Caitlyn
Velejar no mar aberto era incrível, a fúria das ondas era sensacional, a cada momento em que parecia que o barco iria afundar eu sentia a adrenalina subir de forma positiva, Riven estava tão calma quanto eu, mas...Em compensação o restante....
Ezreal estava dividindo um banco com Ekko, eles seguravam nos pés do objeto pregado ao chão com tanta força que parecia que achavam que voariam, e Vi se manteve agarrada ao pilar que sustentava a vela azul, ela sequer abria seus olhos, entretanto estava em pé.
Eu caminhei para a cabine de comando e ao entrar Riven me encarou.
Meus olhos correram pelo mapa sobre a mesa.
Riven riu e deu de ombros com leveza, ela encarou a Rosada e em seguida me encarou:
-Não dá pra ser perfeita não é?
Ela permanecia encarando Vi que estava parada agarrada ao pilar, eu soltei um riso baixo, é interessante como uma mulher tão corajosa é ao mesmo tempo tão medrosa.
Horas se passaram e a tempestade se acalmou, naquele instante eu pude ver os meninos levantarem e Vi abrir seus olhos, ela suspirou soltando o pilar e tocou seu estômago, sua expressão indicava que estava enjoada, como se pudesse vomitar a qualquer momento.
-Vamos voltar?
Ekko questionou, eu encarei Riven e ela suspirou, provavelmente ela sequer sabia como chegar em Piltover sem a bússola.
-Então galera... -Ela soltou o Timão e eu me sentei prevendo o que ela diria. -Babou, já era, fodeu, vamos navegar até atracar em qualquer lugar porque eu não faço idéia de onde estamos.
-A gente vai morrer! -Ezreal afirmou correndo até as beiras do barco tentando achar alguma terra a vista alongando seu corpo na direção do mar, ele tocou a testa e suspirou. -A gente vai morrer!
-De fome provavelmente. -Ekko completou e suspirou pesadamente. -Foda.
-Vamos nos encontrar... -Eu afirmei e peguei o mapa o encarando. -Podemos não saber como mas iremos!
-Agora eu entendi porque você é a Xerife.
Riven afirmou e Vi confirmou com a cabeça me encarando como se estivesse se convencendo de minhas palavras.
-Ekko consegue voar alto com o skate? Ver se tem terra perto.
-É uma boa.
Ele pegou o objeto o balançando para que a água saísse, logo o mesmo ligou o objeto e subiu o mais alto que pode, ele parecia apenas um ponto no céu, poderia facilmente enxergar terra se houvesse alguma perto, pelo menos é o que eu espero agora.
Vi permanecia encarando o rapaz, ele desceu rapidamente e suspirou saindo do objeto e o colocando no chão.
-Eu não vi nada...
Riven encarou o mapa e eu fechei meus olhos buscando algum raciocínio, abri meus olhos e encarei o céu, a noite já tomava o céu, eu encarei Riven.
-Vamos atracar aqui.
-Ficar parados não vai ajudar.
-É melhor do que afastar da rota.
Riven ponderou mas concordou soltando a âncora, eu confirmei com a cabeça e logo o barco parou.
Meus olhos jamais haviam visto um céu tão estrelado, eu me sentei em silêncio no banco do barco, meus olhos subiram para o céu enquanto eu tentava entender o que poderia fazer para passar segurança para eles, sendo que sequer eu estava segura.Vi se sentou ao meu lado e eu sorri minimamente, minha mão pousou sobre a dela e a mesma encarou meus dedos que corriam acariciando sua mão com leveza.
-Ainda está com medo?
-Eu com medo? -Eu a encarei ao ouvir um riso leve dela. -Pra caralho!
Soltei um leve riso e encarei os olhos dela, ela encarou o céu e entreabriu seus lábios.
-Mas você me passa uma segurança maior... -Ela voltou a encarar meus olhos segurando minha mão e correndo o polegar por ela -Estava com mais medo, antes de você segurar minha mão.
Eu senti meu rosto corar e desviei meu olhar e ela soltou um riso frouxo e deu um beijo na minha bochecha, eu pude ver Riven de dentro da sala apoiada ao timão soltar um riso leve, mas não parecia deboche, estava mais para satisfação, naquele mesmo instante a porta da cabine se abriu e Ekko adentrou o local parando ao lado da mulher, ambos iniciaram um diálogo.
Os olhos da rosada se prenderam ao céu e ela apontou para uma nuvem.
-Parece um coelho.
Eu encarei o céu e dei um riso baixo, para mim parecia mais um cachorro.
-Acho que parece um Doguinho.
-Tá brincando? -Ela riu e negou me encarando. -Aonde tá o rabo?
-Nem todo cachorro tem rabo grande.
-Faz sentido...Então é um mini Doguinho gordinho desrabado.
-Isso... -Eu mostrei outra nuvem para ela -Aquela nuvem parece um pato.
-Pra mim, parece um ganso.
-É da mesma família.
O silêncio se fez presente por alguns segundos enquanto ela encarava o céu, sua mão abandonou a minha e seguiu para a minha cintura segurando nela, Vi deixou sua cabeça cair sobre meu ombro e eu pude sentir o calor do corpo dela esquentar a lateral do meu.
-Não quero que você vá embora dessa vez.
Ela sussurrou e eu pousei minha mão sobre sua coxa, meus dedos fizeram um leve carinho e eu deixei um suspiro escapar de meus lábios.
-Me desculpe por aquilo, eu cometi um grande erro.
-Eu já voltei para a polícia então...
-Não esse erro... -Eu apertei meus lábios lentamente. -Eu afastei você de mim.
-Eu tô aqui agora.
-Obrigada.
Ela ficou em silêncio e isso não me incomodou, pelo contrário, foi confortável, Vi apesar de ser uma pessoa dura com as coisas, tenta se abrir em alguns momentos e sempre que ela o fazia eu tinha a oportunidade de conhecer mais um pouco sobre ela, e isso me deixa muito satisfeita.
Para mim isso era tão sincero e sério quanto o ar que eu respiro, ela tem seus defeitos e eu conheço cada um deles.
Renata
De dentro da cabine e presa eu observava a relação de cada um deles, Ekko e a menina dentro da cabine pareciam estar se divertindo enquanto o Loiro estava estudando o céu acima da cabine aonde eles estavam.
Já no canto sentadas no banco Vi e Caitlyn, e eu podia notar que a relação delas, não era o que eu imaginava, parecia algo fora de uma amizade forte, isso explicaria porque ela sente raiva do Singed, eu fiquei ciente do que ele fez com Caitlyn, eu soltei um riso baixo, nesse momento eles estão mais para meus alvos do que sempre estiveram...Esquecer de mim aqui...Pode ser o fim da linha para eles.
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Opostos Complementares
FanfictionCaitlyn e Vi são pessoas completamente diferentes, com vidas diferentes e histórias muito distintas. Mesmo assim, vencer as diferenças pode ser necessário para um bem maior. Da diferença, nasce algo ainda maior do que tudo já conhecido por ambas. ...