✨ 01. O Castigo ✨

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Escrita com
Carolleite26 ❤️✨

Estava mais uma vez perdida em suas mãos, em mais uma das suas sessões de tortura. Só que dessa vez era diferente, ele não estava como das outras vezes, fazendo por prazer, me dando prazer. Seus olhos estavam escuros, mergulhados em um mar de fúria e eu não podia lhe questionar ou iria receber mais umas dez chicotadas. Estava ajoelhada aos seus pés, cabeça baixa, apenas de calcinha, como ele gostava. Contava mentalmente a medida que sentia o látex do chicote tocar a minha pele. Pensava em tudo que havia feito para lhe deixar daquela forma, mas nada vinha a minha mente. O tempo passava e o que seria um castigo leve passou a ser rude, intenso. Já estava pedindo para ele parar, não aguentava mais aquela tortura.

Inês: Vermelho...- falei sem lhe olhar, mas ele não escutou... deu uma última chicotada em minha coxa, fazendo a minha pele ser cortada... quando abri os meus olhos me desesperei ao ver o sangue ali, era a primeira vez que ele me machucava daquela forma - VERMELHO - gritei me levantando como pude, de meus olhos já saiam grossas lágrimas... peguei o meu roby, o vesti e saí do quarto mancando... não pensei em nossos filhos, só pensei em fugir dele, de sua fúria.

Fui atrás da Inês a segurei pelo pulo a levando para a sala vermelha, precisava me distrair e porque não fazer isso com minha adorável esposa, nem bem entramos pedi que fosse se preparar enquanto escolhia o brinquedo. Assim que peguei o chicote vi que Inês já estava ajoelhada, apenas esperando para começarmos. Me aproximei, Inês baixou sua cabeça e a primeira chicotada foi ouvida na sala, pude esquecer a briga que tive com meu filho horas atrás, foi por segundos porque logo suas palavras voltaram a me atormentar. Como ele podia dizer que não era digno da mãe dele, que ela merecia alguém melhor, que iria fazer ela se separar de mim? A raiva voltou, todo aquele sentimento de fúria voltou, sentia que apertava o chicote em minha mão. Como um filho pode desrespeitar o pai dessa maneira? Bufei, somente queria acabar com isso de uma vez e explodi. Somente então ouvi Inês gritar nossa palavra de segurança, pisquei várias vezes a vendo sair dali machucada, dei um grito de frustração e joguei o chicote longe. Era para ser um momento prazeroso e havia estragado tudo, assim que esfriasse minha cabeça conversaria com Inês.

Estava saindo do quarto dos meus filhos quando vi a minha mãe passar chorando. Corri até ela, segurei em seu braço e lhe abracei, sentindo ela desabar em meus braços.

Guilherme: Mãe... o que ele fez? O que aquele monstro te fez? - questionei furioso - eu vou acabar com isso agora mesmo - beijei os seus cabelos.

Inês: Não foi nada meu filho... nada - respirei fundo controlando o meu choro, precisava lhe acalmar, a guerra estava armada dentro de minha própria casa, os filhos contra o pai... eles não sabiam do nosso segredo, muitas vezes me questionavam, mas eu não falava nada... era algo entre nós dois, que não lhes competia... meus filhos cresceram e começaram a reprovar certas atitudes do pai... eu amenizava como podia, mas bem sempre conseguia... eles tinham o mesmo temperamento.

Guilherme: Como nada, está chorando toda nervosa, ele te machucou? Se te machucou hoje mesmo ele sai dessa casa, meus irmãos vão me apoiar - falava secando suas lágrimas - pode me contar, onde ele está? Vou falar com ele, só não fica assim, por favor, mãezinha.

Inês: Filho - segurei em seu rosto - precisa ficar fora disso, é uma questão minha com o seu pai... dá mesma forma que você e sua esposa tem problemas, nós também temos... seu pai está irritado com algumas coisas da empresa... vocês estão discutindo tanto - lhe abracei - Gui... meu amor... vai ficar tudo bem, não se preocupe - beijei o seu rosto - preciso tomar um banho e me deitar... vá descansar também... o dia foi bem cansativo, para todos.

Liberte-se Para o Clímax - Inês y Victoriano (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora