Dopamina

888 59 17
                                    

  Vi

  O corpo da Caitlyn era maravilhoso, quando suas mãos correram pelos meus fios puxando eu senti meu corpo reagir a apertando mais contra mim, a adrenalina me guiava, eu poderia dizer que uma onda de dopamina me tomava por completo, suas unhas me arrepiaram e meus olhos buscaram os dela quando meus lábios tomaram um de seus seios, macio e quente, eu senti ela se arrepiar inteira quando minha língua o rodeou, eu queria ir longe, queria sentir seu gosto e fazer ela chamar meu nome, mas mesmo assim...Eu cortei o contato, e me virei de costas para ela, obviamente não foi fácil fazer isso, mas eu não faria nada com ela incerta de suas decisões, não quero parecer influenciar nada, muito menos ficar pensando depois que ela só fez isso porque eu levei a situação nesse nível, eu nunca pensei que pararia justo nesse momento.

  Mas sentir ela tão perto, tão entregue, e dessa vez tão quente e reativa, suspirando a cada chupada que eu dei em seu pescoço, a cada aperto em sua coxa e a cada pressão sobre seu corpo, tudo isso foi bom, já é o suficiente para que eu adormeça feliz.

  Eu dei um leve sorriso e fechei meus olhos, essa mulher é sensacional, brava e difícil, mas não deixa de ser sensacional.

  Pela manhã como de costume eu me levantei cedo, eu acordei Caitlyn tocando em seu ombro e dando leves chaqualhões, para que ela levantasse.

  Ela abriu seus olhos e se sentou coçando ambos com as costas da mão, uma de suas mãos correu por seus fios e eu me levantei analisando-a, ela ficou rubra e desviou seus olhos, era quase como se sentisse vergonha de tudo o que aconteceu, não vou tocar no assunto, eu enfim me pronunciei:

-Bom dia, Cupcake.

-Bom dia... -Sua voz saiu baixa, e um pouco leve, quase como se ela estivesse distante, eu deslizei meu olhar lentamente por seu torso, a roupa engana bastante, seus seios eram bem maiores do que aparentavam, eu suspirei.

-Vou fazer o café, o que você come?

-Eu... -Ela pensou por alguns instantes e me encarou -Pão, torrada ou ovos, pra mim já está ótimo.

  Eu saí do quarto descendo as escadas, assim que cheguei na sala Ezreal deu um leve riso, vish ele já acordou. Agora fodeu.

-Mas olha só...Eu não sei porque, mas eu acho que duas pessoas viram estrelas na noite passada.

  Ótimo, ou ele havia acordado anoite ou estava jogando verde, eu não poderia deixar as coisas tão óbvias, apesar de Ezreal não ser o tipo de pessoa que sai por aí dizendo as coisas para as outras.

-Não aconteceu nada, acho que ela só não, está acostumada a dormir em sofá.

  Ele caminhou até o balcão se apoiando nele enquanto eu pegava algumas coisas da geladeira.

-Violet...Eu não sou bobo, mas vou deixar você acreditar que sou.

-Então fica aí pensando besteira a vontade!

  Eu peguei alguns ovos e coloquei o pão sobre o balcão na frente dele, o mesmo abriu o saco pegando um pão e o partindo com a faca.

-Humm, rude... Tem um pequeno detalhe, eu acho que formariam um belo casal.

-Qual é, isso nunca aconteceria. -Eu dei um riso nasal e ele deu de ombros.

-Tu é gata, Caitlyn é gata, seria uma boa combinação, ela domaria você fácil fácil.

-Cala a boca.

-Você sempre achou ela gata que eu sei.

-É diferente, eu acho uma pá de mina gata.

  Eu neguei dando um riso frouxo, eu não costumo me prender as pessoas, mas confesso que a Caitlyn tem algo diferente, como um brilho, deve ser só porque somos muito diferentes.

   Caitlyn desceu as escadas e se sentou ao lado dele, ao contrário do que ele disse para mim o mesmo não perguntou nem debochou dela, ele tem amor a vida ficou nítido.

Ekko

  Eu caminhava pela cidade pensativo, conversar com Renata foi a coisa mais estranha que poderia ter acontecido, Vi sempre nos protegeu quando éramos crianças, e agora eu simplesmente estou cogitando a hipótese de tirar a vida dela em troca de outras vidas, mas os Barões não costumam manter sua palavra, é difícil saber em quem se pode acreditar quando se está em desvantagem em tudo, eu deveria procurar Violet e conta-la da proposta de Renata? Ou simplesmente topar o acordo e libertar essas pessoas do sofrimento? Mas como vou livrar elas dos barões me unindo a eles?

  Tudo estava complicado em minha mente, caso eu não tope, eu sei que vão invadir nosso lar e destruir tudo o que lutamos para construir,os barões não sabem ouvir Não; mas se eu topar vou destruir a única família que me resta, e talvez meu povo continue na miséria.

  Eu parei de caminhar e me sentei no monumento da rua, frente a estátua de Vander no centro de Zaun, eu suspirei e encarei minhas mãos.

-Pai, é complicado tomar decisões.

  Falei baixo enquanto encarava meus pés que sequer tocavam o chão, eu fiquei em silêncio como se esperasse que algo me desse a resposta que eu desejava.

-Olá.

  A voz feminina me fez levantar e diante de mim estava aquela garota de cabelos verdes, sua pele era pálida ela me lembra Powder...A Powder, que pena que tudo aconteceu dessa forma.

-O que você quer?

  Minha pergunta surgiu em um tom arrogante, não tem como não ser, ela me deu um tiro!

-Não precisa ser rude...Vim ajudar você.

-Ajudar? Com o que?

-O garoto salvador tem muito destaque aqui embaixo, quero saber um pouco mais sobre você e seus idéias, quem sabe eu não possa ajuda-lo?

-Corta essa, você é assassina a troco de dinheiro! -Eu me levantei e pulei ao chão ela ergueu uma sobrancelha. -Pessoas como você não ajudam ninguém.

  Eu dei as costas e comecei a caminhar, ouvi um suspiro pesado e ela tocou meu ombro me impedindo de continuar meu caminho.

-Só não tive boas oportunidades e fiz a única coisa que sabia fazer, talvez eu esteja tentando mudar.

-Desculpe Zeri, não acredito nisso.

Eu voltei a caminhar me distanciando dela, até parece que uma asneira dessas é real, ela pensa que eu sou tão bobo assim? Chega a ser ofensivo.

 

Opostos ComplementaresOnde histórias criam vida. Descubra agora