✨ 50. Sempre Ela, Inês ✨

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Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Alejandro: Não vai, é uma mulher forte que vai superar essa dor além de ter vários motivos para continuar e um deles está aqui - toquei seu ventre - nunca pensei em dizer isso, o meu pai não merece que sofra dessa maneira.

Inês: Eu queria que fosse fácil Alejandro, mas não é... são anos construídos - me afastei dele - eu sei que é inacreditável o que vou dizer, mas eu não quero que se envolvam nisso... é um assunto nosso como casal, ele é pai... quero que respeitem...- falei secando o meu rosto - me deixe sozinha, quero pensar - falei atordoada.

Alejandro: Impossível, olha como está mal por culpa dele, ele mentiu para todos nós - suspirei - tudo bem vou deixá-la sozinha, se me prometer que qualquer mal estar vai me chamar.

Inês: Está bem Alejandro, eu prometo o que você quiser... só me deixe - passei a mão em meu rosto.

Alejandro: Mais tarde venho te ver - beijei seu rosto saindo do quarto.

Longe dali...

Dirigi silenciosamente até o vilarejo, com ela ali, até parecia que estava em choque depois de tudo que havia feito. Não queria lhe deixar sozinha, sabia que não estava bem, então dirigi até a minha casa, estacionei o carro e entrei com ela. A deixei na sala e fui rapidamente a cozinha preparar um chá para ela.

Vicente: Aqui está, isso vai te ajudar a melhorar - me sentei ao seu lado e lhe entreguei a xícara.

Diana: Obrigada, Vicente - peguei a xícara tomando um pouco do chá - não esperava essa reação da Inês, eu sei que fiz um pouco de teatro para provocá-la, mas Inês humilhou o Victor e o tolo ficou ali se rastejando, não posso acreditar, era para ele vir comigo conhecer a nossa filha.

Vicente: O que você esperava com isso Diana? Foi na casa deles, na frente dos filhos e do nada soltou essa bomba, como se isso não fosse nada e na realidade é... Diana... eu também tive a loucura de querer separar os dois... mas percebi que eles se amam... você é uma mulher bonita, inteligente e sei que bem sucedida... sei que uma paixão enloquece a nossa cabeça, mas vai por mim, isso não é bom - a olhava - esfria a cabeça, sente com ele e converse, pense na sua filha que não teve a oportunidade de ter o pai, mas que agora pode ter.

Diana: Você não entende, Victor sempre me amou, somente nos separamos por causa desse casamento, era para estarmos casados cuidando juntos da nossa filha, o que adianta ser tudo isso se o único homem que amo não vê? Está me dizendo que ama a Inês - sorri - deveria aproveitar essa separação para consolá-la, é sua oportunidade, desde que contei sobre nossa filha o Victor me evita.

Vicente: Diana... Diana tira isso da sua cabeça, por Deus - a olhava - Victoriano ama a Inês, assim como ela o ama... você está se machucando ainda mais ao se prender nessa ilusão... não, eu não amo a Inês, era apenas uma ilusão da minha cabeça... sentimentos confusos, somos amigos e é assim que seguiremos... sua filha não quer te ver assim, sofrendo por um amor que não existe, nem da sua parte... se realmente ele te amasse teria se casado com a Inês? Me fala, nós sabemos que não Diana, então por que seguir assim? Se maltratando, se diminuindo para chamar a sua atenção... de que isso adianta?

Diana: POR AMOR - gritei me levantando - quer que eu diga que sou a bruxa da história, que o Victor sempre me viu como amiga, que somente me levou para a cama porque estava bêbado? Quando conheceu a Inês me riscou da sua vida, que precisei mudar de país para ter minha filha, sabe o quanto isso é humilhante? - sentia meu rosto molhar das minhas lágrimas, fiquei de costas para ele - acha que não tentei esquecer esse homem? Me envolvi com outros homens e nenhum foi capaz de me fazer esquecê-lo, sei que me rebaixei dando em cima dele, que suplicava por migalhas - virei para olhar o Vicente - ele disse na minha cara que a minha primeira vez para ele foi uma aventura sem significado, sabe o quanto doeu? Nossa filha foi gerada nesse dia, um dia que não significou nada - seguei minhas lágrimas com raiva - nunca contei a minha filha sobre ele, disse que foi uma produção independente.

Me levantei do sofá e me aproximei dela cuidadosamente.

