PRIMEIRA IMPRESSÃO

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Mirella Águiar

e agora eu me encontrava sentada na poltrona que tinha no meu quarto de hotel que por sinal era bem confortável. eu já estava pronta só esperando meu pai me buscar pra me levar pra ver o treino dos meninos do Barça, eu nem gosto tanto de futebol, mas eu queria passar todo tempo que tinha com meu pai pra matar toda aquela saudade.
eu estava com uma calça jeans de cose alto, um suéter preto de manga comprida pois estava um frio em barcelona que meu Deus, e nos pés eu tinha um jordan, eu amava esses tênis e sempre que podia estava com um no pé.

(...)

ouvi três batidas na porta, abri e vi meu pai de pé me encarando.

ele usava um conjunto do Barcelona, um casaco e uma chuteira nos pés.

- você irá assim? - ele questiona me olhando da cabeça aos pés.

- bom dia papai, bom te ver também, mas poderia reformular a pergunta?

- bom dia meu amor, você irá assim de calça jeans? cadê uma calça confortável filha? ou você esqueceu de onde está indo? - nem ferrando que eu iria me trocar.

- pai eu irei assim, pois não trouxe uma calça "confortável" e não esqueci de onde vou. - ele nega com a cabeça e solta uma risada de canto.

- então vamos filha.

fomos o caminho todo conversando e ouvindo músicas.

(...)

- uau.

- gostou filha?

- aqui é incrivelmente incrível.

- vamos indo, por que quero te apresentar tudo e todos mas não posso me atrasar para o treino com os meninos.

(...)

depois dele me apresentar cada canto dali, fomos para local de treino dele.

chegando em campo eu fico impressionada com o tamanho daquele lugar, em campo os meninos já estavam treinando. aquilo ali parecia mais uma creche, a atividade que eles estavam fazendo era em dupla. eu conhecia alguns jogadores dali.

a todo momento fico ao lado do meu pai, e ele começa a andar pelo campo para ver o desempenho dos jogadores.

passamos por dois jogadores que por sinal foram os únicos que não pararam com o exercício.

passando por eles escuto um pouco da conversa que tinha mais risadas do que palavras.

assim que passamos por eles sinto algo bater forte em minha cabeça. sim! eu tinha acabado de levar uma bolada.

- puta que pariu. - falo em português.

- ops, foi mal. - escuto um deles dizer.

- foi mal? isso foi péssimo!. - falo indignada.

- não é pra tanto né, foi só uma bolada. - o  garoto mais alto estava fala.

- irei tacar uma bola em sua cabeça pra ver se não é pra tanto. - estava já um pouco alterada.

- o que aconteceu aqui? - meu pai que estava um pouco adiante de mim pergunta.

- não tivemos culpa garota, você está no meio do campo, o que você esperaria? - o garoto mais baixo fala.

- garota não, eu tenho nome.

- tá, e qual seria?

- Mirella. - digo e já o vejo erguer uma mão para um aperto.

- prazer, Gavi, e desculpa pelo ocorrido, só que não tivemos culpa.

- se você não sabe, visitantes não podem ficar dentro de campo, somente na arquibancada ou na área de visita. - o garoto mais alto fala.

- vocês são profissionais né?! no mínimo se espera que vocês tenham pelo menos um controle sobre a bola e atenção no que estão fazendo. - falo.

- já tentou controlar o vento? acredito que não né?! pois não tem como, é o mesmo com uma bola, não tem como controlar pra onde ela vai. temos uma noção de onde ela vai cair, mas não temos certeza também. - cruzo os braços. - você não me perguntou, mas eu me chamo Pedri e não tivemos culpa da bola cair em você.

- eu acabei de falar isso. - Gavi fala.

- tanto faz. - ele cochicha.

- paramos por aqui. - meu pai fala e vem logo me puxando.

meu pai me senta em um banco ali igual uma criança.

- mas você continua do mesmo jeito filha.

- eles acertaram uma bola em mim, você queria o quê? que eu abaixasse a cabeça e aceitasse numa boa?.

- eles só estavam fazendo o trabalho deles filha e tenho certeza que não foi por querer, conheço bem o Gavi e o Pedri.

no mesmo instante vejo os dois patetas virem em nossa direção.

- mais uma vez, nos desculpe pelo ocorrido, não fizemos por mal.

- tanto faz. - falo e viro o rosto.

- Mirella. - meu pai me repreende.

- quer que eu fale o que? você não quer que eu coloque um sorriso no rosto pra esses dois e diga que está tudo bem né?!.

- seja pelo menos um pouco mais simpática, já que eles não fizeram de propósito. - negativo papai.

depois de ver que eu não iria colaborar, meu pai resolve colocar os dois pra correr.

- já podem voltar pro treinos meninos, mas antes quero que vocês saibam que a Mirella é minha filha ok?!.

- filha?. - os dois falam sincronizados.

- sim! filha, vocês pensaram que eu era o que, uma turista que resolveu entrar em campo so pra tomar uma bolada? - vejo eles rirem com a situação.

depois que encerramos aquele papo bacana, eu e meu pai já estávamos a caminho da saída quando o Gavi me puxa pra um cantinho, incrível como meu pai nem percebeu e só continuou andando e conversando com alguém no celular.

- ficou louco garoto?. - o questiono assustada.

- calma, eu só quero conversar com você. - ele solta meu braço.

- o que você quer?.

- acredito que não nos conhecemos de uma maneira tão agradável, e então eu queria o seu contato para que possamos começar de novo, da maneira certa e no lugar certo.

- me dê um bom motivo pra passar meu contato pra você.

- é simples, quero te levar em algum lugar para que eu possa me apresentar da maneira certa e sem nenhum acidente, e também porque você é filha do Xavi e eu não quero problemas com ele e muito menos com a filha dele. - eu apenas o encaro em silêncio. - como amigos vai. - ele insiste.

- eu posso até passar, mas já fique sabendo que eu não sou uma daquelas Brasileiras que morrem por você, até porque pra mim você é um cara comum como qualquer outro.

- não importa o que eu sou para você, você me passando o seu contato já é o suficiente.

- mas você realmente não desiste. - falo negando com a cabeça.

ele me olha com um sorriso de canto.

- tudo bem, passo meu contato com a condição de você deixar eu ir.

- por mim, sem problemas. - ele fala já pegando o celular.

passa por minha cabeça colocar um número errado, mas aí me lembro que as chances de encontrar ele novamente são enormes.

- até mais. - falo saindo dali.

- Mirella.

- Gavira. - aceno e ele acena de volta.

Meu Único Amor - 𝑷𝒂𝒃𝒍𝒐 𝑮𝒂𝒗𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora