não deveria  ter acontecido, é errado, são os pais que devem partir primeiro, acho que ele quer uma chance, ele consegue? - sorri – eu também estou com muito medo, não vamos deixar, vamos ser a força um do outro, já está me ajudando, conversando, me distraindo, é tudo o que preciso no momento.

Valentina: É o melhor para os três, eles precisam - suspirei triste e segurei em sua mão - não deveria pai... esse dia é um terrível e doloroso pesadelo... sinceramente? - o olhei - eu não sei pai... ele tem se mostrado esses últimos dias ser outra pessoa, mas tenho medo... medo que ele não seja assim... que ele volte a ser daquela forma... que queira mandar e eu não quero isso... não quero mais sofrer - falei secando o meu rosto - se ele estiver fazendo isso por medo de que eu me apaixone por outro? Pensando apenas no filho e não em mim? Estou tão confusa pai? Ele só queria brincar comigo... depois me descartou... tinha outras... e se tudo se repetir? - olhei para a cama - ela é o nosso pilar... somos os Santos, não caímos... não está sozinho pai, não mesmo - beijei o seu rosto com amor.

Victoriano: Espero que seja somente por hoje, não deixe que esse medo te impeça de algo, hoje eu vi um novo Humberto, um que não carrega um peso nas costas, ou do cara que quer somente aventuras, vi um pai tentando consolar outro pai – suspirei - apenas siga o seu coração, eu como pai diria fuja, mas quero que seja feliz, falando nisso e seu trabalho na Espanha? – olhei para Inês – nosso pilar, minha menina – falei após seu beijo – é muito bom que esteja aqui.

Valentina: Esse medo tem me mantido sóbria pai... darei tempo ao tempo, é o melhor... não estou bem para tomar esse tipo de decisão... obrigada por me apoiar - sorri fraco - estava pensando em aceitar, mas não posso pai... não posso me afastar de vocês depois disso... estarei sempre aqui, com vocês - fechei os meus olhos me aconchegando em seu peito.

Victoriano: Tire o tempo que precisar, não pode deixar o seu trabalho dos sonhos para trás, nem que eu tenha que te segurar pela mão e levar você para a Espanha, a dor da perca não irá passar, garanto que irá diminuir, eu peço que não desista desse sonho, sei o quanto ele é importante e seu irmão também, não se preocupe com sua mãe até você ir vamos cuidar bem dela.

Valentina: Eu não quero deixar vocês, são tudo que eu tenho - me agarrei ainda mais a ele e logo me afastei ao ouvir minha mãe lhe chamar.

Inês: Victor... amor...- tentava me levantar, mas sentia meu corpo pesar.

Victoriano: Estou aqui meu amor – dei um beijo no rosto da minha filha me levantando – oi, como se sente? – segurei sua mão.

Inês: Péssima... Victor...- o olhei sentindo os meus olhos arderem - o... o nosso filho... o nosso Gui... é verdade? Ele... ele nos deixou?

Suspirei cabisbaixa ouvindo a voz fraca de minha mãe já se misturar ao choro e isso me doeu. Me doeu como irmã, como mãe. Me doeu no fundo da alma.

Victoriano: Sim, nosso menino nos deixou para ser um anjo – falei emocionado, tenho que ser forte, tenho que ser forte – ele vai nos cuidar, vai proteger você e nossa filhinha.

Inês: Não Victor... isso não - fechei os meus olhos chorando - onde? Onde ele está? Quero ver o meu filho... por favor... é tudo que eu te peço - solucei chorando - eu quero cuidar do meu filho.

Victoriano: Se acalme ou vão te sedar novamente, sua pressão está desregular, por favor amor – me sentia fatal ao pedir para ela se acalmar, tinha o direito de gritar, bater, destruir o que estivesse em sua frente, sua dor era a minha – Inês, minha vida, sei que é difícil, mas te peço por nossa menininha, se acalme que poderei conversar com a médica sobre ver nosso filho.

Liberte-se Para o Clímax - Inês y Victoriano (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora