Brinquedo

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Caitlyn

Eu arregalei meus olhos ao presenciar aquela cena, meu coração disparou, pela primeira vez em toda a minha vida, eu senti o desejo de matar alguém me invadir, de dentro para fora, consumindo minha alma por completo, minha raiva ficou tão gritante quanto a raiva da Zaunita.

Vi sem sequer cogitar recuar partiu para cima dele, ela estava muito mais rápida do que o normal, parecia muito mais forte e descontrolada, e ainda sim fazia tudo de forma racional.

Eu corri pela sala ignorando completamente a dor em minha perna e o sangue pingando, eu sentia meus olhos cheios de lágrimas, e meu coração repleto de angústia.

Ezreal era meu amigo de infância, e mais do que isso, ele era como um irmão para Vi...Compartilhamos a mesma dor.

Os meus tiros acertaram a pele do homem, minha intenção agora não era derrubar ele, e sim, matar ele.

Vi bateu a manopla com tanta força na perna de metal que sua estrutura cambaleou, ele lançou o objeto que puxou Ezreal sobre ela, Vi no mesmo instante colocou a luva frente ao objeto, ele agarrou a luva e puxou o corpo dela, ela manteve o olhar irritado e inabalável, irredutível.

Vi deu um puxão na corrente fazendo Urgot se deslocar para frente, ela desprendeu a luva permitindo que seu corpo caísse ao chão, ao cair da luva Violet pegou os dois tacos com pregos nas pontas, eu enfim acertei o tiro nos tubos derrubando o homem, ele arregalou seus olhos quando notou que não conseguiria se movimentar.

Eu abri o rifle colocando as balas dentro dele.

Vi pisou sobre a perna metálica de Urgot, usando ela para lançar o corpo para cima, com raiva ela acertou o primeiro taco contra o rosto dele, em seguida vieram inúmeras tacadas, a cada batida mais sangue saia do rosto dele e manchava as roupas dela, ele tentou a retirar de cima de si, mas foi inútil, meus tiros danificaram por completo sua mão, enquanto Violet danificou completamente seu rosto, agora Urgot estava completamente coberto de sangue.

Vi acertou o taco no meio da cabeça dele, o outro taco ela usou para bater sobre aquele que já estava cravado em sua cabeça, fazendo com que ele afundasse cada vez mais.

Com força Vi bateu no taco até que ele estivesse preso por completo no crânio do homem.

-Filho da puta! -Ela falou com um olhar irritado, sua voz soou ríspida.

Urgot pareceu agonizar de dor e eu atirei em seu ouvido fazendo a bala varar para o outro lado, o corpo dele caiu ao chão e mesmo sabendo que ele já estava morto, eu me aproximei e disparei contra a face dele até que as balas enfim acabassem.

Vi trêmula foi descendo do corpo do homem, seus olhos cheios de lágrimas me buscaram, e eu fixei o olhar nela.

O silêncio nos tomou, eu sei que essas perdas fazem parte da nossa profissão, mas não assistimos a morte de um colega de trabalho...Nós assistimos a morte do nosso melhor amigo...

O menino que compartilhou a infância comigo, o homem que tirou Violet da cadeia, o homem que deu um propósito para ela, o homem que sempre acreditou em mim, o homem que alegrou diversas vezes meus dias ruins.

Eu soltei a arma e permiti que minhas lágrimas rolassem desenfreadamente, minhas mãos tocaram minha cabeça agarrando levemente meus cabelos, meu peito subia e descia rápido demais, Vi secou seus olhos e me encarou, eu sentia o ar faltar, meu coração estava disparado, ela notou o desespero que estava me tomando e se aproximou devagar, ela abraçou meu corpo.

A mulher também chorava, também soluçava, assim como eu ela tremia, ela respirava freneticamente de forma descompassada, meus braços largaram minha própria cabeça e rodearam o pescoço dela, eu falei baixo entre soluços e lágrimas:

Opostos ComplementaresOnde histórias criam vida. Descubra agora