Vicente: Não foi isso que eu quis dizer, você não é a bruxa da história... mas será se seguir fazendo o que está fazendo - segurei em seus braços delicadamente - eu não sei que tipo de envolvimento vocês tiveram, o que sentiram... Diana... as coisas mudaram, você precisa entender que sentimentos mudam, que as vezes nos enganamos - lhe abracei apertado - eu não sei o quão humilhante foi, mas posso ter uma noção - lhe acariciava - ele falou no momento da raiva... você não mereceu ouvir isso... eu sei que tentou, mas isso segue aí dentro... precisa virar essa página, seguir a sua vida... esse sentimento só te causou mal... precisa sentar com a sua filha e conversar, lhe explicar a situação... eu sei que está sofrendo, mas você não está sozinha... eu passei por isso Diana... me humilhei e fiz uma coisa que quase destruiu quem eu gostava... nós conversamos e eu entendi que o amor que eu sentia por ela é uma amizade... vai encontrar alguém que te ame... que valorize os seus sentimentos - beijei os seus cabelos - não precisa sofrer sozinha, eu estou aqui.

Diana: Somente queria que o Victor me amasse, ele sempre me viu como amiga mesmo eu dando todas as indiretas, se não fosse por estar com raiva dos pais, por não ter bebido demais nunca teríamos feito amor - ri colocando minha cabeça em seu peito - amor? Eu fui a única iludida enquanto que para ele foi apenas mais uma em sua cama - olhei em seus olhos, era bom ter alguém preocupado comigo, mesmo sabendo que não era verdadeiro - você fala de virar a página como se fosse fácil, por anos fantasiei com ele indo me buscar, me diz como faço para arrancar esse amor do coração? Ama Inês? - sai dos seus braços - o que vocês vêem nela? O que ela tem que eu não? - chorei - diz que não estou sozinha, que está aqui para mim, mas é mentira, está por causa dela, sempre ela, Inês, Inês - me ajoelhei chorando.

Me ajoelhei ao seu lado e lhe abracei apertado.

Vicente: Não Diana, eu não amo a Inês, isso foi algo que eu inventei e me apeguei... conheci ela há muitos anos atrás na faculdade, quando ela se formou e assumiu o negócio de sua mãe, me convidou para trabalhar com ela e eu fui... eu vi coisas onde nunca existiam... eu sei que não é fácil virar a página, mas não é impossível - segurei seu rosto fazendo ela me olhar - eu não estou aqui por causa dela, por favor pare de se maltratar com isso - voltei a lhe abraçar apertado e beijei os seus cabelos - eu não estou mentindo, realmente te digo com toda certeza, você não está sozinha e eu vou te provar isso, me ouviu?

Diana: Me ajuda Vicente - segurava em sua camisa - não consigo sozinha, já tentei, tire esse amor maldito, tire essa dor que me mata a cada dia, não aguento mais ver a felicidade deles enquanto eu sofro sozinha, não quero ser a bruxa - o segurava como se fosse minha tábua de salvação.

Vicente: Estou aqui Diana, eu te prometo que isso vai passar, que um dia será feliz... não sentirá mais essa dor, se quer se lembrará dela - lhe apertei em meus braços - chora Diana... deixa tudo isso sair... eu sei que está sofrendo... que não tem forças para lutar contra essa maré que está te afogando... eu vou te salvar... eu prometo - suspirei.

O abracei fortemente, me abracei em sua segurança na esperança que me dava, queria acreditar em suas palavras, queria que ele realmente conseguisse tirar esse amor, me mostrar como seguir em frente.

Diana: Vou confiar em você.

Vicente: Te prometo que não vai se arrepender por confiar em mim - beijei a sua testa, me levantei e lhe ajudei a se levantar - vamos tomar um chá?

Diana: Sim - aceitei a sua ajuda, agora que tinha desabafado estava envergonhada, havia acabado com o casamento do Victor por despeito, não tinha como encará-lo novamente, o pior, tinha que contar para a minha filha que menti toda a sua vida.

Vicente: Como se sente? - lhe ajudei a sentar no sofá, entreguei a xícara e me sentei ao seu lado - eu sei que depois a culpa vem... mas não se culpe, você agiu por impulso... isso vai passar, antes de qualquer coisa converse com a sua filha, lhe fale a verdade, se quiser posso te acompanhar... depois procure o Victoriano e converse com ele e a Inês.

Diana: Culpa, vergonha, à vontade que a terra se abra para me esconder - falava de cabeça baixa, nem ele conseguia encarar - preciso confessar uma coisa, Guilherme, Guilherme quer separar os pais, acredita cegamente que Victor tem outra família, seu apoio me encorajou a dar esse show, não sei se consigo falar com eles, Victor deve me odiar.

Continua...

Liberte-se Para o Clímax - Inês y Victoriano (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora