Pouca Etiqueta

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Vi

  Como eu planejei nada havia saído de forma sexual, não que eu não sentisse desejos mas...Eu queria que os momentos que temos juntas não fossem apenas sexo.

  Pela manhã eu despertei antes da Caitlyn e Riven estava sentada na mesinha encarando a gente, eu dei de ombros assim que meus olhos encontraram os dela.

-Eai já tomou iniciativa?

Eu me levantei e peguei a camisa que estava no chão, ajeitei o top e a vesti caminhando até Riven me sentei ao lado dela e dei de ombros, até que ela não é tão ruim assim.

-Não sei como dizer, sabe...Eu não sei.

Ela riu e encarou Caitlyn erguendo uma sobrancelha, não demorou muito para que seus olhos voltassem aos meus.

-Se eu fosse você, faria um café da manhã como pedido, aí eu pediria logo em seguida.

-E o que muda se eu pedir?

-A estabilidade talvez.

Eu confirmei com a cabeça, ela ficou em silêncio enquanto eu encarava minhas mãos pensando sobre.

-Olha... -Eu suspirei e elevei meus olhos para ela, havia passado algo na minha mente. -Aquele louco do Urgot, ele é Noxiano...Acha que, Noxus seria capaz de ajudar? Porque eu tenho a impressão de que só nós não vamos conseguir.

  Ela suspirou e pensou por alguns segundos, torceu seus lábios e confirmou com a cabeça.

-Acho que sim, se conseguir provar a inocência do Darius.

-Então eu tenho uma idéia.

  Ela sorriu e eu contei minha idéia lunática pra ela, o plano era simples, trazer o Ekko conosco, pegar aquela louca presa e levar ela e o Ezreal até Noxus, fazer ela contar a porra toda sob ameaça de morte, ganhar uma dívida com Darius que voltaria a sua posição inicial e assim conseguir a liberdade da Riven e também ajuda para destruir o Urgot.

  Ela pareceu gostar da idéia e segurou meu pulso me puxando para fora do quarto, eu franzi meu cenho e ela me guiou até a cozinha.

-Faz alguma coisa aí.

Eu ri e neguei com a cabeça.

-Eu não sei não.

-Anda logo é só pedir.

-Pedir o que?

Eu encarei Cassandra e sem pensar acabei respondendo.

-A sua filha...

Eu parei de falar e engoli a seco, que porra! meu cérebro desligou?

-Começou termina Rosadinha.

-Cala a boca Riven.

Eu corri a mão pela nuca, olha o que essa doida me fez fazer, Cassandra cruzou seus braços e suspirou me chamando a atenção, eu precisava de uma desculpa rápida mas não conseguia pensar em nada com a Riven batendo a bandeja no meu braço diversas vezes consecutivas como se esperasse eu pegar, enfim Cassandra falou:

-Violet.

-Dona...

-Tem minha aprovação.

-Que? -Eu arregalei meus olhos e encarei ela, a mulher deu um sorriso curto e se aproximou me entregando a bandeja que Riven estava a cotas batendo em mim -Como?

-Você tem minha aprovação para pedir a Caitlyn em namoro, eu gosto de você apesar da pouca etiqueta, e o Tobias também gosta.

Ela me deu as costas e eu encarei Riven, a moça ao lado riu e meu deu uma cotovelada.

-Até ela percebeu tu é um fracasso disfarçando lutadora.

-Porra! Eu já disse que eu não sei fazer isso!

-Relaxa Violet Kiramman.

Eu bati a bandeja no braço dela e a garota segurou o riso, eu coloquei a bandeja sobre a mesa e suspirei tentando me recordar o que Caitlyn provavelmente gostaria de comer.

  Demorou alguns minutos para eu terminar de fazer alguma coisa meramente apresentável.

-Carai esse é o seu melhor?

Eu encarei Riven confirmando e ela torceu os lábios.

-Que bom que o amor é cego.

-Você não tá me ajudando.

-Quer que eu chame a sua sogra?

-Não! Tá ótimo assim!

-Você também é cega então.

Eu revirei meus olhos e peguei a bandeja subindo as escadas, quando Riven abriu a porta do quarto da garota eu coloquei a bandeja sobre o criado mudo, a menina saiu do quarto e eu suspirei.

  Eu realmente não faço idéia de como fazer algo do tipo, tenho que concordar com a Riven a colocação dos alimentos sobre a bandeja estava péssima.

  Eu pensei em como ajeitar melhor as coisas mas a garota despertou e eu simplesmente tive um colapso mental.

-Bom dia.

  Ela se sentou esfregando os olhos e eu suspirei.

-Oi...Bom dia...

-Você parece nervosa?

-Ah não...Bom...

  Eu puxei a bandeja e entreguei para ela assim que ela se ajeitou na cama, ela sorriu agradecendo e eu observei ela por alguns segundos, por mais que eu quisesse falar eu não sabia como nem qual a forma correta de fazer, eu engoli a seco.

Jayce

  Eu caminhei lentamente com o robô gigante ao meu lado, eu havia conversado com ele nesses dias e hoje foi o dia em que eu o soltei, ele parecia bom, creio que não seja um ser maligno.

-Você sabe jogar Xadrez?

  Eu questionei encarando ele, o mesmo fez que não com a cabeça e eu soltei um riso baixo enquanto caminhava para minha sala, assim que começamos a subir as escadas eu suspirei.

-Vou ensinar você então.

  Ele confirmou com a cabeça e eu suspirei, o que será que ele é? Ele era um homem? Ou apenas uma máquina? Se for apenas uma máquina, o que fizeram aqui? Ele sente? Tem emoções? Eu suspirei levemente e assim que abri a porta ele entrou na sala, sua cabeça deu um 360° deixando nítido que ele estava olhando tudo ao redor, por alguns segundos ele pareceu uma criança encantada com tudo o que via.

-Qual seu nome?

  Eu questionei enquanto pegava alguns papéis, ele me encarou novamente e se aproximou de mim se sentando ao lado da minha mesa, eu me ajeitei na cadeira e suspirei começando a trabalhar, hoje seria um longo dia, e provavelmente um dos mais cheios.

-Então você não é de muitas palavras não é mesmo?

  Ele me encarou e estendeu a mão, eu tomei um leve susto mas ele apenas pegou uma caneta da mesa com dificuldade e puxou um pedaço do papel iniciando um desenho.

  Eu dei de ombros voltando ao trabalho e quando eu o encarei novamente, ele havia feito diversos desenhos de peças, os desenhos estavam perfeitos.

  Eu arregalei meus olhos e me levantei pegando um dos livros sobre maquinário que eu tinha em minha prateleira, me sentei e estendi o livro aberto em uma página que havia algumas ilustrações parecidas, ele me encarou e eu podia jurar que seus olhos sorriam.

Opostos ComplementaresOnde histórias criam vida. Descubra agora