Caitlyn
Eu abri a porta da minha sala, Jayce me encarou assustado e eu suspirei, Vi e Riven haviam ido direto para o vestiário assim como Ezreal; e eu fui checar se Jayce estava bem, mentalmente durante o caminho todo eu fiquei pensando e repensando em como fazer ele aderir minha idéia.
-Preciso que você comece a andar armado e de preferência passe a trabalhar aqui, e ter um segurança seria ótimo.
-Que? Por quê? O que tá acontecendo?
Ele me olhou confuso e eu suspirei profundamente, eu andei em círculos algumas vezes e um estalo percorreu minha mente, o Blitzcrank.
-Torne o Blitzcrank um companheiro seu, ele não é ruim, meu interrogatório com ele me vez ver que ele queria na verdade se sentir humano e ter uma família, seja a família dele e ele vai te proteger.
Ele se levantou e veio em minha direção segurando meus ombros, seus olhos amarelados encararam os meus com profundidade.
-Caitlyn que porra tá acontecendo?
-O Urgot quer o criador da Hextec, e ao que tudo indica você não vai conseguir lidar com um homem caranguejo sozinho.
-Ah...Entendi.
Ele confirmou e suspirou, a idéia do Blitzcrank era boa, até porque Jayce poderia controlar ele facilmente com certas ameaças.
-Sabe aquele seu dispositivo que desliga maquinário?
Ele confirmou e eu suspirei, poderia parecer bem sádico se pensar no Blitzcrank como um ser com vontades e sentimentos.
-O que tem?
-Coloca um no Blitzcrank, se ele tentar algo você só dá um click e já era.
Ele pareceu refletir por alguns minutos e se afastou de mim concordando, eu suspirei profundamente, não imaginei que seria tão fácil fazer ele topar.
-Eu vou tomar um banho.
Eu saí do local e fui até o vestiário, abri meu armário retirando algumas peças de roupa e uma toalha, eu entrei em um dos gabinetes e liguei o chuveiro, meus músculos se relaxaram quando a água quente me tocou, meus pensamentos estavam a milhão, eu pensei em tantas hipóteses que já não estava conseguindo desacelerar e quando eu terminei de me limpar e desliguei o chuveiro, eu vesti uma roupa e sai, dei de cara com Vi sentada no banco do local, seus braços apoiavam o corpo que caia para trás, como se o sono estivesse quase a tomando, ela me encarou e se levantou, veio até mim e parou na minha frente me olhando profundamente, mas diferente dos momentos sexuais, era um olhar calmo.
-Como você está?
Eu me surpreendo com a habilidade dela de me ler, porque obviamente aquelas palavras que escutamos me preocuparam e mesmo eu evitando que se tornasse óbvio, ela notou.
-Eu estou bem, preocupada porém bem.
Ela confirmou com a cabeça e eu me recordei que só não morremos lá porque Vi me impediu de abrir a porta, em um impulso eu a abracei e ela apenas me abraçou de volta, acariciando minhas costas com calma, como se ela pudesse me acalmar como ninguém, meu corpo se relaxou, e meus olhos se fecharam, seus braços apesar de grandes e brutos, costumavam me confortar como nada nunca confortou.
-Você me faz bem.
Eu disse corando um pouco, era difícil eu admitir meus sentimentos dessa forma, ela riu baixo e confirmou com a cabeça me dando um beijo no pescoço.
-Quer companhia?
Ela perguntou baixo, provavelmente porque ela sabe que eu iria para casa em breve, eu soltei a mulher me afastando e encarei ela, novamente estamos em algo muito bom...Mas que eu não faço idéia do que é.
-Seria bom...
-Então, eu posso simplesmente aparecer na sua casa?
Eu dei um riso baixo e confirmei com a cabeça.
-Eu vou de noite.
Ela segurou meu rosto em sua mão e deu um sorriso curto acariciando minha bochecha com o polegar, em seguida ela iria sair do local quando eu resolvi chama-la.
-Hey... -A mulher me encarou e eu suspirei -Entre pela porta, não pela janela.
-Okay.
Ela riu saindo do vestiário, com certeza ela não vai entrar pela porta, eu sorri curto e caminhei até meu armário peguei as roupas que estavam sujas e sai do local caminhando para minha sala novamente.
Vi
Eu suspirei profundamente quando sai do trabalho, de lá eu fui direto para a academia, meu corpo estava dolorido mas eu não iria perder o treino só por conta disso, e minhas intenções em ir até a casa da Caitlyn são as mais puras possíveis.
Pelo menos até agora...
Após terminar o treino eu saí da academia com um suspiro cansado, eu caminhava encarando as poucas árvores que haviam pelas ruas, o céu estava nublado, o caminho estava tranquilo demais para ser verdade...
Instantes depois, enquanto eu vagava mentalmente em minha distração tive a surpresa de dar de cara com a Anny, o que é bem estranho porque ela não frequenta a academia nem tem o hábito de passar por perto, ela atravessou a rua e veio até mim, a mesma sorriu abertamente ao me ver.
-Olá Violet.
-Oi, como você está?
-Estou bem! E você?
-Estou.
-Eai o que está fazendo?
-Eu vou pra casa agora, tenho um compromisso.
Ela deu de ombros e eu continuei caminhando e ela simplesmente me acompanhou comentando um pouco sobre a sua faculdade, eu engoli a seco ao perceber que ela estava tomando o mesmo rumo que eu.
-Fico feliz por você.
Eu falei calmamente a garota sorriu eu continuei o caminho e assim que cheguei na porta de casa eu suspirei, me coloquei entre a porta e a garota e me virei para a mesma, na intenção de me despedir.
-Bom...Eu preciso ir.
Ela pousou as mãos sobre meus ombros e eu engoli a seco, a mesma me encostou na porta e eu suspirei levemente surpresa, suas mãos massageavam meus ombros e ela suspirou.
-Você está tensa demais...Relaxa um pouco.
Eu engoli a seco novamente e por mais que eu quisesse sair correndo a massagem em si não era ruim, estava começando a relaxar meu corpo, porém, existia algo ruim nisso tudo, a possibilidade remota de me atrasar, ou em existir algum interesse oculto nesse gesto da Anny.
-Eu...
Eu ergui levemente minhas mãos segurando o pulso da garota e o subindo um pouco, o bastante para que ela não tivesse contato comigo, mas romper o contato de suas mãos resultou nela rapidamente aproximar o corpo todo do meu e deixar seu rosto a poucos centimentros do meu.
-O que foi? A massagem não parecia ruim.
-É... Não é ruim, mas eu preciso ir.
Eu abaixei as mãos dela e estava pronta para afastar ela tocando seus ombros.
-Olá garotas.
Eu fechei meus olhos os apertando com força enquanto fazia o mesmo com os lábios, eu conheço bem essa voz, ou melhor essa intonação, puta que pariu eu tenho muita sorte, eu soltei o pulso da garota e não encarei a dona da voz que eu bem conheço.
-Humm... -Anny pareceu refletir, ela riu baixo e se virou para a mais alta enfim se afastando um pouco de mim, Caitlyn estava alguns degraus abaixo. -Você não é a mulher do bar?
-Caitlyn Kiramman.
Eu encarei a mulher e suspirei...Porra isso vai pegar muito mal pra mim.
Anny encarou a Xerife de cima a baixo e Caitlyn direcionou um olhar frívolo para mim.
Parecia um: "você me deve uma explicação"
Minha mão tocou meu rosto enquanto só uma coisa se passava na minha mente:
"Universo? Deus? Sei lá! Alguém me ajuda?"
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Opostos Complementares
FanficCaitlyn e Vi são pessoas completamente diferentes, com vidas diferentes e histórias muito distintas. Mesmo assim, vencer as diferenças pode ser necessário para um bem maior. Da diferença, nasce algo ainda maior do que tudo já conhecido por ambas. ...