✨ 63. Meu Filho Se Foi ✨

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Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Victoriano: Nosso filho não iria querer que ficasse assim, iria pedir que fosse forte para ajudar a Liz a cuidar dos filhos, porque eles necessitam de nós meu amor, eu sei que dói, sinto o mesmo que está sentindo, mas necessitamos ser fortes por nossa família – não tinha nem palavras, ou argumentos, somente não podia deixá-la cair.

Era dilacerante assistir a uma cena como essa. Uma mãe chorando a morte de seu filho, implorando um milagre que nós sabíamos que não era possível. Conter lágrimas ali era algo que não acontecia. Me aproximei calmamente deles e me abaixei ao lado da cadeira da Inês.

Dra: Eu queria tanto ter esse poder, de mudar as coisas... de impedir um mãe de chorar a morte do seu filho, mas infelizmente eu não posso... somos falhos nesse momento - acariciava sua mão - precisa voltar para a cama, você não está bem, chegou a minha vez de cuidar de você - olhei para Victoriano que me ajudou e prontamente voltamos ao quarto... ele colocou Inês na cama e naquele momento voltei a lhe medicar - irei manter ela assim, pelo menos até amanhã... não é o ideal, mas o necessário... vocês podem ir resolver tudo... sepultar o seu filho, não deixarei ela sozinha aqui.

Victoriano: Claro, faça o que for melhor para Inês – somente balançava a cabeça, para ser sincero não queria cuidar desse assunto, achava melhor ficar com Inês – posso ver a minha filha?

Dra: Claro, só não poderá ficar muito tempo com ela... por estar na UTI e por ser muito frágil... estamos tentando mantê-la longe de um quadro infeccioso.

Victoriano: É o suficiente para mim – silenciosamente fui para UTI, após colocar as roupas necessárias pude ver minha pequenina filha, amava essa lindeza que chegou em um dia de muita dor – pequena é o papai, não se preocupe, quando sair do hospital vamos comemorar, nem que seja somente nós dois. Sua mamãe não está aqui porque o dia foi cansativo, assim que ela estiver bem virá te ver e dar muitos beijinhos igual à que eu quero dar, saiba que será muito amada por seus irmãos, sobrinhos. Sim, você é tia, eles são dois travessos, como espero que apronte como eles, só não conte a mamãe, você é linda igual a ela, eu já vou meu amor, logo eu volto – me levantei para sair e não conseguir, tinha que cantar uma cantiga de ninar para fazê-la dormir, mesmo já estando dormindo. Procurei por Humberto e fomos juntos para o local do velório, me aproximei do caixão, o vi ali dormindo, toquei seu rosto delicadamente, beijei sua testa, sussurrando em seu ouvido tentei acordá-lo.

Victoriano: Meu menino acorda, está na hora de levantar, temos cavalos para montar, vamos apostar corrida, sei que gosta disso – falava enquanto fazia carinho em seus cabelos.

Alejandro: Pai...- me aproximei dele e lhe abracei apertado.

Valentina: Estamos aqui pai...- acariciava suas costas, estava do outro lado, junto com o Alê.

Victoriano: Guilherme, o Guilherme se foi, meu filho se foi.

Alejandro: Chora...- fechei os meus olhos chorando e lhe abracei ainda mais forte - ele está bem... eu sei que está... o Gui estará sempre conosco... sempre.

Valentina: Vicente...- vi ele se aproximar e fui ao seu encontro, lhe abraçando apertado - ele se foi... ele nos deixou - solucei forte.

Vicente: Não consigo acreditar que está acontecendo, tinha falado com ele ontem de manhã, estava tudo bem, ele não pode, não pode.

Assim que vi Vicente chegar sabia que Valentina estaria bem, iria dar os pêsames para a família da Angélica, que assim como eu deveriam estar devastados.

Liberte-se Para o Clímax - Inês y Victoriano (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora