Opostos Complementares

O plano

Ekko

Ter a Caitlyn como aliada para me ajudar em Zaun foi de grande valia, Rakan havia decidido ficar em Zaun, ele iria me ajudar a restaurar a cidade, tudo o que eu precisaria, era de ajuda nesse momento.

Antes da Xerife entrar em férias eu havia solicitado a ajuda dela, e ela fez o que era possível para me ajudar, nós havíamos definido algumas coisas, uma delas foi o galpão de Renata Glasc, ele passou a ser meu, e nele, eu, Rakan, Riven e os Noxianos colocamos energia para fazer uma fundação, e deu certo, ali agora era a fundação Fogolumes, com o objetivo de ajudar as vítimas da Centila, reabilitar elas para viver em sociedade novamente, a Xerife inaugurou uma estátua no centro da cidade, a imagem da manopla de Ezreal, e abaixo um escrito sobre o rapaz que morreu para salvar às vítimas:

"Aqui reside a homenagem ao homem que deu sua vida por muitas, que o dia de hoje seja lembrado em nome de Ezreal, como o dia em que a liberdade se fez em vários corações, mas que infelizmente deixou um deles."

  No dia da inauguração da estátua todos nós desabamos em lágrimas...Os céus deságuaram em uma chuva tão intensa, que eu juraria que eles choravam como nós...Que infelizmente, a liberdade de tantos custou tanto para cada um de nós.

Naquele mesmo dia, Jayce havia assinado um documento destinando uma porcentagem de dinheiro às vítimas do Urgot para que elas tenham um bom recomeço.

Violet vendeu sua antiga casa e colocou o tio do Ezreal em um centro de reabilitação para alcoólatras, ela também vendeu a casa onde Ezreal morava, comprou a nova casa dela e da Caitlyn, e destinou o que sobrou do dinheiro para a fundação que eu havia criado.

Tudo parecia estar andando bem, pelo menos até então...Tudo poderia ficar perfeito, se Riven não tivesse que ir embora.

Nesse exato momento eu estou no cais observando a mulher dar ordens aos Noxianos, enquanto isso eu me perguntava, por quê ela precisa ir embora? Por que ela não pode ficar? Ao menos uma vez...

Ela desceu do navio e veio em minha direção, Rakan estava na beira do navio observando o movimento no cais, talvez pensando em sua falecida esposa.

-Então... É isso...-Ela me encarou dando um sorriso simples, eu confirmei e dei de ombros um pouco retraído e envergonhado -Obrigada Ekko.

-Á, não foi nada, eu deveria...Agradecer você.

Ela sorriu e suspirou, Riven ponderou um pouco, ela veio em minha direção e me puxou para um abraço, eu apertei o abraço, podia jurar que ela ouvia meu coração disparado.

-Sério...-Sua voz soou baixa e fraca -Não queria ter que ir.

-Não queria que você fosse. -Eu sussurrei, ela não respondeu e eu falei mais baixo. -Você é especial...

-Você me acha especial? -Ela perguntou baixo, eu confirmei com a cabeça, ela se afastou o bastante para que encarasse meus olhos. -Não tá me ajudando a ir embora Ekko.

-Dever em primeiro lugar... Não é? -Eu falei suspirando, ela confirmou com a cabeça e antes de se afastar, a mulher selou seus lábios sobre os meus, eu fechei meus olhos e afundei o beijo, era ruim saber que isso era uma despedida, mas era bom saber que eu não sentia algo sozinho, ela cruzou seus braços em volta do meu pescoço e eu apenas pousei uma das mãos em sua cintura, o beijo era lento, calmo, cheio de ternura e cuidado, como se aquilo fosse tudo o que importa naquele momento, eu pude esquecer completamente o que acontecia ao redor e quando ela se afastou eu apenas suspirei. -Eu já não queria que você fosse antes...

-Prometo que vou voltar.

-Vai tentar?

-Não me apague de você, mas eu entendo se sua vida seguir.