Contraste

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Caitlyn

  Nós levamos Ekko para casa de Violet, não havia chances de deixar ele no hospital novamente.

  Naquele momento estávamos nós três observando meu pai fazer o que podia, nós trocamos os lençóis e deitamos Ekko na cama de Violet, meu pai havia o colocado no soro, Otta parecia apreensivo, eu toquei o ombro do garoto e suspirei.

-Ele vai viver? -A criança perguntou parecendo preocupado e meu pai terminou de ouvir o coração dele e encarou o menino dando um sorriso gentil. -Ele vai? -Meu pai correu a mão sobre os cabelos do menino e sorriu curto.

-Sim, ele vai ficar bem.

  Meu pai se levantou e me encarou, ele me deu um abraço e em seguida apertou a mão de Ezreal.

-Se precisarem de algo, estarei em casa.

  Eu confirmei agradecendo e assim que ele se foi Otta se apoiou no criado mudo encarando o rapaz.

-Quantos anos o Ekko tem? -Eu questionei olhando para o Ezreal, eu encarei a foto do criado mudo notando a diferença de idade entre Vi e ele. -Você sabe Otta?

-Ekko tem 19 anos.

  Eu arregalei levemente meus olhos, ele era bons anos mais novo do que Violet, eu confirmei com a cabeça e suspirei encarando Ezreal.

-Ez, vou pra Aguamansa, preciso ver a Vi, eu preciso saber como ela está.

-Tá bom, eu vou ficar de olho nas coisas por aqui.

  Eu confirmei e caminhei para fora da casa, fui andando o mais rápido que podia até o cais, assim que cheguei eu adentrei o barco e me guiei até o presídio, eu precisava vê-la.

 
Vi

Eu já estava de volta à minha sela, dessa vez estava deitada olhando para o teto enquanto conversava com Fiora.

-Qual foi a coisa mais louca que você já fez? -A mulher que estava do outro lado perguntou e me encarou, eu torci meus lábios e estreitei meus olhos.

-Conhecer minha sogra. -Fiora gargalhou e eu me sentei dando um riso -É sério! Aquela mulher me dá medo.

-Lógico, ela sabe as patifarias que você anda fazendo com a filha dela... -Eu suspirei levemente, apesar de amar Caitlyn, eu não podia agir como se namorasse a Xerife, o que não faz sentido algum, não comigo presa, então pra qualquer um que perguntasse, minha namorada era qualquer pessoa, menos a Xerife. -Você ainda não disse o nome dela.

-Isso não importa.

-Pra que esse mistério?

  Eu vi o guarda se aproximar e estreitei meus olhos quando ele abriu a sela, eu fechei os punhos e ele se aproximou, algemou minhas mãos, eu saltei da cama para o chão confusa, ele tocou meu ombro me empurrando rumo ao corredor.

-Você tem um interrogatório!

  Eu dei de ombros e me levaram para uma sala aleatória, aquela não costumava ser a sala de interrogatório, eu franzi o cenho e ele fechou a porta saindo, eu arregalei meus olhos ao ver Caitlyn, ela se levantou e veio em minha direção com um olhar de tristeza, ela segurou meu rosto em suas mãos e engoliu a seco.

-Que droga Vi... Não acredito...Eu vou tirar você daqui!

  Ela encarou meu rosto, provavelmente os machucados e eu apenas fechei meus olhos.

-Que saudade de você. -Eu falei baixo, ela me abraçou contra si, eu podia ouvir sua respiração pesada. -Não tem câmera aqui? -Ela negou com a cabeça e eu afundei meu rosto em seu pescoço. -Sinto sua falta meu amor... -Eu depositei um beijo em seu pescoço e ela se afastou um pouco segurando meu rosto, seu polegar acariciou minha bochecha e ela depositou um beijo em meus lábios.

Opostos ComplementaresOnde histórias criam vida. Descubra agora